Opinião

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COMPARTILHAR: UM CAMINHO NECESSÁRIO

Brasilmar Nascimento Araújo*

Desde remotos tempos, da época das escritas rupestres e em peles de animais, ou agora na era da globalização, do terceiro milênio, encurtando as distâncias, a humanidade necessita da convivência, da parceria, da socialização, de outros enfim. Da sua comunidade, onde possa tecer projetos de vida fundamentado na construção de um lar, de uma família. Todos que façam parte de uma sociedade tem a sua parcela de contribuição de direitos e deveres dentro de suas tradições, ritos, folclores, idiomas e espiritualidade de cada povo. Estamos, irremediavelmente, enredados, uns aos outros, numa busca incansável pela concretização de uma história!

Todos os grandes feitos, especialmente aqueles que necessitam de mão de obra em larga escala, só são possíveis, graças a ações coordenadas de milhares de pessoas na busca dos mesmos objetivos. Caso contrário não existiria as pirâmides milenares egípcias de Quéops, Quéfren e Miquerinos. Não teria sido possível ligar os oceanos Atlântico ao Pacífico (canal do Panamá) e do mar Mediterrâneo ao mar Vermelho (canal de Suez), abrindo a navegação entre a Europa e a Ásia (Atlântico e Índico). Onde, novos horizontes foram abertos para exploração da navegação entre os oceanos que já vem, desde a Era dos Descobrimentos que decorreu entre o século XV e o início do XVII, em rotas de comércio pelo mundo. Tudo está ligado pela colaboração, participação e laços de amizade pela realização de todos.

O compartilhamento, em todos os níveis é a mola propulsora das nações, como ponto vital do desenvolvimento sustentável, duradouro, pacífico e do progresso almejado por todos. É a luz que a humanidade, necessariamente precisa para marchar unida por objetivos em comum. É uma questão de sobrevivência de todos. É compartilhando que pavimentamos caminhos por uma ordem construtiva. Balizados na solidariedade, na fraternidade e na liberdade como ferramentas imprescindíveis de integração dos povos.

Precisamos compartilhar de tudo aquilo que esteja ao nosso alcance, independentemente, de onde estamos e o que fazemos. Temos a extraordinária capacidade de disseminar algo que enobreça a todos em nossa volta. Tudo que seja elevado ao verbo de construir, de conciliar e de cooperar, por exemplo, precisa de rumos que podem levar a resultados de grande abrangência: as pequenas comunidades urbanas e rurais, aos ribeirinhos que vivem as margens de rios caudalosos e nas metrópoles. Precisamos estarmos unidos na grande marcha do universo humano. Contribuindo no campo da ciência, na preservação da natureza e humanitário. Onde, cada ator interpretará o melhor possível o seu papel e, indiscutivelmente, nos tornaremos partes da grande orquestra, onde a música será para todos, indistintamente!

“O grande segredo para a plenitude é muito simples: compartilhar”. Sócrates (filósofo grego da Grécia Antiga).

*Articulista e poeta – E-mail: [email protected]

2021, O ANO EM QUE SEREMOS MELHORES

Marcelo Sousa*

Nos últimos 20 anos as empresas fizeram altos investimentos em tecnologia e marketing para capturar dados de seus clientes e prospects e armazena-los em grandes repositórios de dados. Tais bancos de dados foram consolidados a partir da unificação de informações oriundas de seus sistemas transacionais internos, como por exemplo, os sistemas de cadastro, faturamento, cobrança, atendimento e mais recentemente por meio do tagueamento de suas propriedades digitais (sites, blogs, redes sociais etc.).

A grande maioria dessas empresas tem utilizado a compra de dados de fornecedores externos – batizada pelo mercado de dados como 3rd party data – como alternativa para atualizar os cadastros de seus clientes ou enriquece-los como informações adicionais, como por exemplo renda, escolaridade e clusters comportamentais – calculados a partir da manipulação dos dados disponibilizados pelo Censo do IBGE – permitindo a elas um entendimento mais profundo das características demográficas e dos hábitos de compra de seus consumidores. Ainda que em menor número, muitas empresas também se utilizaram de fornecedores externos para comprar altos volumes de dados pessoais, como nome, endereço, e-mail e telefone, com o objetivo de ampliar significativamente as suas campanhas de prospecção de novos clientes.

A posse de grandes volumes de dados incentivou o crescimento exponencial das campanhas de marketing e consequentemente dos volumes de disparos de ações de e-mail marketing, SMS e mais recentemente em push de aplicativos. Como o custo unitário comunicação digital é baixíssimo, resultados de conversão ainda que percentualmente tímidos são suficientes para justificar ações de comunicação massificadas, praticamente sem a aplicação de critérios mínimos de segmentação de públicos e adequação de ofertas, o que tem empobrecido as boas práticas do marketing orientado por dados.

Mas isso tudo está mudando com o surgimento da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, pois as empresas já não têm acesso ilimitado aos dados dos consumidores. Desde a vigência da lei, iniciada em setembro de 2020, as informações que foram capturadas ou adquiridas sem uma base legal, terão que ser descartadas, não podendo ser utilizadas para ações de marketing e comunicação. O que basicamente significa que, se a empresa não tiver uma relação ativa de prestação de serviços ou então um consentimento formal por parte do cliente, ela não está mais autorizada a contata-lo, sob o risco sofrer sansões ou aplicação de multas que podem chegar a R$ 50 milhões.

