Opinião

Opiniao 12 07 2019 8543

Como um funcionário mal-humorado pode atrapalhar o negócio? – Maira Hess

Se depender da fama do brasileiro, o bom humor chega em primeiro lugar nas redes sociais, no dia-a-dia e até mesmo em protestos, mas em se tratando de ambientes corporativos, nem sempre é assim.

Recém contratado em um grande jornal da cidade e preocupado com uma queda expressiva na quantidade de assinantes, um antigo professor universitário com que tive aula resolveu averiguar de perto todo o processo de entrega do jornal para o assinante. Assim que finalizado e impresso o jornal era colocado em uma caçamba da moto do entregador, que saía pontualmente todos os dias a um determinado horário para as entregas. Até aí tudo certo, porém, não satisfeito, ele precisava averiguar a última e mais importante etapa do processo, afinal o jornal foi produzido para que os consumidores o lessem. Meu professor decidiu então acompanhar a entrega dia a dia e verificou que distraído o entregador acabava, muitas vezes, errando o local da entrega, sem contar as vezes que o jornal caía na casa ao lado ou no telhado. Obviamente, isso gerava custos extras para a empresa e insatisfação do assinante que pagava por algo que não recebia ou que recebia com atraso. 

Quando falamos em negócios, raramente estamos sozinhos e para que tudo funcione precisamos que todas as peças da engrenagem funcionem em sintonia. Distração, falta de compromisso, desleixo, falta de postura e mal humor no ambiente profissional costumam ser sinônimos de “eu não quero trabalhar nesta empresa”, “não me sinto valorizado neste emprego” e por aí vai. É claro que tudo deve ser bem avaliado, mas com um pouco de atenção e preparo pode-se ajustar as “peças” fora do eixo e retornar à harmonia financeira e profissional.

O bom atendimento ao cliente, por exemplo, é algo decisivo no processo de vendas, e se temos a opção de escolher entre comprar de alguém que sorriu ao nos atender ou de alguém que nem sequer nos olhou nos olhos e ainda resmungou algo, provavelmente iremos escolher a opção que nos fez experimentar uma sensação mais agradável. É muito comum clientes desistirem da compra após serem atendidos por um atendente mal-humorado, ou comprarem uma vez e não voltarem mais, pois a experiência gerou desconforto ou uma sensação negativa. 

A história neste ponto se repete. Mais uma vez verificamos que o trabalho de desenvolvimento do negócio, produção, distribuição do produto ou serviço, investimentos em marketing e propaganda tornam-se bastante comprometidos quando se trata de um funcionário mal-humorado. Imagine investir um valor significativo em propaganda e quando o cliente finalmente está prestes a comprar o produto se depara com um funcionário nada disposto a satisfazer os seus desejos. Sem contar que mau humor constante pode ser sinal de doença, e grave! Melhor tratar de perto todos estes sintomas, afinal, prevenir é melhor do que remediar!

