Opinião

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Seja seu próprio timoneiro

Afonso Rodrigues de Oliveira

“O papel do homem é vencer as circunstâncias. Cada homem é novo poder na natureza. Tem nas mãos as chaves do mundo”. (Emerson)

Outra coisa que de certa forma incentiva à discriminação, é a inveja disfarçada. Claro que estou falando em tom de brincadeira. Mas fica difícil pra dedéu, as mulheres não se ofenderem quando os pensadores só falam no homem. Mas é claro que eles estão falando do ser humano, independentemente do seu sexo. Então vamos em frente. Todo ser humano tem o papel de vencer as circunstâncias. Todos nós somos um novo poder. Cada vez que nascemos trazemos em nós, o poder de salvar o mundo. E tudo depende do conhecimento que desenvolvemos na vida passada. O que nos dá a responsabilidade de fazer sempre o melhor que pudermos fazer na vida atual.

E primeiro me façam um favor. Não tente confundir meu papo com jogada de conhecimentos, saber, religião, filosofia ou coisa assim. Estou apenas expressando o que penso, em comunhão com os pensamentos dos que pensam. Há uma coisa simples, mas que pesa muito na discriminação generalizada. O fato de os pensadores só falarem do homem. Com certeza, as mulheres ficam chateadas. Por que elas não? Mas vamos pisar no breque. Eles estão falando do ser humano, independentemente de ele ser homem ou mulher.

Todos nós somos e temos um poder. Só ainda não nos racionalizamos a ponto de saber o que significa esse poder. Então vamos caminhar pelas veredas do conhecimento para chegarmos aonde devemos e queremos chegar. Cada um na sua. Procure sempre ser o melhor ou a melhor em tudo que você faz. E não devemos deixar de prestar atenção aos que nos mandaram ou mandam recados. O Swami, por exemplo, já nos deu o recado que já conhecemos, faz tempo: “Não se mede o valor de um homem pela tarefa que ele executa, e sim pela maneira de ele executá-la”. E é aí que a coisa pode estar sendo confundida. O Swami Vivecananda não está se referindo ao homem, mas ao ser humano, seja qual for seu sexo.

Pare, feche os olhos e olhe para o horizonte da vida. O que você está fazendo para melhorar o mundo? Isso não depende da tarefa que você está executando, mas de como você a está executando. Já lhe falei, várias vezes, daquele faxineiro que trabalhava na portaria da empresa onde trabalhávamos, em São Paulo. Ele foi indicado para ser auxiliar do chefe da mecânica da empresa, pelo presidente da empresa, que ele nem o conhecia, nem o presidente a ele. Um caso típico do valor que você tem pelo valor que você dá ao que você faz. Desde que o fazer seja inerente à caminhada racional. E a racionalidade está na simplicidade. Pense nisso.

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Redes sociais, uma aliada e não concorrente

Vera Lucia Rodrigues

Sem dúvida alguma, quando uma empresa, entidade de classe e até mesmo pessoas notórias contratam uma assessoria de imprensa é porque buscam estar na mídia e manterem uma visibilidade nos canais, seja no digital, impresso, televisivo ou radiofônico. Porém, um trabalho de comunicação mal estruturado, que não acompanha as tendências, faz com que essa amplitude seja amena. Por esse motivo, é importante ter as redes sociais como aliadas às atividades da assessoria e não vista como concorrente.

Mas, por que atrelar as mídias sociais à assessoria de imprensa? É bem simples, o objetivo de todos os contratantes é impactar seu público-alvo e, com isso, gerar lucro! Há ainda uma visão muito romantizada do intuito de quem utiliza as redes. Elevar a visibilidade dessas marcas e chegar ao cliente, seja ele da área B2B ou B2C, são as principais finalidades, então, quando houver a oportunidade de ser fonte para alguma matéria jornalística de importância para seu nicho, participar de algum programa televisivo ou ainda ser articulista para algum jornal, essas ações precisam chegar a quem de fato vai se importar, que é o seu futuro ou já cliente, e como isso é possível? Por meio das redes sociais. Olha que maravilha para as empresas e para as assessorias.

Pronto, o segredo foi revelado nos primeiros dois parágrafos desse artigo, pois a explicação é bastante objetiva e não vale a pena criar “rodeios”, até porque não faz mais parte da cultura do atual leitor a paciência para informação postergada. O consumidor de hoje, em sua maioria, só consegue ler pequenos posts no Instagram e, se o conteúdo vier sinalizado como “lá vem textão”, pode ter certeza que este será pulado, esquecido no feed de quem não tem tempo para ler grandes postagens. Então, esse fator nos leva rapidamente a uma segunda importante etapa do processo de impactar seu público, que são as diferentes maneiras de conversar com ele.

A assessoria de imprensa pode ser considerada um trabalho mais refinado de conexão com as personas das empresas, pois na maioria das vezes é realizado um relacionamento ávido com os meios de comunicação, que popularmente são conhecidos como relevantes, especialmente pela função social que desempenham, além da seriedade que esses veículos demonstram para a população de forma geral, e essas características agregam sofisticação. Com esse dado, compreendemos que essa é a principal forma de conversar com a persona das empresas contratantes, por meio desses veículos importantes tanto socialmente quanto para o público-alvo.

