Opinião

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Corações Feridos: Necessidade do Perdão.

Debhora Gondim

Efésios 4: 31 e 32

Vivemos em um mundo de pessoas ofendidas e que ofendem, de pessoas machucadas e que machucam. Corações marcados por feridas na alma, que olham para dentro de si e não sabem como se curar. Feridas que sangram e ninguém as vê, sorrisos teatrais e felicidade de aparência. Trilhando por vales sombrios, escondendo-se em cavernas e muitas vezes clamando pela morte, como o profeta Elias ao ser perseguido (1 Reis 19:3-8). E para disfarçar a dor enchem-se de orgulho, pois só olha para dentro de si.

Isto tudo não passa de um grande baile de máscaras, no qual cada um tenta aparentar mais que o outro o que não é e como não está. As redes sociais fazem parte deste mundo de aparência, em que o que se posta é como quer ser visto, não importando se é a realidade. Em que estar conectado se tornou o “refúgio” destes corações para não ouvir o choro da sua alma.

Nossa sociedade está doente desde a queda de Adão e Eva. Vidas vazias de sentido e significado, buscando respostas onde só há mais escuridão e escravidão. E um dos males que encontramos em nossa sociedade e que tem sido uma das causas de feridas profundas na alma é a falta de perdão e busca vã em ser perdoado, pois é procurado em lugares vazios de perdão e cura (Mateus 18:21 e 22).

Assistindo o filme A Mulher na Janela, da Netflix, uma cena chamou minha atenção. No filme a personagem Ana Fox (Amy), que é psicóloga infantil, sofre de depressão e ansiedade, depois de ter perdido a filha e o esposo em um acidente de carro, no qual ela estava dirigindo. Na cena, que chamou minha atenção, ela está chegando ao fundo do poço e pensa em suicídio, então, resolve fazer um vídeo de despedida e, sua fala é: “Eu só queria acabar com isso… só queria ser perdoada, eu realmente queria ser perdoada, eu quero voltar atrás, quero fazer tudo de novo, quero fazer tudo diferente e não posso, não dá.” Seu ato de desespero é devido a uma ferida profunda na alma, causada pela necessidade de ser perdoada e por buscá-la em terapias, remédios e olhando para si e não encontrar cura e nem respostas.

A realidade desta personagem não está distante da realidade de muitos personagens da vida real. Em algum momento da vida traumas, escolhas erradas, perdas, ofensas e atos errados que cometemos contra o outro trouxe a necessidade de perdão ou de se sentir perdoado. Um dito popular quando o assunto é perdão é dizer que só Deus perdoa, se isentando de escolher perdoar. Quanto mais rancor e amargura carregarmos, mas duro se torna nosso coração e menos amor guardamos.

Não sei qual a sua realidade leitor, se é a necessidade de perdoar ou de obter perdão. Tem-se buscado e não tem conseguido se livrar do peso do passado, se tem sentido vontade de fazer tudo diferente e sente culpa por não poder mais, se a necessidade do perdão causa dores profundas em sua alma. Se a depressão e a ansiedade tem tomado conta da sua vida e consumido seus dias em escuridão. Busca e não encontra cura. Quero te dizer hoje que há sim cura para tudo o que tem vivido, há o caminho que traz vida e verdade (João 14:6), o nome dele é Jesus. Ele veio ao mundo para consumar, através da sua morte de cruz e sua ressureição, o perdão de todos os seus pecados, mesmo aqueles pecados que considera mais sombrios, não há pecado que a Graça e misericórdia não alcance (1 João 1:9; Efésios 1:7). E para te ensinar a perdoar assim como foi perdoado (Mateus 6:12). Entregue sua vida, seu coração, sua história a Cristo e tudo novo Ele fará, pois não há mais condenação para aqueles que estão Nele, não há por que carregar culpa, pois Ele já pagou o preço e levou sobre si. Apenas creia, tenha fé em Jesus como seu único e suficiente salvador. Nele está à resposta para a sua necessidade de perdão, só Nele (Salmos 32:1). O amor cobre uma multidão de pecados (1 Pedro 4:8).

