Opinião

Opiniao 04 03 2019 7787

Carnaval: festa da carne

Vera Sábio*

Nós seres humanos, somos divididos em 3 partes distintas: corpo, mente e espírito.

A carne, ou seja, nossa matéria corpórea, necessita de vários cuidados, alimentação, exercícios, diversão e carinho.

Afinal, precisamos priorizar a saúde  do nosso corpo, se quisermos longevidade; mas mesmo assim, no máximo um século e com muita sorte mais uns anos, a carne volta a terra. “viemos do pó e ao pó voltaremos”.

O carnaval é uma data nacionalmente conhecida com muita folia e festividade; onde divertem o corpo, valorizam a carne, usam e abusam do sexo, da liberdade, das drogas, de comidas e bebidas. Pois após o carnaval é o período considerado pela igreja Católica, como um momento de recordação e penitência, lembrando o sacrifício que Jesus fez pela humanidade, até a festa da Páscoa: a passagem da morte para vida.

No entanto, como divertir a carne, se temos “mente”; ou seja: consciência do amanhã, das consequências dos gestos realizados com irresponsabilidade que trarão um futuro com destruição de famílias, com filhos sem pais, com doenças novas, com amputações e mortes em trânsitos e atitudes alucinadas e irreversíveis  pelo uso de drogas. No qual o doce momentâneo da alegria se torna um constante gosto amargo e cheio de remorsos.

E mesmo se a consciência ainda não despertou para o “espírito”, havendo aqueles que se denominam “ateus”, acredito que tudo é uma questão de tempo; já que as atitudes demonstram mais do que as próprias afirmações. Pois somos constituídos com vidas invisíveis como vírus, bactérias e células; mesmo que não as vemos, elas existem e estão em nós.

Da mesma forma temos mente e espírito, queiramos ou não. Temos o sopro da vida “espírito”, e sua ausência faz nossa carne logo não servir para mais nada e apodrecer, sendo rapidamente esquecida.

As atitudes realizadas no período de carnaval, se não tivermos esta consciência que poderão refletir posteriormente; não será a euforia que nos trará a verdadeira alegria em meio a tanta dor. Principalmente nós aqui de Roraima que temos os irmãos venezuelanos sofrendo a guerra eminente, bem na nossa porta.

Por isto aproveite seu corpo em movimento para ajudar o próximo, fazer o bem, distribuir solidariedade, compaixão e energias positivas que espalhem a paz.

A felicidade é intrínseca e intransferível, existindo em pessoas doentes e com a carne machucada; um semblante de felicidade e paz. Enquanto tantos querem encher o coração com as diversões irresponsáveis e por mais que procuram, não encontram estes nobres sentimentos.

Assim, que as reflexões e observações do mundo, nos tornem sábios e prudentes e nos faça buscar no lugar certo: dentro de nós, o que realmente nos faz bem e melhora o mundo.

“A paz no mundo começa em mim”.

*Escritora, psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega com grande visão interna.

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O preço de um valor

Tom Zé Albuquerque*

A Ética está novamente em pauta; mais que nunca no Brasil, e é mais que evidenciada nos momentos em que as imundícies do poder emergem. O comportamento ético de tão exigido, tão confrontado, tão pautado no mundo político que está sendo tratado de forma banal.

O brasileiro, em geral, age fora do campo ético. Basta assistir às atitudes da sociedade no cotidiano, nos estacionamentos dos veículos, nos restaurantes, nas filas, no trânsito, no trabalho, nas festas… Sempre nos deparamos com o infrator, com o fraudador consciente que, pior, se vangloria por fazer o errado. Na verdade, já nem importa se aquilo é errado, a burla já está inserida no repertório de suas ações como algo trivial, afinal, “besta é quem é besta!”

A sociedade brasileira vive uma crise de valores, seja qual for: lógicos, utilitários, estéticos, afetivos, econômicos, religiosos, morais e éticos. Valores tratam das relações entre os seres (humanos e suas ideias) e, pois, valorar trata de não ser indiferente à determinada situação. Um grande problema é que os valores são, primeiramente, herdados; para isso, os comportamentos de uma criança e de um adolescente dependem muito dos exemplos que os circundam. E, nesse contexto, os valores Éticos e Morais são, não raro, figurados como bases de uma sociedade organizada. Pelo menos deveriam ser.

Consideremos que Moral é o conjunto de regras que definem o comportamento das pessoas em determinado grupo social; ou seja, o que a sociedade aceita como certo há de ser cumprido pelos indivíduos. Por incrível que pareça, quando uma nação, como a brasileira, aceita passivamente a impunidade, a apropriação indébita, o peculato, o extermínio de direitos, a desigualdade e a iniquidade, o alicerce moral desta sociedade está comprometido, corroído pela intercorrência de um egoísmo desenfreado que manipula e expande o senso comum num acovardamento nojento dos manipuláveis.

Enquanto isso, a Ética reside na reflexão sobre os atos morais, a partir do entendimento intrínseco de cada um. A própria palavra vem do grego Ethos, que significa “morada humana”, consubstanciando como um comportamento que parte da decisão individualizada para o externo. Dessa forma, quando um indivíduo acredita ser ético aquele ato por ele praticado, mesmo contrariando as regras morais, age ele em harmonia com sua consciência, mesmo revestido de hipocrisia, mas crendo ser aquele um comportamento virtuoso. Imagine caro leitor, como está sendo construído o futuro do Brasil, um país no qual o crime compensa, estudar é desperdício e roubar é esporte nacional.

