Opinião

Opiniao 15 03 2018 7836

O segredo para obter performances extraordinárias nas empresas – Eduardo Shinyashiki* O que as empresas que não atingem as suas metas têm em comum? Elas vivem em um ambiente no qual se prolifera a angústia, a ansiedade, o estresse, a perda de tempo, de foco e de improdutividade. Nenhum desses problemas surge do nada. Ao contrário, todos começam na forma de conflitos, de profissionais sem sinergia, com ruídos na comunicação e com gestores desintegrados com os seus times. Esses fatores impactam diretamente na falta de resultados e são frutos do despreparo dos integrantes da companhia para gerar relações humanas, tanto entre si quanto com os clientes.

Infelizmente, é comum identificarmos todas essas adversidades nas instituições – são os gargalos das metas que deveriam ser atingidas frequentemente. Com a mesma frequência, também podemos notar que a maioria das organizações tem todas as condições para que os resultados sejam atingidos, porém apresenta um custo operacional que se sobrepõe à capacidade de entrega. 

Estamos vivendo um cenário mundial em que, mais do que ter conhecimento técnico, tornou-se fundamental ter um profundo domínio sobre o impacto da comunicação em relação às atitudes, às motivações e ao desempenho das equipes e dos clientes. Mas o que pode ser feito para que os colaboradores sejam convergentes?

Quando todos compreendem o que cada um está buscando, o significado da união começa a fazer sentido para que, juntos, eles possam produzir um resultado que conduza à realização geral. É neste momento que o “estar junto” é importante, que a individualidade deve ser descartada. Entender que, unidos, todos são capazes de conquistar as metas e, principalmente, os contextos necessários para que os sonhos possam se tornar realidade é o principal segredo para criar equipes de alta performance.

A Formação Power Professional foi criada para oferecer ao profissional todas as soluções de que ele necessita para ter performances extraordinárias, o poder de criar resultados e realidades que deseja e merece viver. Ao reunir diversas técnicas comprovadas pela neurociência para capacitar a pessoa com uma comunicação poderosa, o curso conduz ao empoderamento tanto na vida quanto na carreira, com um direcionamento preciso do seu sucesso profissional.

Viver a estratégia do sucesso é o segredo para alcançar os objetivos e superar as metas que estipulamos. Ao experimentar essa fórmula irá observar que, a cada dia, você vai se apropriar mais do sucesso que merece. Essa é a principal diferença daqueles que alcançam as metas de quem fica no quase. Transforme os seus potenciais em poderes e concretize o que deseja.

*Mestre em neuropsicologia, liderança educadora e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional e pessoal. Com mais de 30 anos de experiência no Brasil e na Europa, é referência em ampliar o poder pessoal e a autoliderança das pessoas, por meio de palestras, coaching, treinamentos e livros, para que elas obtenham atuações brilhantes em suas vidas. 

Os enormes prejuízos causados pelo fofoqueiro – Wender de Souza Ciricio*

Não resta dúvida e é óbvio que o fofoqueiro é uma figura beligerante, um traste, caluniador e inútil. Não presta estar ao lado de um fofoqueiro. Seu ambiente é letal, nocivo, vazio e não soma, apenas diminui a vítima da fofoca como, também, faz de seu ouvinte um cúmplice em potencial. O fofoqueiro é um algoz do caráter alheio, é destruidor de vidas humanas e de relações sadias. Essa figura faz romper um casamento, acaba com uma ou muitas famílias, destrói amizades e põe fim ao suave e leve da vida que se chama paz. Sua feição é como uma erva daninha escondida em um jardim florido e que logo vai sufocando, minando e matando o que se tem de divino nesse jardim. Dizem que são necessários dois caixões para o fofoqueiro, um para seu corpo e outro para sua língua.

O grande filósofo Platão disse: “Pessoas normais falam sobre coisas, pessoas inteligentes falam sobre ideias, pessoas mesquinhas falam sobre pessoas.” Preocupado com a mesma questão, o imponente rei de Israel chamado Salomão disse em seu livro de Provérbios: “Sem lenha, o fogo se apaga, sem o fofoqueiro, encerra-se a briga.…”. Então, seguramente, pode-se concluir que estar junto de um fofoqueiro é prejuízo e retrocesso.

