Opinião

Opiniao 10236

O pós-mentira e as verdades incômodas: enquanto os políticos “brigam” o povo morre

Luis Cláudio de Jesus Silva*

Existe um proverbio chinês que diz que “todos os fatos tem três versões: a sua, a minha e a verdadeira”. Uso essa frase para assentar que não tenho pretensão de ser o dono da verdade e que respeito suas verdades, mesmo que não concorde. Dito isto, vou expor a minha verdade, a partir de alguns fatos políticos registrados nas últimas semanas em nossa cidade: a promessa de incentivo financeiro aos profissionais de saúde e segurança; a falta de testes de COVID-19 nas UBS do município e no HGR do estado; a novela da compra de respiradores; e a permanente omissão dos vereadores. Registro que estou em quarentena, por ser um número a mais nas estatísticas de suspeitos da COVID-19, em Boa Vista. Vou enumerá-los:

1. O governador Denarium, pressionado por um pedido de impeachment, que nunca será aceito pelo presidente da Assembleia Legislativa, mas servirá como instrumento de chantagem até o fim de seu mandato – como foi no governo passado -, sancionou a Lei n. 1393/2020, que autoriza a criação da gratificação de 50% sobre o salário, como incentivo financeiro temporário aos servidores da saúde e da segurança pública que estejam atuando no combate a pandemia e em contato com pessoas infectadas.

Pois bem, se a intenção do governador fosse valorizar os servidores, seria louvável a iniciativa, mas é difícil acreditar. A verdade é que o Denarium pensa que saúde se faz única e exclusivamente com médicos e por isso, concedeu abono apenas a estes profissionais. Porém, o combate a pandemia se faz a muitas mãos e todas são igualmente importantes e merecem ser valorizadas. Além dos médicos, estão na luta e sujeitos a contaminação os enfermeiros (técnicos e auxiliares), técnicos em radiologia, maqueiros, motoristas das ambulâncias, fisioterapeutas, farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos e todos os demais servidores que são obrigados a trabalhar nas insalubres unidades de saúde.

O mesmo vale para os profissionais da segurança pública, que deve incluir policiais civis, militares, penais, bombeiros e os servidores que lhes auxiliam. Camuflar ou omitir dados tem sido a estratégia, assim, o governo ao divulgar que entre os policiais já foram infectados 16 civis, 23 militares e 14 bombeiros, omite os 66 policiais penais e aproximadamente 250 profissionais da saúde.

Um verdadeiro pelotão de guerreiros baixados pela COVID-19. Já ouvi alegações de que a lei possui vícios e precisa ser regulamentada, pra mim mais uma falácia, pois se serviu para reconhecer o trabalho dos médicos, deve servir para todos. Do contrário, que o governador suspenda a lei e assuma seu ato.

2. Li as manifestações da Tereza, contra pronunciamento do Denarium, feito no final de semana, e me pareceu que a verdade incomodou a prefeita. Tereza, se apressou para publicar notinhas nas redes sociais, único local onde a mesma pode ser vista durante estes períodos de pandemia, afirmando, com meias verdades, que o governador desrespeitou os profissionais de saúde do município. A verdade é que Tereza tenta de todas as formas politizar qualquer discussão com vistas às eleições que se aproximam e onde ela tentará eleger seu candidato – prevejo que será um velho conhecido, recém defenestrado do senado.

Se ela realmente valorizasse os profissionais de saúde como diz, o que tem feito para motivar e protegê-los? A revolta de Tereza é porque após gastar alguns milhões de reais com propaganda de que estaria realizado testes em pacientes com sintomas de COVID-19 nas UBS, Denarium a desmentiu. Na verdade, nenhum dos dois, nem estado e nem município estão realizando testes ou sequer fazendo as notificações dos pacientes com sintomas, a não ser que estejam morrendo. Fui em duas UBS e no HGR e, mesmo com sintomas, não fui sequer notificado para figurar nas estatísticas que Tereza tanto gosta de compartilhar. Nas UBS não fui atendido nem para fazer triagem.