Quando ajustamos o foco para imprensa segmentada é ainda mais potencializado e assertivo, pois a “conversa” é direcionada e conta com a relevância que aquele jornal, revista, portal ou canal de televisão representa para o consumidor nichado. Ou seja, mais uma tática de se comunicar e manter a visibilidade em alta.

Não podemos perder de vista que, hoje, o gerenciamento de redes sociais é desempenhado pelas assessorias das empresas e organizações, pois a atividade é realizada com maior precisão, já que os assessores estão totalmente envolvidos nos assuntos das instituições. Dessa forma, as postagens, envolvimento com seguidores e demais serviços realizados no ambiente das mídias sociais também são refinados, igual às tarefas tradicionais executadas pela assessoria de imprensa, e representa a terceira estratégia de diálogo, e podemos dizer que essa é desempenhada com maior proximidade.

Obviamente que a forma como as redes sociais funcionam são diferentes dos veículos de comunicação tradicionais, como já conhecemos, e por isso mesmo que precisam ser gerenciadas por comunicadores, pois necessita haver ajustes com o objetivo de atingir positivamente o público-alvo das empresas e haver uma conexão ávida com ele. Então, quando citamos a questão dos indivíduos não lerem tanto quanto antes e recorrer às redes sociais como uma possibilidade de se informarem rapidamente, apontamos a importância de informar a respeito das organizações também de maneira curta e o
bjetiva por meio de seus canais individuais, que podem ser Fanpage do Facebook, Company Page do LinkedIn e perfil no Instagram.

Já se o intuito for levar o leitor às páginas de meios de comunicação que as instituições estão presentes, as redes sociais também são ótimas opções, inclusive já existem mecanismos nelas que permitem criar esses links, que exportam as pessoas para outros sites com muita facilidade.

De modo geral, é importantíssimo manter um canal disponível com inúmeras plataformas, pois isso amplia a visibilidade das marcas e potencializa a performance das empresas e instituições de diferentes segmentos. Ou seja, é necessário estar presente nos veículos de comunicação, mas também é relevante informar seu público com um “olá, estou aqui nas redes sociais. Venha saber mais por aqui também” e estreitar ainda mais os laços.

*Vera Lucia Rodrigues, jornalista, mestre em comunicação social e diretora da Vervi Assessoria.

Inclusão nas faculdades: muito além das cotas

Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2019, pelo menos 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência, quase 25% da população do país. No entanto, estas pessoas representam apenas 0.9% dos cidadãos com carteira assinada (Relação Anual de Informações Sociais – 2016). Nas universidades, o percentual é ainda menor (0,0052% no IBGE de 2018).

Mesmo com leis e programas de inclusão que definem as bolsas para alunos com deficiência em universidades, bem como percentual obrigatório nas grandes empresas, a realidade está bem longe do ideal. A maioria das instituições de ensino e ambientes de trabalho não estão preparados para receber essas pessoas, dificultando ou, em alguns casos, inviabilizando a inclusão na prática.

Muito se tem feito neste sentido, mas ainda há uma parcela significativa da população segregada, ou seja, sem oportunidades de emprego e estudos que considerem suas particularidades. É necessário o conhecimento de que responsabilidade social vai além da solidariedade, as empresas e as instituições de ensino precisam promover ações responsáveis, contratando profissionais PCDs, promovendo cursos de aperfeiçoamento e tornando o ambiente de fato acessível, para atender a diversidade.

É um processo contínuo e de melhoria na relação entre todos os envolvidos. No caso das Instituições de Ensino, por exemplo, com os estudantes, funcionários, comunidade e parceiros. É preciso promover a acessibilidade em todas as dimensões, ou seja, saber se comunicar e dar conforto a todas as pessoas de forma conjunta, não apenas separar algumas vagas que nunca serão preenchidas, indo muito além de disponibilizar legendas e intérpretes de LIBRAS.

O objetivo é uma corrente do bem: com mais instituições de ensino preparadas para atender pessoas com deficiência, mais essa população estará preparada para o mercado de trabalho. Assim, o ideal é capacitar os professores, acompanhar de perto o desempenho dos alunos, deixar o ambiente acessível a cadeirantes e sinalizado de diversas formas. Importante a instituição entender que cada estudante PcD possui características diferentes que precisam ser adaptadas para atendê-lo.

Mais do que isso, o processo precisa ensinar a todas as pessoas a incluir a população de PcD aprendendo a acolher, se comunicar, compartilhar ambientes de estudo e trabalho, promovendo espaços de oportunidades reais e valorizando habilidades que muitas vezes não são percebidas. Ainda estamos distantes, mas nunca é tarde para convocar o sonho de uma sociedade um pouco mais empática, acessível e inclusiva.

Maristela Cristina Metz Sass, professora, coordenadora do CAPA (Centro de Atendimento Psicopedagógico ao Aluno) da FAEL e Vera Lucia Costa da Silva, Coordenadora de Extensão e Responsabilidade Social da FAEL