O fofoqueiro é assim denominado porque faz uso da fofoca, é claro. Essa prática tem como sinônimo fazer afirmações, geralmente, em cima de fatos não concretos, não legítimos e mentirosos. É envolvida pela especulação e pelo exagero em falar para outro o que não viu, mas o que pensou ter visto. Porém, mesmo tendo visto, erra por não ter o direito de expor alguém para um terceiro, sem que esse alguém tenha autorizado ou estado perto para se defender ou apresentar um parecer. A fofoca, chamada também de maledicência, é um erro injustificável.

O fofoqueiro traz consigo e em sua língua afiada a mentira, a prepotência, a arrogância e o desprezo ao caráter alheio. Jamais o fofoqueiro pode ser visto como alguém virtuoso e construtivo. Suas intenções são malévolas e perniciosas.

A pergunta que não se cala é: se a fofoca é tudo de ruim, por que insistir em ser fofoqueiro? Por que denegrir tanto o caráter alheio? Sobre isso, penso em algumas motivações:

– A primeira é que o fofoqueiro, ao falar mal de alguém ausente, está no íntimo e indiretamente dizendo que é melhor do que essa pessoa a que se refere. Realça o defeito do outro como se fosse impecável. 

– Segundo é que, ao falar mal de alguém, o fofoqueiro tira o foco de si mesmo e faz o cúmplice se concentrar no outro, ou seja, a fofoca é um esconderijo, é refúgio secreto do covarde fofoqueiro.

– Terceiro é que o fofoqueiro expressa, através da fofoca, todo ódio e amargura que tem contra alguém sobre o qual comenta e expõe. Revela, assim, sua forma errada, limitada e vulgar de tratar desavenças. 

– E por último, o fofoqueiro vê na fofoca a possibilidade de ser um herói, afinal está revelando o “podre” do caráter alheio, está impedindo que os ouvintes da fofoca não sejam contaminados pelo “podre”. Nisso, o fofoqueiro tem sua autoestima e seu ego alimentados, afinal expôs o “criminoso”.

Conclui-se que a melhor opção é não ser nem estar ao lado do fofoqueiro. No mundo da inteligência, não existe tempo para fofoca. Quem insiste nesse procedimento está fadado ao fracasso moral e corre o risco de perder bons relacionamentos. Pessoas de bom caráter, altruístas e saudáveis costumam ter tolerância zero com o fofoqueiro. Se você que anda e tem prazer em ouvir toda maledicência vinda da boca do fofoqueiro, torna-se cúmplice e tão igual ao fofoqueiro em sua perversidade. Se não pode ou não tem coragem de confrontar o fofoqueiro, fuja da presença dele, afinal o fofoqueiro só pratica a fofoca porque encontra ouvidos em seu caminho. Deixe o fofoqueiro sucumbir sozinho na ilha da indiferença.

*Psicopedagogo, teólogo e historiador [email protected]

Autoconhecimento e aprendizagem – Luís Cláudio Dallier Saldanha*   Ter uma percepção adequada das próprias fragilidades e virtudes pode ser um dos segredos para a aprendizagem. Autoconhecimento é tão ou mais importante que o conhecimento que se busca nos bancos
escolares.

Lembro de muitas vezes encorajar meus alunos a ter uma medida correta de suas limitações e possibilidades. Valia-me dos versos de Fernando Pessoa em que se recomenda: “Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui”.

Não exagerar ou não excluir o que somos e o que temos é um bom caminho para calibrar nossas percepções.

Uma visão realista das dificuldades de aprendizagem pode ajudar a encontrar estratégias e métodos de estudo adequados, que contribuam para a superação dos desafios educacionais.

A consciência dos pontos fortes, por sua vez, pode orientar o investimento em esforços e projetos que mais seguramente conduzem a conquistas na escola ou na universidade.

