Opinião

Opiniao 17 10 2019 9119

Energia, o sofrimento dos roraimenses  Mecias de Jesus*

No dia 30 de agosto do último ano, consórcio que reúne as empresas Oliveira Energia-Atem arrematou a Boa Vista Energia em leilão realizado na Bolsa de Valores de São Paulo. Pagou R$ 50 mil por aquela distribuidora de energia roraimense, com lance de deságio igual a zero, o que implica na não redução tarifária para os consumidores.

Ao adquirir a distribuidora por valor meramente simbólico, o Consórcio Oliveira Energia-Atem comprometeu-se a pagar cerca de R$ 45 mil pelas ações da Boa Vista Energia e, além disso, realizar aporte no valor de R$ 176 milhões. Mais de um ano depois da efetivação do negócio, os resultados práticos anunciados ainda não apareceram.

A distribuidora Boa Vista Energia registrava, no momento de sua privatização, dívida acumulada de R$ 1,2 bilhão, a qual foi integralmente assumida pela Eletrobras por decisão do Conselho de Administração. O consórcio que a adquiriu não terá que pagar tal dívida, ficando ainda com os ativos da empresa, que valem milhões de reais. Isso significa um verdadeiro assalto aos cofres públicos da União, orquestrado por uma mente maligna que age contra o povo brasileiro e contra o povo de Roraima.

Não se entende a pressão exercida por forças poderosas, que são a base de sustentação do Consórcio, o qual não quer realizar seu trabalho por desejar acordo de repactuação de preços com o governo estadual. Tudo isso depois de ter comprado a Boa Vista Energia (que agora se chama Roraima Energia) por uma bagatela.

O estado de Roraima, que sofre com o isolamento energético (por não se encontrar integrado ao SIN – Sistema Interligado Nacional), vê, agora, no governo Bolsonaro, a possibilidade de ser resgatado do limbo em que se encontra mergulhado.

Nós pagamos o kilowatt/hora mais caro do país, pois a energia elétrica aqui produzida, na quase totalidade, vem de usinas termelétricas. A experiência com a hidrelétrica de Guri falhou devido aos desacertos políticos internos da Venezuela e consequente desmonte organizacional a que viemos assistindo no país vizinho.

Nós, roraimenses, sofremos com oscilações da corrente elétrica, queda de energia e apagões, enquanto recebemos contas mensais de consumo que transformam boa parte de nossa população em inadimplente. Muitas foram as promessas de solução.

Agora, estamos perto de ver concretizado um antigo sonho: testemunhar nosso estado fazendo parte do Sistema Interligado Nacional. Já foram resolvidas as pendências que causavam grande entrave à consecução da obra.

Tenho mantido contato permanente com autoridades do governo federal e ouvido notícias promissoras com a possibilidade de início de construção do Linhão de Tucuruí já em novembro próximo. As licenças ambientais já foram assentidas.

O presidente Bolsonaro está à frente das negociações, buscando sempre certificar-se de que os obstáculos vão sendo removidos. A hora é própria para o saneamento de litígios ainda existentes. A ordem é colocar Roraima no SIN e colocá-lo em pé de igualdade com os demais estados de nossa Federação.

Novo horizonte se descortina: a chegada de energia elétrica, com o Linhão de Tucuruí, mais do que promessa será a certeza de nossa prosperidade.

*Senador da República pelo estado de Roraima.

 “VELOCIDADE CONTROLADA PELA CONSCIÊNCIA”

Dolane Patrícia*

Uma das coisas mais preocupantes hoje são os acidentes de trânsito. Muitos deles são causados pela falta de sinalização, pelos buracos das ruas, animais nas pistas e como não poderia deixar de ser, pela imprudência dos motoristas.

“Os números preocupam: 40.610 mortes em acidentes de trânsito no Brasil em 2010. De acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), “entre 2002 e 2010, o número total de óbitos por acidentes com transporte terrestre cresceu 24%: passou de 32.753 para 40.610 mortes. Com base nesses números, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o Brasil como 5º país do mundo em mortes no trânsito.”

