Opinião

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Marketing de Rede x Pirâmide Financeira

*Dolane Patricia

O esquema de pirâmide é um modelo fraudulento de negócios. Necessita de captação constante de outras pessoas para darem dinheiro em troca de lucro. Geralmente tem que pagar alguma coisa para entrar na base do negócio, sob a promessa de receber lucro ou vantagens exponenciais pela captação de novos integrantes.

No começo até da certo, mas chega um ponto, quando as pessoas começam a realizar grandes saques na mesma época, fica difícil manter com juros tão altos o negócio.

Muitos chegam a ter prejuízos e com poucas chances de obter sucesso na justiça para reaver suas perdas, em razão do conhecimento da ilegalidade da operação quando resolveu correr o risco, além da dificuldade de encontrar bens com os verdadeiros responsáveis.

Assim, no esquema de pirâmide os participantes são remunerados pela indicação de outros associados, sem levar em consideração a venda real de um produto.

Então, quando o dinheiro não é o suficiente para cobrir as despesas, o atraso nos pagamentos começa a acontecer repetidamente, até se tornar insustentável e gerar perdas para quem investiu.

A Lei 1.521/51, dispõe sobre crimes contra a economia popular. Em seu artigo 2ª, inciso IX, a norma prevê o chamado crime de “pirâmide” ou “esquema de pirâmide”, que consiste em tentar ou obter ganhos ilícitos, através de especulações ou meios fraudulentos, causando prejuízo a diversas pessoas. A pena prevista é de 6 meses a 2 anos de detenção e multa.

O promotor Paulo Roberto Binicheski ressalta que esta atividade costuma estar associada a outros crimes, como lavagem de dinheiro, além de responsabilizar quem integra a organização. “Quem participa do esquema de pirâmide é tão criminoso quanto os que estão no topo. Eu gosto de usar a expressão do Direito Penal “dolo”, pois não existe ganho fácil, é necessário trabalhar arduamente para conquistar algo”.

Já marketing de rede é um modelo comercial americano, legal. Traz a ideia de distribuir bens ou serviços, no qual o lucro vem da venda de produtos e do cadastramento de vendedores.

Muitas pessoas trabalham tempo integral em empregos que demandam um serviço sem desafios, com funções entediantes e salários nada convidativos. Além disso, geralmente é muito difícil realizar sonhos mais altos com apenas uma única fonte de renda, considerando o preço da energia elétrica e a situação cíclica em que se encontra a economia nacional.

A proposta do marketing de rede – ou multinível – é oferecer aos parceiros lucro ao invés de salário. Onde a renda é decorrente do esforço.

A propósito, no que tange ao marketing de rede, no que se refere às pessoas que não dão certo no negócio, assim como grande parte dos negócios alternativos ou fora do padrão estipulado, existem profissionais e amadores. Pessoas que não estão preocupadas com o sucesso, querendo apenas ganhar dinheiro fácil.

A principal diferença entre a pirâmide financeira e marketing multinível, é que e na primeira não existe a venda de um produto real que sustente o negócio, ou seja, a comercialização de produtos ou serviços tem pouca importância para a sua manutenção.

O Marketing de rede pode ser muito lucrativo, além dos prêmios que não são dados através de sorteio, mas de dedicação e empenho.

Algumas empresas optam por não investir em publicidade para aumentar as vendas dos seus produtos, e sim, premiam pessoas que estão dispostas a usarem, venderem e compartilhar seus produtos, com isso economiza e obtém mais lucro.

O marketing multinível tem um papel importante ao fomentar o empreendedorismo, isso porque muitas pessoas têm o sonho de abrir seu próprio negócio, mas o custo inicial é sempre muito alto. Mas no Marketing de rede isso é possível e pode proporcionar liberdade financeira a partir do momento que a pessoa está disposta a pagar o preço: O esforço, o trabalho, a dedicação…

Todo esse esforço não é encontrado na pirâmide financeira onde as pessoas que estão no topo da pirâmide são os únicos a se dar bem, prejudicando as pessoas da base, ignorando o fato de serem mãe, pais, ou filhos de alguém, que talvez tenha oferecido seu último centavo para investir em um negócio falido.

O esquema de pirâmide tira proveito da ingenuidade das pessoais tendo vida de luxo as custas da infelicidade dos outros e diferente das pessoas que trabalham com marketing de rede, que podem dormir com a consciência tranquila, se deleitam com viagens, roupas de grife e artigos de luxo, enquanto muitos que investiram não tem nem mais o que comer.

Na verdade em apenas uma expressão poderíamos fazer uma distinção básica entre marketing de rede e Piramide Financeira, nas palavras de Paul Valéry:

“Convicção – Palavra que permite pôr, com a consciência tranquila, o tom da força ao serviço da incerteza.”