3. Outro episódio que nos chamou atenção foi o caso da compra dos respiradores. O governo realizou uma compra extremamente suspeita, onde cada aparelho custou mais de 200 mil reais. Transação que deixou um prejuízo de mais de 6 milhões para o roraimense, dinheiro que nunca será recuperado, logo será esquecido e ninguém será punido.

Teresa, fera nas redes sociais, se avexou e divulgou a compra de respiradores por 26 mil reais cada, tudo para mostrar que era mais honesta e eficiente que Denarium. A verdade é bem outra, Tereza não diz que os respiradores foram comprados a quase um ano, quando a demanda e os preços eram bem menores.

4. Em meio a tudo isso, ninguém sabe onde estão os vereadores de Boa Vista. Já escrevi sobre a incompetência, ineficiência e submissão dos edis locais, mas nada mudou. Na verdade, os ilustres vereadores que não trabalham, mas estão com os salários em dia, preferem continuar servindo a Tereza e não ao povo e, por isso, não fiscalizam nada. Daqui a pouco estarão nos incomodando com pedido de voto para passar mais quatro anos, na moita, ganhando sem trabalhar.

Pois bem, enquanto Teresa e Denarium fingem briguinhas a pandemia avança e o povo morre sem amparo e sem atenção. Na verdade, eles não valorizam e não reconhecem o trabalho de ninguém e ainda mentem ao divulgar os dados de contaminados, pois se testassem todos os pacientes sintomáticos que procuram o sistema de saúde, os números seriam muito maiores e próximos da verdade. Galileu Galilei estava certo, “a verdade é filha do tempo e não da autoridade”. 

*Professor universitário, Doutor em Administração

www.professorluisclaudio.com.br

O Brasil que eles não querem

Ivonisio Lacerda*

Eles precisam entender que agora é um NOVO Governo, sem fraudes, sem levar vantagem, portanto, sem corrupção. Ainda não se convenceram disso e tentam a todo instante, atrapalhar, enfraquecer, desestabilizar o nosso presidente “macho pra caramba” que tem aquilo preto. Há todo momento o Congresso Nacional aprova medidas na contra mão dos projetos do Governo, para, principalmente meter a mão nos seus cofres, numa tentativa clara de enfraquecer a política econômica, bem como a figura do nosso popular e arrochado presidente.

Isso, com a ajuda do Poder Judiciário, notadamente o STF, que deliberadamente abandona a nossa Constituição, tão bem conduzida pelo saudoso Dep. Ulisses Guimarães, passando a legislar ao lado do Congresso, montando dessa forma um governo paralelo, numa clara e sórdida interferência no Poder Executivo. Sem esquecer da esquerdalha, dos políticos e governantes que só pensam em levar vantagem, das entidades de classe, das Ongs, da imprensa encarnada que é uma minoria, mas que busca todos os dias, peitar e até querer humilhar o nosso presidente cabra macho, plantando notícias fantasiosas.

Tudo isso, para provocar manifestações e greves, visando a retomada do poder. Todo esse processo para desgastar e até incriminar o nosso presidente, tem nome: se chama, A PERDA DAS MAMATAS, onde por mais de 30 anos desviaram vultosas verbas principalmente das Estatais, bem como os repasses que financiavam Ongs, Entidades de classe e também os artistas inescrupulosos através da Lei Rouanet que os patrocinavam.

Eles até hoje, não acreditam que perderam assa boquinha, que agora tem um presidente que conseguiu com a ajuda divina e de um povo BRASILEIRO, chegar ao Palácio do Planalto para fazer história e além, fazer desse nosso PAÍS, uma verdadeira NAÇÃO, q
ue fosse respeitada, e já é, pela maioria dos países de primeiro mundo. O nosso povo não aguentava mais “ficar deitado eternamente em berço esplêndido”, seria imoral, covarde, e até ante patriótico deixar esses CANALHAS continuarem roubando os nossos sonhos, com essas práticas criminosas, que a todo instante esvaziavam os cofres do Governo Federal, em cima de nós trabalhadores brasileiros honestos, pagadores de impostos.

