Opinião

Opiniao 11837

Bom senso

Linoberg Almeida

Em tempos de gente ainda caindo em golpe de pirâmide financeira, de arte urbana se desmanchando, político que na campanha diz que “juntos somos mais forte” e depois de eleito joga fora o voto de confiança, de ex-senador que acha que as coisas boas da vida não custam nada e a gente numa crise danada, anda faltando bom senso, ou como se diz: o golpe tá aí, cai quem quer.

No dicionário, bom senso tem sentido cartesiano, metódico, e eu, como sistemático que sou, por ele entendo como algo que é possível chegar, de forma abstrata, ao conhecimento da realidade. É a aplicação perfeita da razão para julgar e raciocinar em cada caso particular da vida e, assim, encontrar uma solução sensata.

Tim Maia cantou que lendo atingiu o bom senso, uma espécie de imunização racional. E com o universo em desencanto, dias depois do dia do livro, nada melhor que te pedir para não cair em conto do vigário. Usa a cabeça, pois está cheio de 171 por aí, doido para obter vantagem ilícita, te causar prejuízo, e ao usar de artimanhas, acaba levando você, nós, ao erro. 

Afinal, cadê o bom senso? O “comandante em chefe” faz pose com placa de CFP cancelado e ri no programa de TV em tempos dolorosos para tantos; muitos que deveriam marcar posição se perdem ao atacar o politicamente correto e outros tantos, fragmentados, sem organização competente, olham a banda passar tocando soluções impossíveis para o hoje. 

Não tem ganho fácil e nada de baixo risco que dê lucro de 20% ao mês. Não há cobras e lagartos ao se questionar o talento por trás e por todos os lados do muralismo do Kobra, mas a esperteza de por a culpa em São Pedro para tirar o peso de quem não fez a coisa certa, minimizando que falta de planejamento e pressa são inimigos da perfeição é indiscutível. 

Sorriso largo, simpatia, fala de fé, garra, e por debaixo do tapete, os jeitinhos, carteiradas, arrogância e falta de envergadura para representar o povo embalam o famoso “por fora, bela viola” que ataca novamente. E antes que seja tarde, boas ideias e gol de placa tem preço, sim. O talentoso artilheiro e o cientista precisam de investimento e cuidado, assim como nossas praças. Um olhar mais atendo sabe que a baixa qualidade de materiais e normas técnicas padrão deixadas de lado custa caro.

Nós sabemos que bom senso é daquelas coisas que quem mais precisa menos usa. Mas, cabe a nós, atentos cidadãos, ficarmos de olhos bem abertos. Se a hora é de união em prol de um objetivo maior, esteja alerta para rinhas de mentirinha dos que querem poder pelo poder e não o bem-estar da população. Afinal, amanhã vai ser outro dia e hoje é você quem manda. 

Linoberg Almeida     Sociólogo, Professor/ UFRR

Onde e como encontrar as melhores oportunidades de leilão de imóveis

por Paulo Mariano*

Em meados dos anos 2000 iniciaram-se os leilões eletrônicos judicias, amparado legalmente pelo artigo 689-A, do Código de Processo Civil, não mais vigente. Atualmente, os leilões são divulgados nos sites dos leiloeiros, em que estará discriminado o imóvel, o devedor, o credor, as datas dos leilões, os ônus que recaem sobre o imóvel, como débitos de condomínio Instituto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e, o mais importante: o valor da avaliação do imóvel.

Antes, os leilões eram realizados no setor de Hastas Públicas do Fórum, de forma presencial, e somente tinham conhecimento de sua realização as partes do processo, seus advogados e aqueles que circulavam pelo saguão do fórum onde era afixado o Edital, além daqueles que se dedicavam aos leilões de forma profissional, pesquisando as oportunidades nos jornais de maior circulação na cidade.

Hoje, com a divulgação dos leilões na rede mundial de computadores, as possibilidades das arrematações aumentaram demasiadamente, considerando sua maior visibilidade.

Por outro lado, os valores da arrematação também aumentaram, pois, com a divulgação, cresceu também a procura de pessoas interessadas em arrematar imóveis por até 50% abaixo do valor da avaliação do imóvel, aumentando com isso a concorrência.

Além do mais, existe ainda a possibilidade de localizar as melhores oportunidades nos jornais de maior circulação local e ainda nas dependências do Fórum onde será afixado o Edital.

