Opinião

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Biossimilares: Previsibilidade e equilíbrio econômico

 

Michel Batista*

 

Nos últimos dois anos, custos diretos e indiretos da Saúde sofreram um aumento significativo. Principalmente pela falta de insumos, crescimento da inflação, superlotação dos hospitais, alta ocupação nas UTIs e necessidade de acompanhamento especializado pós-covid em função das sequelas geradas nos pacientes expostos ao vírus. 

 

Dessa maneira, devido a necessidade de acompanhamento contínuo destes pacientes, estes custos ainda não estão finalizados e naturalmente podem comprometer o planejamento orçamentário Público e Privado. Ao olharmos para a verba do SUS, por exemplo, em 2022 podemos identificar uma redução de cerca de 20% quando comparado com 2021, passando de R$200,6 bilhões para R$160,4 bilhões¹. O valor diminuiu, mas outros motivos contribuíram para o aumento dos gastos, como compras de respiradores, bombas de infusão e retomada das cirurgias eletivas, represadas durante o pico da pandemia e que depois de um longo período foram retomadas.

 

Nesse contexto, é necessário considerar alternativas que contribuam para o equilíbrio financeiro do sistema de Saúde. No centro dessas possibilidades, estão os biossimiliares, fármacos biológicos altamente similares aos produtos de referência, produzidos a partir de células vivas. Essa tecnologia, garante o desenvolvimento de terapias com eficácia, tolerabilidade e segurança comprovadas, além de uma redução de cerca de 30 a 40% do custo², contribuindo para a sustentabilidade do sistema.

 

No Brasil, muitos pacientes têm utilizado esse recurso através da saúde suplementar bem como através do SUS. O Ministério da Saúde tem adquirido através de licitações, alguns destes medicamentos que estão sendo disponibilizados a população para o tratamento de doenças reumáticas, inflamatórias intestinais, além de câncer de mama e linfoma não-Hodgkin.

 

Em tempos de otimização de recursos, os biossimilares são um forte aliado na busca pela previsibilidade e equilíbrio econômico das instituições públicas e privadas, ampliando o acesso de pacientes a terapias avançadas.

 

* Michel Batista é gerente Sênior de Negócios da Celltrion Healthcare no Brasil.

Roda pião…

Afonso Rodrigues de Oliveira

“O pião roda,

E dança no chão

Salta com alegria

Para a palma da mão”.

(Eliakin Rufino)

Você já brincou com pião? Foram momentos muito felizes da minha vida, na minha infância e até mesmo na adolescência. Era difícil não termos um pião para brincar com os coleguinhas, não na calçada, mas no terreiro. Dia desses, caminhando pela mata, ali nos lotes do Cantá, deparei-me com um ossinho de animal. Não resisti, parei e fiquei me lembrando dos meus dias de criança. Tempo em que montávamos carrinhos-de-boi, com aqueles ossinhos com um formato de boi. Diante do ossinho ri e o pessoal nem imaginou o porquê da risada. O importante é que fui muito feliz brincando com aqueles ossinhos. Brincadeira sadia que pode até trazer algum repúdio para os que não tiveram a felicidade de vivê-las.

A felicidade está na simplicidade. Só sentiremos saudade de uma bicicleta quando nossos bisnetos estiverem brincando numa aeronave. O progresso vai, pouco a pouco, destruindo a simplicidade, confundindo-a com futilidade. Já pensou nisso? Mas vamos deixar o ossinho pra lá e vamos viver nosso dia, hoje, de forma que possamos nos lembrar dele amanhã, como um momento de felicidade. Descarte todo e qualquer aborrecimento que possa estar topando no seu pé, quando você está tentando viver. Se eu encontrar aquele ossinho outra vez, vou apanhá-lo, lavá-lo e levá-lo para um tapiri.

Sei que você sabe que tudo que acontece na vida, faz parte da vida.
É vivendo que não perdemos tempo com o que não nos interessa, sobretudo com problemas fúteis e passageiros. Quando o problema estiver azucrinando você, dê-lhe um tapa na orelha. Isso já vai indicar que você aprendeu com o problema, não lhe dando trela. Que você aprendeu que o problema nem sempre está com você, mas em você. Então, por que mantê-lo na sua mente?

Mantenha seu filhinho feliz, fazendo-o feliz. Mas não esqueça de que cada um é cada um. Faça o que puder para que seu filho se lembre dos dias dele ao seu lado quando ele ainda era criança. Um dia ele bem adulto, pode se deparar com um carretel que não existe mais, e se lembrar dos seus dias de criança. Dias em que ele brincou com um simples carretel de linha. Nunca ria da simplicidade nem a despreze. É nela que está a felicidade. E esta só existe para quem é simples. Porque você nunca será feliz se não transmitir a felicidade para as outras pessoas.

A nuvem escura pode estar lhe avisando que vem chuva. E esta só traz felicidade. Quando ela produz desastre é porque não nos preparamos para recebê-la. E continuaremos fantoches, se não nos prepararmos. Então vamos aprender a viver, e viver. Pense nisso.

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