Mas a tomada de consciência de nossas fraquezas e fortalezas depende, em parte, de evitar os exageros e as exclusões.

Não exagerar nada que nos diga respeito chega a ser um ato de rebeldia em meio à cultura do excesso, nesta chamada “era da abundância”, em que os meios digitais favorecem inflacionar a informação, o ego e o consumo.

Exagerar nossas virtudes ou mesmo nossas mazelas cria uma visão distorcida de nós mesmos e uma grande barreira para o autoconhecimento.

Por outro lado, excluir ou ignorar alguma parte do que somos, omitindo atributos positivos ou negativos, pode nos levar a uma avaliação enganosa de nossas capacidades ou fragilidades.

Nem superestimar nem subestimar o que somos, o que temos e o que podemos.

Eis o desafio a todos que desejam construir uma autoimagem mais próxima das suas possibilidades e potencialidades! Eis a lição para quem busca desenvolver habilidades socioemocionais indispensáveis ao aprendizado e à formação integral na vida escolar ou mesmo na escola da vida!   *Doutor em Educação e Diretor de Serviços Pedagógicos do Grupo Estácio. 

O pão que os alimenta – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“O pão que as alimenta, a religião que as consola: tais são as duas únicas ideias acessíveis às massas.” Catarina II

A massa humana sempre foi assim. E é nessa gangorra que os políticos brincam o tempo todo. Desde que lhes prometam o pão ou a salvação, os votos estão garantidos. Ontem, fui assistir a uma sessão na Câmara Municipal de Ilha Comprida. Nada de novidade nem de inovação. Tudo igual. Fizemos isso, fizemos aquilo e por aí a fora. Mas não vamos receber isso como uma crítica, mas como mero e simples comentário. Durante toda a sessão, fiquei imaginando como a população, onde quer que ela esteja, é sempre a mesma. Os políticos são sempre os mesmos nas diferenças. Os mesmos arrufos, os mesmos questionamentos e por aí vai.

Enquanto os vereadores falavam e o presidente da Câmara tentava segurar o sorriso, eu tentava segurar as reflexões sobre o que ouvia. Mas não conseguia, continuava refletindo. Aí me lembrei do Moisés Hause. (Assim mesmo, com a). Nunca consegui nem quero conseguir me esquecer do que o Moisés me disse numa conversa: “O exemplo é a melhor didática.” Refleti sobre o que li num jornal local, na Ilha, sobre a reclamação de uma senhora, turista. Ela tem residência aqui, na Ilha, onde vem só passar férias. Está querendo vender a casa porque está decepcionada com o mau comportamento dos turistas que jogam lixo nas praias.

Os vereadores, na sessão, focaram nesse assunto. Aí me ocorreu lembrá-los por que a prefeitura não dá o melhor exemplo mantendo ruas e praias como exemplo de bom tratamento? É bem verdade que a Ilha é um exemplo de ordem. Estou orgulhoso dela. Mas os senhores vereadores deveriam levar em conta que de nada adianta ficar dizendo o que fizeram, quando o problema está no que ainda não foi feito. Tudo que um administrador público faz na sua gestão é apenas parte do que deve ser feito. O que foi feito é o que deveria ser feito. Por que não falar mais no que se irá fazer amanhã? Na política e na administração, deve-se aprender que amanhã o amanhã será hoje, e o hoje será ontem. A tarefa nunca termina. 

Mas é bom que levemos em consideração que a culpa pelos políticos e a política que temos não é dos políticos, mas de quem os elege. E enquanto não acreditarmos nisso, continuaremos alimentados pelos pães e pelas orações. Estamos numa corda bamba: ou nos educamos para melhorar a política, ou ficamos esperando que os políticos nos eduquem, o que eles nunca o farão. Ou cuidamos de nós, ou continuaremos ouvindo os mesmos blá-blá-blás onde quer que estejamos. Vamos fazer nossa parte para que um dia possamos ser realmente cidadãos. Pense nisso.

*Articulista [email protected] 99121-1460