Agora temos um Capitão das Forças Armadas (entidade respeitada), que quer um Brasil “VARONIL”, que implantará um regime de disciplina, de respeito, de ordem, de trabalho, de tradições, de resgate da nossa cidadania. Nosso presidente quer muito mais, fazer desse país um verdadeiro canteiro de obras, com a retomada das inúmeras obras deixadas pelo caminho por governos passados, bem como a construção de outras obras que são importantes para a consolidação da nossa economia, através das estradas, do agro negócio, das riquezas do seu solo, enfim, das exportações, tornando assim, seu povo forte, seu país forte, respeitado e com grandes perspectivas de se tornar um GRANDE PAÍS, e num futuro próximo, um país de PRIMEIRO MUNDO. VIVA O POVO BRASILEIRO!

*Professor/Jornalista

Mestre em Com. Educativa

[email protected]

Foi tudo numa boa

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“A felicidade está onde nós a pomos, e nem sempre a pomos onde estamos.” (Vicente de Carvalho)

Divertimo-nos bastante. Na simplicidade de um dia maravilhoso, resolvemos festejar lá no Balneário Lusitano. É lá que o Alexandre está construindo sua casa. E lá fomos nós. Um grupo imenso de sete pessoas. Eu já disse aqui, quais eram as pessoas. Compraram um frango já prontinho para as brasas, um pouco de suco e tomamos o ônibus.

A Ilha Comprida tem setenta e quatro quilômetros de extensão em linha reta. Por isso é comprida. E o Lusitano fica a uns sete quilômetros daqui do centro. Entramos na casa em construção, montamos as bancadas com tijolos e tábuas. O Tácio, meu neto, que é bom de cozinha, responsabilizou-se pelo frango. Montou o fogão, fez o fogo com pedaços de tábuas, aprontou o arroz na panela, e a pôs no fogo.

Enquanto conversávamos, ríamos e falávamos mais do que as bocas, ouvimos uma explosão lá fora. Na preparação para o fogão, o Tácio o cobriu com uma telha, sob a panela. A telha explodiu e jogou a panela com o arroz para o ar. Rimos bastante e nos divertimos, perguntando: e agora? O que é que vamos comer? Aí eu dei uma “de eu”, resolvi ir até o mercado comprar uma farofa mais consistente. Mas o mercado estava fechado por causa do Corona. Voltei e o frango já estava assadinho e misturado com a farofa que levamos de casa. Divertimo-nos à beça.

Na nossa chegada ao Balneário, a manhã estava friinha e gostosa. Mas na hora do almoço maravilhoso de frango com farofa, o sol já tinha chegado e esquentado o ambiente. E você não imagina as histórias fantásticas que brotaram naquela reunião que na verdade não era reunião, mas festança. Eu a registraria como a “Festa do frango com farofa.” Ficaria bem. O tempo passou e quando olhamos para a Avenida Beira Mar foi que no lembramos que teríamos que voltar para casa. Já era tarde. Atravessamos a Avenida e entramos para a praia longa, linda e sem banhistas. Éramos os únicos e não éramos banhistas. Caminhamos pela areia compacta e fininha. Brincamos nas gangorras da Praça, e voltamos para o ponto dos ônibus.

Entramos no ônibus que não tinha mais de três passageiros. Foi uma caminhada tranquila, diferente, e muito divertida. Como se fôssemos visitantes, e de fora. E foi assim que a dona Salete e eu festejamos nosso sexagésimo e segundo aniversário de casamento. Legal pra dedéu. E nos convencemos de que a felicidade realmente está onde estamos. O importante é que demos valor à vida que vivemos. Nada é mais gratificante do que um momento de felicidade em reunião com amigos e familiares. Seja feliz. Pense nisso.

*Articulista

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