Resultados divulgados pela Seguradora Líder, empresa que administra do Seguro DPVAT, mostram que “as estatísticas oficiais de acidentes trouxeram resultados também preocupantes em 2011. O total de indenizações pagas entre janeiro e setembro superou a casa dos R$ 1,6 bilhão. O número de vítimas indenizadas aumentou aproximadamente 42% em relação ao mesmo período do ano passado.” São os dados informados pelo site dpvatsegurodotransito.com.br.

Outro importante levantamento foi realizado pelo Instituto Sangari, especializado em pesquisas científicas. “O estudo aponta que o Brasil é o segundo país do mundo em mortes em acidentes de motos. Nos últimos 15 anos, a taxa de mortalidade aumentou 846%, enquanto a de carros, por exemplo, foi de 58%.” São os dados fornecidos pelo site.

E o famoso seguro DPVAT?

Todo o ano, pagamos o seguro DPVAT. O interessante é que o número de acidentes não é compatível com o número de ações de DPVAT interpostas. 

Para quem ainda não sabe, o famoso DPVAT significa: Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres. A sigla refere-se, como diz o slogan da própria campanha de divulgação, ao “único seguro que protege todos os brasileiros” vitimados por acidentes de trânsito, não importa se motoristas, passageiros ou pedestres. O mais interessante é que mesmo se você estiver dirigindo sem carteira ou se foi o causador do acidente, tem direito.

“O DPVAT indeniza as vítimas em três categorias: por morte, invalidez permanente ou despesas de assistência médica e suplementares. No caso de morte, a indenização corresponde ao valor de R$ 13,5 mil e é recebida pelos herdeiros. 

Se a pessoa ficar permanentemente inválida ou, como diz o site oficial do DPVAT, tiver “perda ou redução, em caráter definitivo, das funções de um membro ou órgão, em decorrência de acidente provocado por veículo motor”, a indenização pode também chegar a R$13,5 mil, de acordo com a gravidade da invalidez. Tal valor só poderá ser recebido se a impossibilidade de reabilitação for comprovada por um laudo pericial. O “beneficiário é a própria vítima.” É o que afirma o site oficial do DPVAT.

“Se o indivíduo tiver despesas hospitalares como medicamentos, consultas e internações, por exemplo, deverá apresentar a soma dos gastos usando os limites definidos pela Superintendência de Seguros Privados, a SUSEP. A indenização, nesse caso, tem valor máximo de R$ 2,7 mil por vítima, e também é recebida por ela. Quando o beneficiário tiver menos de 16 anos, os pais ou responsáveis recebem os valores; se ele tiver entre 16 e 18 anos, já poderá receber a indenização, desde que esteja acompanhado do responsável.” Informações do site oficial do seguro DPVAT.

 “O trânsito tem ficado cada vez mais violento. Foram mais de 256 mil acidentados no período (indenizados), uma média de quase 950 (939,38) pessoas por dia, no Brasil. É um número alarmante”, sinaliza Ricardo Xavier, diretor-presidente
da Seguradora Líder DPVAT.

Para quem tem direito ao DPVAT, o seguro cobre os seguintes eventos danosos: Morte: Caso a vítima venha a morrer em virtude do acidente de trânsito, seus beneficiários terão direito ao recebimento de uma indenização correspondente à importância segurada vigente na época da ocorrência do evento fatídico;

“Invalidez Permanente: Caso a vítima de acidente de trânsito venha a se tornar inválida permanentemente em virtude do acidente, ela terá direito a indenização, de acordo com a tabela de Danos Corporais Totais, constante do anexo à Lei n.º 6.194/74. Despesas de Assistência Médica e Suplementares (DAMS): Caso o vitimado por acidente de trânsito venha a efetuar, para seu tratamento, sob orientação médica, despesas com assistência médica e suplementares, ele terá direito ao recebimento de uma indenização, a título de reembolso, correspondente ao valor das respectivas despesas.” 

Ou seja, cada parte do corpo afetada, tem um valor a ser pago. Interessante isso. No entanto, ninguém gostaria de receber valores porque perdeu uma parte do corpo. Na última segunda feira, o professor Tolomeo Gomez, que conduzia o seu veículo, relatou que perdeu o controle e invadiu o quintal de uma residência que fica localizada em uma das esquinas do cruzamento.

