Opinião

Opiniao 08 03 2019 7800

Dicas para se tornar uma pessoa segura

Flávio Melo Ribeiro*

Uma pessoa segura é aquela que está abrigada do perigo ou riscos, por considerar que está certa do que faz e pensa. Por outro lado, a insegurança é um problema comum reclamado pelas pessoas. Tanto que falam que lhes falta segurança para falar em público, para tomar uma decisão importante, lutar pelos seus direitos, enfrentar uma discussão, ou mesmo empreender algo que deseja. Diz-se que o passarinho se sente seguro por dormir num galho de árvore, não porque acredita que o galho não irá quebrar, mas porque ele sabe voar. No caso das pessoas, existe um caminho que as levam para a segurança que é o Ser, Fazer e Ter, mas o que significa esse caminho e como trilhá-lo?

A primeira medida que a pessoa precisa tomar é refletir sobre quem ela é e o que deseja para sua vida, pois não há segurança se a pessoa não sabe qual caminho tomar, já que não tem a menor ideia para onde vai. As pessoas devem refletir sobre seus desejos e sobre o que realmente é significativo, tirando a prova da verdade, e pensando em si a partir do olhar do outro: “eu me aprovaria se estivesse olhando a partir do outro?”

Em seguida, a pessoa deve identificar e investir nas habilidades necessárias para trilhar o caminho que a levará ao seu desejo. Visto que um dos indicativos de uma pessoa segura é o fato dela saber fazer. Não basta saber para onde vai se não sabe como ir. Por exemplo, imagine alguém inseguro para falar numa reunião. O que deve fazer? É necessário identificar qual objetivo quer alcançar com a sua fala;para isso, deve pesquisar o conteúdo com intuito de organizar o pensamento e o discurso. Depois deve ensaiar diversas vezes e, por fim, acreditar que o conteúdo que irá falar é suficiente e necessário para expor suas ideias, bem como enfrentar uma discussão, caso haja divergência. Independente do que você quiser alcançar, invista no desenvolvimento das habilidades, sem se esquecer de quem é, do contexto onde se encontra e onde realmente faz sentido você chegar.

Por fim, a pessoa deve avaliar o percurso e a forma como o realizou e, se aprovar,deve ter orgulho do seu feito. O orgulho é a base para a pessoa se tornar segura. Só tome cuidado de dosar o orgulho. O ideal é a pessoa viver o orgulho das suas vitórias, ao mesmo tempo em que é humilde para reconhecer seus erros e corrigi-los.

*Psicólogo; CRP12/00449

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Às mulheres… simplesmente

Francisco Chagas*

Mesmo “correndo o risco” de ser considerado exageradamente sentimental, eu também poderia dizer: “Meu sonho é ser imortal meu amor”. E apenas uma coisa, hoje, me convenceria a morrer satisfeito: a tua ausência. Sem ti, eu não viveria. Se muito, apenas vegetaria. Por isso, as carrego ´sempre´ dentro de mim. Na esperança de um dia tudo tornar-se eterno. Mas, na realidade, nada é eterno. Estamos em movimento. Estamos na luta. E a luta… tem objetivos.

Dizem a imagem e a imaginação dos poetas, que as mulheres, no sentido pleno da palavra, são o verdadeiro alimento do corpo e da ´alma´ humana. Desde já, agradeço: muito obrigado por existirem.

Outros, dizem, que em certas circunstâncias, a mulher pode “se sentir” feliz da maneira que ela preferir e de várias formas. Amamentando o seu bebê; fazendo uma saborosa comida; passeando com o companheiro ou companheira; mostrando seus dotes naturais ou artificiais; reivindicando os seus direitos ou mesmo se guardando em segredo com todo o zelo para os seus ´deuses´ e/ou ´deusas´. Porém, foi com elas que aprendi um segredo: às vezes, um dos momentos mais felizes é quando ela chora. De alegria autêntica, de paixão compartilhada, de prazer, de amor recíproco, enfim, de todo sentimento,… e não lhe cabendo mais dentro de si, deixa transbordar tudo em forma de lágrimas de felicidade.

E, se é verdade, como dizem os poetas, que os olhos são a janela do coração, nesse caso, as lágrimas também podem dizer a intensidade com que foi tocado o coração de uma mulher. Quem sabe… a felicidade feminina é diretamente proporcional à intensidade com que foi tocado humanamente o seu coração, os seus sentimentos, os seus desejos… a sua ´alma´?. O certo é que, muitas vezes, nestes raros (e ´eternos´) momentos as lágrimas rolam com tanta naturalidade, expressando todo encanto, intimidade, alegria, satisfação e amor sincero.  

Hoje, apesar dos seculares preconceitos, proibições, repressões etc., a luta histórica das mulheres por uma relação mais consciente, uma sexualidade mais prazerosa e uma vida mais humana, continua. De fato, esta luta precisa ser cada vez mais conectada à luta pela emancipação da humanidade oprimida, à luta pela construção de uma nova sociabilidade na dimensão econômica, social e cultural. Não tenhamos ilusões. Somente numa sociedade onde possamos aprender, conviver e ver no outro(a) não apenas o outro(a) simplesmente, mas, também uma parte de si mesmo(a), é que as relações entre os seres poderão se tornar autentica e verdadeiramente mais humanas.