Se somarmos a isso o fato de que a lei garante ao consumidor o direito de solicitar a exclusão de seus dados dos sistemas da empresa para o recebimento e comunicações futuras, processos que chamamos de opt-out, temos como consequência uma redução importante no volume dos dados que hoje estão em posse das empresas, considerando que o impacto será ainda maior nas bases adquiridas sem a devida base legal.

Efeito semelhante tem ocorrido no universo da mídia digital, em especial na mídia programática. O volume de audiências disponibilizados pelas DMPs (Data Management Platforms) deve diminuir significativamente, uma vez que no processo de captura de dados de navegação nos sites de seus parceiros elas deverão necessariamente informa-los a respeito do compartilhamento e obterem o consentimento previsto na LGPD. E ainda mais importante do que isso, os principais browsers do mercado, entre eles o Safari e mais recentemente o Crome estão proibindo a inclusão de ferramenta de tagueamento de terceiros. Como resultado, essa redução das audiências disponíveis pode pot
encialmente restringir a cobertura ou o volume de mídia em uma determinada campanha digital.

Mas, se à primeira vista, a regulação do uso de dados pessoais parece ser uma ameaça às práticas do marketing que faz amplo uso de dados, as primeiras experiências após a implantação da lei estão nos sugerindo efeitos contrários e altamente positivos.

Tanto na Europa, que teve sua lei de proteção de dados (GDPR) aprovada em 2015, como a partir das primeiras experiências no Brasil, temos visto que a redução do volume de abordagens tem proporcionado um aumento expressivo nas taxas de conversão. Isso porque as empresas passaram a se comunicar somente com indivíduos que possuem maior relacionamento com a marca, sejam eles clientes ativos ou que fizeram o opt-in, autorizando o envio da comunicação. Em outras palavras, as empresas estão sendo levadas a eliminar de seus bancos de dados os indivíduos que realmente não possuem interesse em seus produtos e serviços, públicos que historicamente apresentam número muito baixos de conversão. Ou seja, as bases de dados estão diminuindo em volume, mas ganhando em qualidade.

Por isso, diante das restrições de acesso aos dados, precisamos ser ainda mais habilidosos no uso da informação e em nossas estratégias de segmentação para oferecer soluções cada mais relevantes e personalizadas, mantendo nossos consumidores engajados e dispostos a continuar recebendo nossa comunicação. O nosso acesso aos dados de clientes dependerá da nossa capacidade de demonstrarmos segurança e transparência no tratamento de suas informações e, mais do que isso, da troca de valor, onde eles percebam benefícios tangíveis que os convençam a continuar compartilhando conosco suas informações.

*Presidente da ABRADi- Associação Brasileira dos Agentes Digitais e Diretor Executivo da Marketdata, uma empresa do Grupo WPP

QUAL O SEU PROPÓSITO?

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“O indivíduo que não tem propósito é um egoísta preguiçoso que só vive para si mesmo.” (Samuel Dodson)

Mantenha sempre um propósito na sua vida. Sonhe sempre com o que você deseja para se realizar. Os resultados não caem do céu. Eles vêm de acordo com a intensidade dos seus sonhos. Mantenha sua mente sempre aberta no caminho do seu sonho. Nossa vida neste planeta não é mais do que um período evolutivo. Ficar parado não leva você a lugar nenhum. E sua ida não é mais do que o final de mera passagem. Você sempre voltará para concluir sua missão no seu desenvolvimento racional.

Estou mandando meu abraço carinhoso para um grande amigo que foi um exemplo dos que passaram pela Terra com o propósito de vencer. Meu forte abraço para meu amigo Douglas Alves, que se foi, ontem, como vítima do covid-19. No mundo para onde você voltou, Douglas, não existe unidade de tempo. Mas sei que um dia nos encontraremos, por lá ou por aqui, seja lá quando for. Estou tranquilo porque sei que você e a France cumpriram suas missões dentro dos padrões de desenvolvimento, escudados nos propósitos. Um abraço espiritual para os dois.

Vamos reiniciar nossas vidas a cada novo dia. Ontem é ontem e vamos viver, hoje, o que plantamos ontem. Não permita que os dissabores dos maus acontecimentos venham a tornar maus os nossos dias. Sorria sempre. Nunca ignore o fato de você estar num palco. Chegue à ribalta e mostre-se no que você realmente é. E é por isso que você deve ser, sempre, o melhor você que você puder ser. As amizades que você constrói sempre serão um indicador do que você foi, mesmo quando você voltar a novo estágio da vida.

Não sei como você está vendo e vivendo o dia, hoje. Mas não esqueça de vivê-lo como ele deve ser vivido. E isso vai depender dos seus propósitos de vida. Não nos esqueçamos de que estamos aqui, sobre esta Terra ainda em evolução, há vinte e uma eternidades. É tempo pra dedéu. O suficiente para que não estivéssemos mais aqui, vivendo os trancos da vida. E por isso, vamos encarar os trancos como um aprendizado, aprendendo com os erros que trazem os trancos. Confie no seu poder de vencer, e vença.

Há tanta coisa boa e bonita sobre a Terra. Por que ficarmos perdendo tempo com o que não nos traz alegria? Não deixe que as pandemias na Terra façam de você um egoísta preguiçoso. Procure sempre dentro de você mesmo, a força que você tem para encarar o problema, com superioridade. Nada, nem ninguém, é superior a você, se você não se sentir inferior. “O reino de Deus está dentro de você.” Acredite nisso e você vencerá com propósitos positivos. Pense nisso.

*Articulista – Email: [email protected] – Telefone: 95 99121-1460