Opinião

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O que Deus quer para a igreja durante a Pandemia?

Debhora Gondim

Joel 2: 12-17

Durante o primeiro período de pandemia, que vivemos desde o inicio do ano passado, vieram certas indagações em minha mente. No começo de 2020, perguntei-me por que o Senhor permitiu que o mundo estivesse em isolamento social devido a uma pandemia. E respostas vieram, através da Bíblia, como O parâmetro de análise da realidade do mundo. O motivo não mudou. Por isso, a pandemia ainda perdura. Este texto é mais do que um compartilhar, é um alerta e uma convocação para a igreja de Cristo.

Sabendo que Ele tem o controle de tudo em suas mãos e que tudo coopera para o cumprimento da sua Palavra, busquei Nele quais eram os propósitos para seus filhos neste período. Orando e estudando a Palavra foi então, que Ele trouxe cinco respostas, resposta que Ele não trouxe só a mim. Tenho percebido que Deus tem alertado outras mulheres e homens que O tem buscado. São eles:

Humilhar-se, reconhecendo quem somos e que precisamos de Deus, através de Cristo, para obter perdão e salvação; confessar nossos pecados; arrependimento de pecado, gerando mudança de atitude; voltarmo-nos a Deus, lendo a Bíblia e também nos movendo no secreto em oração, adoração e jejum.

O quarto veio como um sopro do Espírito Santo em meus ouvidos em Maio do ano passado, quando Ele fez com que eu contemplasse meu pai ensinando e fazendo tarefa de história com minha irmã caçula, na sala de jantar de minha casa. Ele fez com que eu refletisse: “Se não fosse o isolamento meu pai estaria em seu escritório trabalhando e minha irmã estaria na escola, sendo ensinada pela professora. Mas este é um dos grandes privilégios e mudanças que este momento veio trazer, não só em minha casa, mas na casa de milhares de pessoas.” Então, o Espírito Santo soprou o versículo de Malaquias 4:6 na íntegra, que diz: Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos aos pais; do contrário, eu virei e castigarei a terra com maldição.

Está muito claro que Deus está reajustando a vida daqueles que são seus, para voltar a viver uma vida de constante busca por sua presença, através de oração, jejum, leitura das Escrituras e adoração. Ele quer purificar sua igreja (Amós 9: 11). Mas Deus está começando este processo pela base, no Lar, nas famílias. Pais, filhos e cônjuges estão vivendo um com o outro como nunca haviam convivido antes. Deus está realinhando a visão do que verdadeiramente é ser mulher e homem, pois vivemos em uma sociedade de homens e mulheres fracas. Então, padrões, valores e princípios bíblicos devem ser resgatados para haver restauração. Leia Deuteronômio 5: 16. Para realinharmos novamente nossos corações ao de Deus, para que nossos corações de pedra sejam substituídos pelo de carne.

Deus não está isolado e nem inerte esperando a quarentena acabar. Ele não está alheio a tudo que tem acontecido e nem sentado em seu trono observando tudo sem fazer nada. Ele está no controle do todo o universo, escrevendo tudo com sua bondosa mão. A pandemia não o pegou de surpresa, Ele apenas a permitiu, para que seu propósito de nos fazer voltar a Ele se cumprisse. Dentro deste contexto Deus está convocando a igreja para um novo tempo, para lavar as vestes, para rasgar o coração, para quando este período acabar sairmos preparados no Espírito Santo para intensificar a proclamação das Boas Novas de Jesus, com alegria, amor e comprometimento.

Jesus está movendo a igreja para o último avivamento antes da Sua volta. Por isso, arrependamo-nos de nossos pecados e prossigamos em intimidade com Deus e em fazer a Sua vontade. A pergunta para finalizar é: Qual será/ou qual tem sido a sua resposta diante desta realidade e da convocação do Pai?