Teóloga e Professora.

As nefastas epidemias que assolam o Brasil

Sebastião Pereira do Nascimento*

O Brasil vive hoje o máximo de duas epidemias: a mais recente provocada pela pandemia do Coronavírus. A outra, a velha epidemia da corrupção brasileira. Ambas intoleráveis. A primeira capaz de matar intempestivamente. A segunda, capaz de matar lentamente, enquanto muitos fazem dela o seu contentamento. Ambas são deploráveis. Causam profundas perdas humanas, recaem sobre as atividades produtivas, geram angústias dilacerantes e provocam contrariedades sociais.

Neste tempo em que as duas pestes passam a irromper de maneiras coexistentes, as coisas tornam-se ainda mais avassaladoras e demasiadamente inoportunas. Por outro lado, pensar uma luz no fim do túnel, é acreditar que a pandemia virótica vai passar, ao contrário da corrupção que continuará assolando o país deliberadamente.

A corrupção, numa definição livre, está relacionada ao suborno, ao efeito de se corromper ou à atitude de adulterar as características “normais” de algo. Condutas essas que decorrem de ações desvirtuadas, que podem ser empregadas de maneira premeditada ou às vezes espontânea, atentando para um único intuito de querer levar vantagem – aqui, para coincidir com os dias atuais, falo das vantagens política e econômica, que são as principais apetites do bando de ratos que vivem carcomendo o erário do Ministério da Saúde e se hospedam no palácio do planalto.

Ainda mal comparando as duas epidemias, é didático dizer que para facilitar a disseminação do coronavírus entre a população, basta desprezar o conjunto de medidas preconizadas pelas autoridades sanitárias e sabotar o processo de aquisição de vacinas contra covid-19 – objetos que vêm sendo negligenciados pelo próprio chefe do executivo e investigados pela CPI do senado.

Quanto à corrupção, é pressuposto necessário para a sua instalação, a ausência de compromisso com a vida em sociedade. Sendo a corrupção uma depravação de ordem moral, caracterizada pela incapacidade do indivíduo de assumir compromissos voltados ao bem coletivo, onde o sujeito é incapaz de fazer coisas que não lhe tragam alguma satisfação pessoal. É por isso que na visão de muitas pessoas, a corrupção vem do egoísmo e da ganância de indivíduos em querer levar vantagem em tudo, não se importando se irá prejudicar o outro, pois o objetivo é unicamente querer servir a si mesmo – aqui também não se trata de mera coincidência com as atitudes egocêntricas do chefe do planalto.

Quanto aos fatores que podem estimular a corrupção, não há um objeto único e determinante, mas sim um conjunto de elementos que podem incluir, entre outras coisas, pelo menos quatro situações: incentivo conflitante: quando o indivíduo coloca seus interesses pessoais no primeiro plano e exerce o poder discricionário, tendo a liberdade de escolha segundo seus critérios de conveniência; falta de transparência: propicia o indivíduo corrupto a se locupletar da trama, por via de regra de maneira dissimulada; cultura da impunidade: suscita a não punição e consente que o indivíduo pratique continuadamente faltas cada vez maiores; sis
tema de atendimento inoperante: onde a demora para resolver algo pode desabonar o indivíduo, permitindo que busque soluções imediatas por meios escusos. Neste último, está explícito a inconveniência do “jeitinho brasileiro”, que é a repulsiva malícia de encontrar uma solução para determinada situação, a qual sempre remete ao corrupto algum privilégio. Algo prevalecente na sociedade brasileira que sempre elege o corrupto para ter a certeza da continuidade da corrupção.

Diante dessa triste realidade, a corrupção desde sempre tem sido tão consuetudinária entre a sociedade brasileira que a sua prática se tornou regra e não exceção. É tanto que a maioria das pessoas encara isso com tamanha naturalidade, visto a corrupção já se encontrar fortemente arraigada na cultura do país. Assim, num círculo vicioso, desde cedo as crianças veem seus pais, familiares ou pessoas estranhas praticando a corrupção, e tornam-se de forma coercitiva, operadoras dessa indecorosa prática que revela para o mundo a essência de um Brasil corrupto.