*Advogada, Juíza Arbitral,Coache pela FEBRACIS. Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia, apresentadora de TV. Pós Graduada em Direito Processual Civil e Direito de Família, Pós-graduanda em Direito Empresarial, Pós-graduanda em Marketing Digital e Branding Personalidade da Amazônia e Personalidade Brasileira – Consultora Ouro de Marketing Multinível-Hinodê – Whats 99111-3740. Baixe o aplicativo dolanepatricia

Filosofia do afeto

Walber Aguiar*

O amor é como um baio, galopando em desafio, abre fendas, cobre vales, revolta as águas dos rios, quem quiser seguir seu rastro se perderá no caminho, na pureza de um limão ou na solidão de um espinho… Djavan

Era junho. Inverno de insetos e fecundações, de desejos reprimidos e comunhão de afetos, de aventuras conjugais e ilusões necessárias. Ali, entre a sobriedade da dor e a loucura do sentimento, brotou da lama das chuvas, a intensa vontade de partilhar, de criar vínculos, de entender a felicidade do ponto de vista do jugo, da parceria, do homem enquanto ser gregário.

Condenado a ter esperança, surgia agora uma alternativa. Isso porque, confrontado com a ótica divina da conjugalidade, ao homem restava apenas a felicidade a dois, a tentativa de fundir as vontades, o desejo de caminhar e olhar na mesma direção.

Ora, sob a dimensão e a realidade da queda, o que era sólido tornou-se esboroável, o que se afigurava como eterno, relativizou-se diante da dúvida, das angústias e da complexidade conjugal. Nesse tempo de hermeticidade do sentimento, não há mais a inocência em relação ao mal; advindo daí o ciúme, a inveja, a cobiça, as relações por interesse.

Assim, nesse tempo das flores vermelhas da paixão e das flores amarelas do medo, da busca desesperada pelo complemento afetivo, há uma necessidade premente de se ver e se perceber como uma espécie de náufrago do afeto,
onde seguir sozinho é uma possibilidade.

A partir daí nos deparamos com as paixões de Vinicius de Morais e seu essencial existencialismo do “mas que seja infinito enquanto dure”. Por outro lado, Mário Quintana optou pela solidão, pela ruminância das horas silenciosas, à semelhança de Carlos Drummond de Andrade. Dizia ele que as mulheres são seres complicados.

O que fazer com o casamento, a união estável, a proposta divina, a família como ideia de Deus? O “pra sempre” foi relativizado na poeira dos dias apressados, da desconfiança, da incompatibilidade de gênios, do cansaço relacional, quase sempre desgastado pela sufocante poeira do cotidiano sem aventura.

Era inverno. Tempo de solidão, de imaginação fertilizada pelo desejo de amar e ser amado; ou de, simplesmente, amar a si mesmo, incondicionalmente, lançando um novo olhar sobre a felicidade desacompanhada.

Estaríamos preparados para essa inquietante filosofia do afeto?

*Advogado, poeta, professor de filosofia, historiador e membro da Academia Roraimense de Letras

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Faça a mudança

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Transforme seus momentos difíceis em oportunidades. Seja criativo, buscando alternativas e apresentando soluções ao invés de problemas.Veja o lado positivo das coisas e assim você tornará seu otimismo em realidade”. (Aristóteles Onassis)

Esteja sempre transformando os momentos de sua vida. Não há por que parar no tempo, esperando mudanças. Você é que deve fazê-las no seu dia a dia. A vida vive em transformações. E como nós temos que viver avida, vamos transformar. Simples pra dedéu. E talvez por ser simples ainda não conseguimos entender. Já reparou que o ser humano presta mais atenção ao negativo do que ao positivo? Faz um tempão que contei pra você um exemplo do comportamento humano em relação ao positivo e ao negativo.

Alguém já nos sugeriu que fizéssemos essa experiência: se você chegar à casa, no final da tarde e falar pra sua esposa: “Puxa vida, bem eu ia passando ali na esquina e vi uma cena lindona. Depois eu te conto”. Ela nem vai olhar pra você, e vai falar: “Tudo bem. Mas vamos janta”. Mas se você chegar e falar: “Puxa vida bem, bem ali na esquina, eu assisti a um acidente terrível”. Ela vai pular do sofá, arregalar os olhos e perguntar: “Ai meu Deus… como foi? Morreu alguém”?

Isso é natural. Faz parte do comportamento do ser humano em sua evolução. A Cultura Racional também diz que o ser humano só aprende com repetições. E como todos nós somos seres humanos, vamos procurar nos conhecermos, sobretudo uns aos outros, para que possamos evoluir. E só evoluiremos quando começarmos a dar menos importância ao negativo. Quando começarmos a transformar os momentos difíceis em oportunidades. Que é quando aprendemos a aprender mais com os erros. E estes tanto podem ser os nossos, quanto os dos outros.

Vamos melhorar nossas vidas, melhorando nosso modo de viver a vida. Ver e viver como somos, no nosso caminho para a racionalidade. E isso ainda vai demorar muito. Estamos num período bastante adiantado no desenvolvimento do ser humano. Mas ainda não descobrimos quando iremos ter o próximo dilúvio. E por isso não nos preparamos para vivermos a nova geração. E quem de nós está pensando nisso? E se não pensar não vai se preparar. E iremos iniciar a próxima geração, no carrossel da fantasia.

Nunca se prenda aos problemas. Eles existem para que nós busquemos e preparemos as soluções. E você nunca irá encontrar uma solução enquanto ficar preso ao problema. Simples pra dedéu. Vamos pensar mais nas soluções e nos prepararmos para a próxima pandemia. E só a viveremos racionalmente se vencermos a atual. Vamos fazer nossa parte com racionalidade. Pense nisso.

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