Teóloga e Professora

Um recorte sobre a moral na pandemia

Sebastião Pereira do Nascimento*

O mundo passa de 150 milhões de infectados e mais 3,15 milhões de mortes provocadas pela Covid-19 e mesmo com esse superlativo as pessoas em todos os continentes continuam assumindo o comportamento de risco disseminando o vírus. A soma de tudo isso resulta numa das maiores tragédias sanitárias vividas pela humanidade. Porém, paralela a pandemia virótica, temos no mundo outra epidemia: a debilidade moral, provocada pela banda podre da humanidade.

Embora pareça uma coisa recente, mas a debilidade moral não é um fenômeno novo. Esse fato vem desde os primórdios da humanidade e pressupõe uma característica própria dos humanos em sociedade. Aqui, entendemos como debilidade moral a ação de se opor aos valores ou normas estabelecidas por um coletivo humano, a qual resulta na perda da estabilidade de qualquer sociedade.

Na prática, a moral deve ser exercida em todos os convívios sociais, seja de caráter formal ou informal. Sabendo que o ser humano decide e ordena a sua conduta segundo seu juízo. E pensar moralmente, é pensar bem com logicidade e faz com que o sujeito seja capaz de escolher a melhor opção, do ponto de vista moral, entre várias alternativas possíveis, nos colocando na posição de cada um, assim como na nossa, e de agir de forma que seja satisfatório para o outro, como se fosse para nós mesmo. Isso solidifica o bom caráter e obriga a exercermos atitudes de coerência entre o pensar e o agir.

No que consiste a banda podre da humanidade, aqui no Brasil nós também temos a “banda podre” entre as diversas categorias sociais. Neste caso, além de lidarmos com a doença em massa, temos que lidar com a massa doentia, aquela que por incapacidade moral faz da sua vida um inferno e, por tabela, a vida do outro também, culminando com um estado caótico, semelhante ao “efeito borboleta”: fenômeno que deu origem a teoria do caos formulada por Edward Lorenz.

Esses efeitos sensíveis estão fazendo o Brasil descarrilhar à beira de um precipício, levando todos ao encontro do vírus e de seus efeitos colaterais. Nesse caso, como disse Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro “[…] esse trem descarrilhado que se tornou este governo [governo do Brasil], onde a cada dia um vagão com mais de três mil mortes se desgarra […] não resta dúvida que na locomotiva principal há alguém completamente despreparado no comando”.

E além de despreparado, o maquinista principal, dotado de profunda imoralidade vem descumprindo as recomendações sanitárias e estimulando as pessoas, ainda que conscientes de suas falhas morais, colocarem em risco suas vidas e a vida dos outros.

Este maquinista genocida, também acusa as medidas sanitárias alegando que violam o direito de ir e vir da população. Ora, o direito de ir e vir consiste ainda na liberdade do
sujeito interagir socialmente sem correr risco de sua integridade física, moral, etc. etc. Portanto, as medidas de restrições contra a Covid-19 (adotadas por muitos governadores e prefeitos e em muitos países), têm o objetivo de proteger o cidadão e não tiram a liberdade de ninguém, ao contrário, asseguram o direito de proteção do indivíduo e da sociedade. E pensando dessa maneira, um indivíduo inteligente diria: vou limitar-me às recomendações sanitárias para que logo em breve eu possa usufruir do meu trabalho e estar pleno com minha família e meus amigos.

Aliás, essas práticas restritivas se dão o tempo todo no nosso cotidiano, como exemplo, quando a mãe diz aos filhos: não saiam na chuva, pois podem pegar um resfriado! Ela não está tolhendo a liberdade dos filhos, e sim dispondo do dever de proteger suas proles, ou seja, fazer com que os filhos não adoeçam. Pois tão logo a chuva cesse, eles podem sair com segurança. É simples assim!