Oportuno salientar que as melhores oportunidades de se encontrar um bom imóvel e de se obter uma rentabilidade maior no seu investimento podem estar nos sites com menor visibilidade, pois haverá uma redução na concorrência.

Uma simples pesquisa no Google pode ser uma boa ferramenta para conhecer quais são os sites mais visitados, pois os primeiros que aparecerem na página são aqueles mais pesquisados. Entretanto, os demais sites não são menos importantes, apesar de possuírem menos ofertas de imóveis são muito atrativos, já que há uma possibilidade maior de arrematação, considerando que haverá uma diminuição na concorrência.

Mas há de se atentar aos sites falsos de leilão, para evitar eventuais prejuízos e aborrecimentos. Sugiro a consulta ao Edital para ver quem é o leiloeiro e se este é o responsável pelos leilões daquele site. E, para saber se este leiloeiro é credenciado, basta consultar o site do Tribunal de Justiça competente daquele leilão, em que será possível localizar os leiloeiros habilitados.

Sem a pretensão de, com essas dicas, esgotar todos os meios que possibilitam encontrar as melhores oportunidades de arrematação de imóveis com segurança e de forma rentável, reforço que esta é uma ótima opção de investimento.

Além disso, se faz necessário lembrar que a assessoria de um advogado especializado é garantia de uma arrematação segura e rentável.

*Paulo Mariano é advogado especializado em leilão judicial de imóveis, com experiência de mais de 500 processos nessa modalidade de investimento. Já assessorou investidores, familiares e amigos e vem se utilizando do leilão de imóveis para seu próprio investimento. 

A revolta da vacina

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Grandes espíritos sempre encontram violenta oposição por parte de mentes medíocres”. (Einstein)

Enquanto não mudarmos, nada mudará no mundo em que vivemos. E não mudamos. Continuamos os mesmos, trogloditas do início da humanidade. No que assistimos, atualmente, em relação à vacinação contra a pandemia, não é diferente ao que assistimos em outras pandemias, seculos atrás. Em 1904 o Brasil viveu uma revolução, no Rio de Janeiro, com as mesmas proporções da que vivemos hoje. E isso, se considerarmos as populações daquela época, e as de hoje. 

Em 1904 Oswaldo Cruz era diretor-geral da saúde pública, no governo do Rodrigues Alves. E o Oswaldo Cruz resolveu vacinar a população, contra a febre amarela, que era a pandemia da época. A população revoltou-se. E o argumento dos revoltosos era que o governo pretendi apenas disfarçar o problema. A revolução cresceu e ouve muitas destruições, até mesmo queimas de bondes, nas ruas. As barr
icadas já faziam parte da bandalheira. Até os lampiões de gás, que iluminavam as ruas, na época, foram destruídos.

E por incrível que pareça, até o Rui Barbosa participou da encrenca, alegando que as vacinas levariam as senhoras ao ridículo, ao ficarem com os braços nus, durante a aplicação da vacina. E a pergunta é: o que mudou? Quando será que a mídia, as pessoas, os políticos e todos nós, iremos amadurecer, para parar com esse redemoinho de ignorância? Desculpem-me pelo aparente arrufo. Mas, não é mais do que um desabafo diante do que continuamos vendo e ouvindo, todos os dias, sobre um problema que é apenas continuidade. Porque continuamos na mesma marcha lenta, em direção ao desenvolvimento humano.

Vamos fazer nossa parte, como ela deve ser feita. Sabemos a gravidade da coisa que vem nos atormentando há séculos. E continuarão atormentando, se não aprendermos a conviver com ela. O Globo Terrestre continua e continuará em mudanças climáticas. E estas são fruto do nosso despreparo. E quem irá nos preparar? Como encontraremos esta Terra na nossa próxima volta? Tudo vai depender do que fizermos, hoje, para nossa volta amanhã. E este amanhã não sabemos quando será. Tudo vai depender de cada um de nós. 

Esta não é a primeira nem será a última pandemia sobre a Terra. Elas, as pandemias, fazem parte da nossa evolução como animais racionais em evolução. Então vamos evoluir. Cuidemo-nos diante do perigo da pandemia, seja ela qual for. Cuidemo-nos no que somos. Senão não seremos os melhores no futuro. Previna-se, mas sem alaridos. Procuremos saber o que há de melhor para que possamos viver melhor no futuro. E o futuro é o amanhã. Pense nisso.

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