Seguia pela Avenida Nossa Senhora da Consolata, sentido Centro da capital, quando teve a preferencial invadida por um casal que estava na motocicleta, seguindo pela Avenida Surumu, sentido Avenida Benjamim Constant. “Não tive nem como desviar, foi tudo muito rápido. Para não bater mais neles, puxei o volante, perdi o controle do carro e acabei entrando nessa casa. Sempre faço esse caminho aqui. É muito perigoso”, disse o motorista à reportagem da Folha de Boa Vista.

Conheci um casal que estava passeando pela calçada quando um carro mal estacionado se desgovernou e os matou, deixando órfãs duas filhas lindas! Quantas vidas separadas pela imprudência no trânsito! Quantas pessoas feridas, vítimas de acidente de carro e moto, que poderiam ter sido evitadas.

Assim, o mais importante é ter prudência ao dirigir, porque vidas são ceifadas, famílias, crianças, pessoas que têm suas vidas interrompidas de forma trágica. Melhor refletir na frase: “é melhor ser paciente nas estradas, do que paciente no hospital!”.

 *Advogada, Juíza Arbitral, Personalidade da Amazônia e Personalidade Brasileira. Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia Twitter: @DolanePatricia_ You Tube: DOLANE PATRICIA RR. Acesse dolanepatricia,com.br

Os indicadores do caminho

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Todos os caminhos que levam ao sucesso na vida dependem de dois fatores: o pensamento e a vontade.”

Há pessoas que batalham a vida toda e não conseguem o sucesso. Há outras que não lutam tanto e conseguem o que querem. E o fracassado sempre credita o sucesso à sorte. Quando na verdade a sorte está nos pensamentos aliados à vontade. E a vontade exige ação. Muitos dos que conseguem o sucesso na vida não se instruíram para isso. Apenas são pessoas que têm o valor no uso dos pensamentos focados no que realmente querem. E o mais difícil é saber o que querem para os que não sabem o que realmente querem. Muitas vezes estão lutando por coisas contrárias, sem nem mesmo saber que caminham por veredas ínvias. Não pergunte ao sapo que caminho você deve tomar. Faça você mesmo, ou mesma, a escolha. 

Seu fracasso ou seu sucesso vai depender da sua escolha. E é por isso que você deve estar com os pensamentos livres e sadiamente atentos. Mas nada de preocupação. Porque quando ela, a preocupação, chega, o fracasso geralmente vem junto. Então, cuidado, mas sem preocupação. A confiança associada à ação traz o resultado positivo. E isso independe da qualidade do resultado. Não nos esqueçamos de que os maiores marginais do mundo tiveram sucesso no que fizeram. Só que foi, e é, um sucesso corriqueiro e maléfico. Que não é o caso dos de verdadeiro sucesso.

Mantenha seus pensamentos bem dirigidos através do seu subconsciente. E comece por levar isso a sério. É no seu subconsciente que está todo o poder de que você necessita para o seu sucesso. Treine nos seus contatos com ele. Mas lembre-se de que sua conversa com ele deve ser silenciosa. Diga-lhe o que você realmente quer, e nunca o que não quer. Porque ele, o subconsciente, não está nem aí para o que você quer, se é bom ou mau, bem ou mal. E todas as pessoas de sucesso são guiadas por esse princípio, embora nem sempre saibam que são. Não fique grilado com o aparente complicado no assunto. Ele é muito mais simples do que você imagina. É só você confiar em seu poder e ir em frente.

A vereda mais simples e confortável é a felicidade. E esta está no sorriso, na simpatia, no respeito e, sobretudo no amor. Quando não amamos, não conseguimos o que realmente queremos no sucesso almejado. O poder nem sempre significa sucesso. Só os tolos se deixam levar pelo equívoco. O Bob Marly já nos disse: “Há pessoas que amam o poder, e outras que têm o poder de amar.” Poder e sucesso nem sempre são companheiros fiéis. Sucesso é amor. Se não houver amor no sucesso, não há sucesso. Mas apenas ilusão dos que amam o poder. Pense nisso.

*Articulista [email protected] 99121-1460