Nesse flagelo, o Brasil se aproxima de 400 mil mortes causadas pela Covid-19. E do ponto de vista moral e sanitário, cada um de nós, indivíduos civil ou público, tem o dever de procurar abolir esse mau que nos assola. Não obstante, o que seria uma obrigação de todos, o que vemos são apelos e mais apelos judiciais, por parte de gestores públicos, para pôr em prática medidas de contenção do vírus. Isso por conta de outros gestores (inclusive do próprio presidente da república) ou da banda pobre da sociedade que tentam impedir a aplicação das medidas orientadas pelas autoridades sanitárias.

Por outro lado, sabemos que a humanidade já viveu outras pandemias, entretanto, não tem essa de as pessoas estarem preparadas para um evento dessa magnitude, nem psicológico nem estruturalmente. Do mais, a epidemia está aí, nua e crua entre nós. Devemos fugir da realidade? Negando, relativizando, negligenciando, não! O que devemos é instituir a virtude moral e fazer a parte que nos cabe, aos gestores prover tudo que for necessário, à população, como atitude primeira, cumprir cabalmente as recomendações sanitárias estabelecidas. Pois, diante de uma epidemia dessa dimensão nós sabemos o começo mas não sabemos o fim.

* Filósofo, Zoólogo e Escritor

Depende só de você

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Tenho tempo e espaço para fazer tudo o que necessito. Estou em paz”. (Louise Hey)

Num domingo chatinho pra dedéu, tive que ficar diante do televisor. Muda de canal pra canal, viajando no tempo e descobrindo coisas que estavam perdidas. Só que a maioria das pessoas não está nem aí para o reencontro, delas com o passado. Os comentários sobre os desacertos entre a política e os marginais, por exemplo, nos leva ao passado. Porque não progredimos, nem no trabalho nem no que assistimos do trabalho. Pouquíssimas pessoas ainda dão atenção à importância do ensino sobre as Relações Humanas no Trabalho e na Família. E isso porque o assunto é muito simples.

E não considere minha fala como crítica. Estou apenas apontando para um ponto simples que não é considerado, e que vem prejudicando o desenvolvimento e progresso no trabalho, independentemente do que fazemos no que fazemos. Já conhecemos a fala do Swami Vivecananda: “Não se mede o valor de um homem pela tarefa que ele executa, mas pela maneira de ele executá-la”.

Independentemente da tarefa que executamos, ela nunca será plainada se não for aprimorada pelas relações humanas. Certo dia, e faz muito tempo, li o exemplo de um soldado, na II Guerra. Ele estava na trincheira, à noite, quando alguém chegou por trás, riscou um fósforo e acendeu o cigarro. Irritado o soldado gritou:

– Apague esse cigarro!

O cigarro continuou aceso e o soldado gritou novamente. Na terceira vez ele gritou:

– Apague esse cigarro, seu idiota!!

Quando ele gritou, virou-se e deu de cara com o General que estava fazendo inspeção. O soldado quase desmaiou, e o General tocou no ombro dele e falou:

– Calma, filho. Fique calmo e dê graças a Deus por eu não ser o subtenente.

Imagine o que teria acontecido com o soldado se fosse o subtenente que tivesse sido chamado de idiota, por um soldado. É na caminhada que chegamos aonde estamos. E por isso devemos prestar mais atenção à importância da Universidade do Asfalto. E é nela que nos aprimoramos, mesmo durante as tarefas escolares. Vamos ser mais atenciosos ao valor que nos damos e, principalmente ao que damos às outras pessoas.

O policial está fazendo o seu trabalho, na sua missão de cuidar da ordem. Só que ainda continua sendo preparado para lutar contra a desordem quando deveria ser preparado para a manutenção da ordem. Ou mais precisamente: ele está bem preparado, mas para o bandido. E sem a preparação mental, ele está preparado para o combate e não para a paz. E só as Relações Humanas podem esclarecer isso. Por que é simples, mas difícil. Vamos parar de gritar contra a força policial. Pense nisso.

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