*Escritora e Especialista em Marketing Digital

O grande desafio para pequenas e médias empresas, profissionalizar a gestão – Marcello Lopes    O ambiente corporativo nos milhares de empresas que lidam de forma direta e indireta com o poder público passa por fortes mudanças. Entre os motivos que conduzem o novo cenário está o esforço das autoridades policiais e judiciárias nas investigações de enfrentamento à corrupção, como as sucessivas fases da Operação Lava Jato. O empenho tem forte influência no âmbito empresarial em virtude do impulso que oferece para a implantação da Lei Anticorrupção brasileira. O cenário não atinge somente as grandes empresas investigadas, mas engloba integralmente a rede de fornecedores e prestadores de serviços das empresas de todos os portes e ramos de atividade.   A Lei Anticorrupção responsabiliza as entidades jurídicas, não excluindo a responsabilidade civil de seus dirigentes ou administradores ou qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito à administração pública. A lei visa fortificar os mecanismos que as empresas possuem sobre suas operações em torno do cumprimento da legislação nacional e das regulamentações específicas de cada setor da economia. Estas ferramentas de controle são nominadas mundialmente como programas de compliance, ou seja, de conformidade com as leis.   A instituição dos programas de conformidade com a lei não é novidade entre as empresas. A própria Lava Jato atinge grandes companhias brasileiras que já tinham um código de ética e programa de compliance bem elaborados. O fato conduz ao entendimento de que a devida eficácia da Lei Anticorrupção estará comprometida se as condutas dos principais gestores da empresa não convergirem para o respeito das leis.   A regulamentação para que a Lei Anticorrupção seja aplicada impõe o modo como uma empresa deve se preparar para empreender as atividades junto a qualquer esfera da administração pública. A lei pretende o fortalecimento de punições mais rigorosas aos comprovadamente partícipes em escândalos. Mas o sucesso e a eficácia dos mecanismos de combate à corrupção e o controle maior de atos ilícitos dependem da postura ética de seus executivos.   A referida lei define o programa corporativo de integridade, descreve os requisitos mínimos a serem observados em sua elaboração e quais devem ser os mecanismos e procedimentos internos de integridade, bem como incentivo à denúncia de irregularidades, aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta, políticas e diretrizes com o objetivo de detectar desvios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados contra a administração pública, nacional ou estrangeira.   A Lei Anticorrupção tem de ser aplicada a todas entidades jurídicas independente de sua forma societária, faturamento, tamanho etc. A dimensão do impacto da legislação está eclipsada na medida em que o tema tem sido quase sempre relacionado às grandes corporações. Estas já possuem muitos procedimentos e controles que atendem as exigências da Lei, podendo existir algumas implementações ou melhorias para se adaptarem. Nas maiores companhias, o sistema de procedimentos e controles passam por constante atualização, além de contarem com auditoria interna, auditoria externa, governança corporativa e outros mecanismos para prevenção e detecção de irregularidades.   O maior desafio é sua adoção por pequenas e médias empresas cuja parcela significativa não possui procedimentos e controle formalizados. Cenário visto principalmente nos negócios não profissionalizados, que estão sobre gerência de grupos familiares. Todo o circuito que abrange uma grande empresa, com seus fornecedores, pode atingir pequenos e médios negócios. Portanto, é imprescindível para este setor ter seus procedimentos e controles internos formalizados e bem sedimentados. Se uma indústria gigantesca implanta procedimentos de compliance, os fornecedores da sua cadeia produtiva, consequentemente, terão que adotar medidas de conformidade com a lei.   A implantação do programa de compliance passa, obrigatoriamente, pela elaboração de procedimentos de controle que garantam a integridade das informações. É necessária a manutenção de profissionais capacitados para implantar os mecanismos, gerenciar informações de forma adequada e consciente da relevância destes dados apresentados nas demonstrações financeiras. Este é um momento que possibilita às empresas, principalmente as de pequeno e médio porte, se estruturarem, para que o país cresça e alavanque a economia. Quem não se adequar a esta realidade não sobrevirá às exigências do mercado.

 *Sócio da LCC Auditores e Consultores e mestre em contabilidade pela
PUC-SP

Vamos sonhar – Afonso Rodrigues de Oliveira

“Quem não tem sonhos vive agarrado ao passado.” (Márcio Moreira Alves)

Cuidado para não confundir sonhos com fantasia, ou coisa assim. Há uma diferença entre o sonhador e o visionário. Não viaje nas nuvens, sonhe com os pés no chão. Pense no que você quer e sonhe sempre com a realização. Sua semana termina hoje, mas você continua caminhando em direção ao seu horizonte, e é lá que está o seu destino. Afinal, o que você quer na vida e da vida? A única pessoa no mundo, capaz de fazer isso por você é você mesmo, ou mesma. Ninguém vai fazer por você o que você deve fazer. Ninguém tem esse poder. Então imagine-se poderoso, ou poderosa, e vá em frente. Mas cuidado com seu comportamento social.

Falando sério, o comportamento social é muito importante para quem quer alcançar o pódio superior. E é neste que você vai ser visto como um vencedor. E a maneira mais racional de vencer é saber o que quer e que destino deve seguir. É fácil e simples pra dedéu. É só você ser um sonhador, responsável pelos seus sonhos. Mas não navegue em piroga furada. Seus sonhos vão determinar quem você realmente é. 

É na caminhada da vida que encontramos os trancos e barrancos que vão dizer e mostrar o valor que temos. Nunca se deixe vencer pelos obstáculos na caminhada. Se estiver encontrando dificuldade, procure a simplicidade como saída. Reflita sobre os inocentes que nos ensinaram a ver as coisas com naturalidade. Você até pode pensar que estou brincando quando lhe digo para se lembrar do Raimundinho. Mas não é mentira nem brincadeira. Ele foi meu lobinho no meu grupo de Escoteiros do Ar, na Base Aérea de Natal, na década de cinquenta. Já lhe falei sobre isso, mas vamos repetir. Num treinamento, quando lhe perguntei o que ele faria se encontrasse uma árvore caída e cruzando a estrada, ele respondeu, sem pestanejar: “Eu pulo pu riba.”

Faça isso. Pule por cima dos obstáculos. Eles não têm o poder de interromper sua caminhada, a menos que você não saiba para onde está indo. E não faça como a Alice. Decida você mesmo que vereda você deve tomar. O destino é seu, a decisão é sua, e o sucesso vai depender de suas decisões. Valorize-se e no final do dia reflita sobre isso e sobre o que você fez durante o dia. Se foi, ou não, condizente com seus pensamentos positivos. Porque se foi, os resultados virão a seu favor, mesmo que não cheguem tão rapidamente. 

Não gostou desse papo? Ótimo. Isso significa que você está caminhando pelo caminho que escolheu. Que ninguém além de você mesmo tem o poder que você tem de dirigir sua vida. Então vá em frente. Busque seu horizonte e chegue lá. Pense nisso. 

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