Considerando esse estigma doentio, estudos de comportamento humano preconizam que nos diversos setores da nossa sociedade, as atitudes de corrupção contínuas denunciam um tipo de comportamento sociopata, que resumidamente é um transtorno de personalidade antissocial, onde o indivíduo passa ter desprezo às normas sociais, falta de respeito aos sentimentos alheios, baixa tolerância a frustrações, dificuldade de aprender com as punições e a avidez de levar vantagem deliberadamente. Isso também se ajusta perfeitamente à personalidade mitomaníaca de Jair Bolsonaro. Um mitômano – sujeito que mente compulsivamente – por natureza.

Como conclusão, é garantido dizer que essas ações impostas no cotidiano de uma sociedade, deterioram cada vez mais seus valores morais, sabendo que sem a resistência moral, as pessoas entram em turbulência mental e, consequentemente deixam de fazer as coisas certas, muitas vezes até de forma imperceptível. De forma pragmática, isso revela uma nítida depreciação da ética e da moral, é quando acontece a decomposição dos elementos constitutivos da civilidade.

*Consultor Ambiental, Filósofo e Escritor. Autor dos livros “Sonhador do Absoluto” e “Recado aos Humanos”. Editora CRV.

Mude o rumo da canoa

Afonso Rodrigues de Oliveira

“De hoje em diante não converse sobre enfermidades, não fale de dificuldades nem sobre a pobreza ou desastres”. (César Celente)

Tudo que é ruim na vida deve ser afastado da mente. E seus pensamentos podem estar mantendo o mal na sua mente. Você sabe que deve se cuidar, dentro dos padrões exigidos pela racionalidade. Mantenha-se sempre em contato com seu subconsciente. Converse com ele, constantemente, numa conversa fácil, positiva, simples e sigilosa. Nada de negativo. O que indica que você nunca deve dizer para o seu subconsciente o que você não quer. O que você não quer é negativo. E negativo não está no dicionário do seu subconsciente. Simples pra dedéu.

Relaxe, mas sem ser um relaxado ou uma relaxada. Apenas fique numa boa, sem perder tempo com assuntos negativos. Fuja, sempre, de noticiários negativos e espalhafatosos, que possam lhe trazer tristeza. Por que você deve ficar perdendo tempo com aborrecimentos? Você pode jogar seus aborrecimentos para o lixo, com uma pequena reflexão, mirando-se no seu espelho interior. Reflita sobre isso e treine. É no seu espelho interior que você realmente se vê como, e no que você realmente é. Isole-se por uns poucos minutos, desligue-se do mundo e se procure no silêncio. Sua imagem está bem aí, na sua frente. E você pode vê-la mesmo de olhos fechados. E é aí que a coisa acontece.

Converse, numa conversa curta e franca, com seu subconsciente. Tire suas dúvidas sobre o que está preocupando ou aborrecendo você. Você está aborrecido, ou aborrecida, porque alguém enganou você? Olhe firme e sério para você, no espelho interior e se pergunte: ele me enganou ou eu me enganei com ele? Você vai descobrir que você é que foi tolo por se deixar enganar. E não traga o aborrecimento pra você. Apenas sorria de você mesmo ou mesma. E o assunto estará encerrado. Saia da frente do seu espelho interior e vá seguir e viver sua vida, no dia, como ela deve ser vivida.

Já sabemos que a vida só é ruim para quem não sabe viver. E saber viver é não desperdiçar sua vida com coisas e acontecimentos que não devem ser vividos. Procure estar sempre em contato com coisas e acontecimentos agradáveis à sua volta. As coisas mais simples são as que trazem mais felicidade. Por que perder tempo e acumular aborrecimentos com coisas e assuntos negativos? Sua felicidade está em você. Você não precisa sair por aí procurando a felicidade. Ela está em você, nos seus pensamentos e nas suas atitudes.

Mantenha-se sempre numa posição elegante. E sua elegância está no seu comportamento. E este estará onde você estiver. Ame-se e todos o amarão. Pense nisso.

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