É preciso acabar com a errônea concepção, ideologicamente construída, da “mulher-objeto”. É preciso refutar as tentativas de vulgarização das questões sobre este sexo. É preciso compreender e respeitar a força (e aparente fragilidade) do que é o ´feminino’. Hoje, como resultado de muitas lutas coletivas, cada vez mais a mulher ocupa espaço social. E os homens (apesar da pose forçada) sentem-se, muitas vezes, inseguros, ´incompetentes´ e ameaçados diante dos direitos conquistados e das exigências amorosas e humanas das mulheres. Elas próprias, às vezes, se acham ainda confusas diante desta realidade. A luta continua. Porém, por enquanto, só uma coisa é certa: tanto a luta como as suas conquistas históricas são justas.

Por isso, viva o “08 de março”. Viva o ´dia internacional da mulher´.

Então, entre o fim do dia e o início da noite,…entre uma luta e outra,…uma pausa merecida para o descanso amoroso e humano dessas ‘guerreiras’. Em seguida, junto com a emancipação social/humana, virá o pleno gozo e a paz espiritual que, enfim, se encontram num sorriso e abraço de rara e infinita felicidade… (assim seja…).

* Texto publicado, com alterações, em “O jornal de hoje”, Natal/RN.

** Professor e aprendiz.

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Lendas, fábulas e mitos

Oscar D’Ambrosio*

A nossa vida cotidiana e a arte se alimentam – e muito – de lendas, fábulas e mitos. Mas esses três termos são utilizados geralmente sem muito critério, se maneira bem confusa e misturada, como se tudo fosse à mesma coisa. Mergulhar nessas diferenças pode ser excelente para mergulhar em nosso dia-a-dia;

As lendas, por exemplo, são narrativas fantasiosas transmitidas pela trad
ição oral ao longo dos séculos. Combina o real e histórico com o irreal, meramente produto da imaginação humana. Surgem assim explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para fatos sem explicação científica comprovada.

Já as fábulas são composições literárias curtas, escritas em prosa ou versos em que os personagens são animais que apresentam características humanas, muito presente na literatura infantil. Possuem caráter educativo e fazem uma analogia entre o cotidiano e as histórias vivenciadas pelas personagens, com uma moral no fim da narrativa.

O mito, por sua vez, é uma narrativa de caráter simbólico e imagético. Ele se transforma com as condições históricas e étnicas de uma cultura e busca explicar e demonstrar, por meio da ação e do modo de ser das personagens, a origem do mundo, dos seres humanos, dos animais, das doenças, do amor; do ódio; enfim, de tudo.

Portanto, a lenda de Robin Hood, surgida provavelmente a partir de um personagem real; as fábulas do francês La Fontaine, um grande divulgador dos textos do gênero de Esopo e as mitologias grega e romana, entre muitas outras, são manifestações para, respectivamente, explicar fatos, dar lições e entender a origem de tudo que nos cerca. Conhecer esse universo nos torna mais humanos e menos autômatos.

*Mestre em Artes Visuais e doutor em Educação, Arte e História da Cultura, é Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 

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Deixe lembranças

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua falta seja sentida.” (Bob Marley)

Não basta lembrar de você, o importante é sentir falta de você. E só vai sentir falta de você quem se sentiu feliz com sua presença. E isso depende única e exclusivamente de você. Seja sempre agradável com as pessoas. É bem verdade que está ficando, cada vez mais, difícil você expressar sua simpatia, em determinados casos. Mas é precisamente isso que faz com que você se aprimore. Faça sempre o melhor que você puder fazer em tudo que você faz, seja o que for. Lembre-se sempre do Swami: “Não se mede o valor de um homem pela tarefa que ele executa, mas pela maneira de ele executá-la.” As coisas e tarefas mais simples podem muito bem ser o mais importante para sua apresentação. Então faça isso. Seja sempre uma pessoa agradável, não se incomodando com as desagradáveis. Cada um está na sua.

Adquira o hábito de elogiar. É muito simples, embora não seja tão fácil assim. Um elogio tem que ser sincero e respeitável. Não há elogio que não transmita felicidade. E por isso ele tem que ser sincero. Sua maneira de elogiar indica sua posição na escada da evolução. E só quando evoluímos crescemos espiritual e racionalmente. E é nesse grau evolutivo que somos lembrados na nossa ausência. É quando vivemos a vida como ela deve ser realmente vivida. É quando nos preocupamos mais com o próximo do que conosco mesmo. As pessoas vão nos valorizar na medida em que as valorizamos. Somos todos da mesma origem. Viemos do mesmo universo. Somos todos iguais quando respeitamos as diferenças.

Nunca perca a oportunidade de elogiar alguém. Mas muito cuidado. Seu gesto e atitude na expressão, do elogio, é que vão dizer quem você realmente é. Assim como o gesto de brincar com as pessoas é tão importante quanto o elogio. Mas você precisa ser muito maduro para poder brincar com o médico que está atendendo você, quando vocês não se conhecem. Evite sempre o que possa lhe trazer decepção. Vá com calma e racionalidade. Faça o que você deve fazer, mas com simplicidade e honestidade. Seja realmente uma pessoa simples, independentemente de sua posição social, intelectual, profissional ou, seja qual for. Só quando nos amamos somos capaz de amar.  E só quando amamos podemos fazer as pessoas felizes. E só aí elas irão se lembrar de nós, com saudade. E o que vale mais do que a saudade é a lembrança na respeitabilidade. Faça o que você deve fazer para ser sempre lembrado com afeto e carinho. É quando sua ausência se tornará presença. Esteja sempre presente, não importando a distância de sua ausência. Pense nisso.

*Articulista

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99121-1460