O que mais tenho suscitado em minhas explanações nos últimos tempos é sobre a caótica realidade do povo brasileiro pela falta de senso de coletividade. Isso é quebra de valor. Isso é fatiamento social, que quando não isola, extingue determinada camada na sociedade, comumente aquela com baixo senso crítico e, geralmente, com alto desejo de dependência, pela conformidade de não ser valorada, exceto no horário eleitoral a cada dois anos.

Quando Max Gehringer proferiu “Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz, assim ele saberá o valor das coisas e não o seu preço”, certamente ele sequer sabia que os valores desenvolvidos entre crianças e adolescentes brasileiros já estavam cercados de ganância, poder econômico, ambição desproporcional e uma sórdida dominação de poder. Serão estes os adultos do futuro. Que tal?

*Administrador

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ENSINAR: UMA ATIVIDADE NOBRE

*José João Neves Barbosa Vicente

Assim como todas as atividades exercidas pelos seres hum
anos, o ato de ensinar também exige alguns cuidados e conhecimentos. Certamente, ele não é uma atividade cujo objetivo é controlar ou dominar o outro, portanto, qualquer um cujo desejo é ensinar, precisa estar ciente disso. Ninguém pode acreditar que age corretamente quando ensina, se sua intenção é simplesmente incutir ideias ou opiniões pré-formadas ou preestabelecidas, cujo objetivo primordial é “produzir” seres que simplesmente obedecem. O ensino deve sempre visar o despertar; aquele que ensina, não deve se esforçar para induzir e nem interferir, ele deve sempre contribuir de forma eficaz, para que o indivíduo consiga, com sua própria mente e com seus próprios olhos, enxergar a realidade como ela é, sem qualquer tipo de retoque. Não se pode falar de ensino, enquanto não se trabalha incessantemente para que aquele que é ensinado se torne livre e ele mesmo; aquele que ensina não pode pretender transformar o “ensinado” em um produto da sua própria vontade. Qualquer indivíduo que pratique o ato de ensinar com a intenção de incutir unicamente suas ideias na cabeça daquele que é ensinado por ele, não entendeu ainda o que significa ensinar e, certamente, representa um grande perigo para o ensino. Para que o ensino seja livre e contribuam para libertar os outros, o primeiro passo é libertar aquele que ensina, ou seja, se eles não forem livres, o ensino terá dificuldades para cumprir um dos seus objetivos básicos. Não se pode fazer um compromisso sério com a atividade de ensino, sem antes fazer um compromisso sério com o pensar livre e com o despertar dessa atividade em cada pessoa que é ensinada.

*Professor de Filosofia.

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Está em você

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Deus nunca lhe dá um desejo sem lhe dar o poder de realizá-lo”. (Richard Bach)

Não devemos ter dúvida de que temos todo o poder de que necessitamos para vencer. Mas temos dúvidas se podemos ou não, usar o poder que temos. Até mesmo os que ficam o dia todo rezando, têm dificuldade em acreditar que o reino de Deus está dentro de nós. E quando duvidamos disso não acreditamos em nós mesmos. E se não acreditamos não conseguimos realizar. Simples pra dedéu. Vamos nos valorizar no que somos. E somos todos da mesma origem racional. O problema está em não acreditarmos nisso. Vamos refletir um pouco mais do que já refletimos sobre quem somos, e o que queremos ser. Você é a única pessoa no mundo, com o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz. Quando sabemos nos conduzir não tememos os obstáculos. Eles fazem parte do nosso desenvolvimento. E nosso desenvolvimento depende do respeito que temos por nós mesmos.

Nunca baixe sua cabeça diante do problema. Lembre-se sempre de que você nunca resolverá um problema, concentrado nele. Sempre que o problema surgir procure imediatamente uma solução. E você nunca vai encontrar a solução pensando no problema. Seu pensamento é a sua força, e ele tanto pode levar você para o sucesso quanto para o fracasso. Tudo vai depender do que você está pensando; se no sucesso ou no fracasso. Alguém já nos disse que noventa por cento das pessoas que são assaltadas nas ruas, são exatamente as que saem de casa se benzendo para não serem assaltadas. Seu poder de defesa está no seu subconsciente. É ele que vai fazer o que você quer, desde que você saiba lhe dizer o que você quer. E seu pensamento é a conexão entre você e seu subconsciente.

Você não é diferente dos que vencem, mesmo que você esteja encontrando dificuldade em vencer. Nada cai do céu. Tudo que conseguimos na vida é fruto do nosso desempenho. E este vai depender dos nossos pensamentos. Vai depender das nossas mensagens ao nosso subconsciente. Aprenda a se comunicar com ele. Nunca, em hipótese nenhuma, lhe diga o que você não quer. Diga-lhe só e unicamente o que você quer. Porque se você se concentrar no que não quer é o que vai conseguir. Reflita sobre isso. Nunca perca seu tempo com pensamentos negativos. Tudo que acontece na vida faz parte da vida. Nossa evolução depende do valor que nos damos. Quando nos amamos não permitimos que nada nem ninguém, dirija nossas vidas. Sabemos que temos todo o poder de que necessitamos para vencer os obstáculos. E você não é diferente nem inferior a ninguém. Seu valor está em você. Atravesse o campo minado sem receio de explosão. Pense nisso.

*Articulista

[email protected]

99121-1460