Opinião

Opniao 18 01 2020 9638

Densidade da alma Oscar D’Ambrosio*

A busca pelo bem-estar da família e pelo êxito econômico pode cegar, fazendo com que sejam deixados de lado valores pelos quais inicialmente se acreditava e lutava? Essa é a questão fundamental do filme “Verdade e Justiça”, dirigido por Tanel Toom e indicado pela Estônia para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro 2020.

A narrativa, baseada em obra clássica homônima da literatura local, escrita por Anton Hansen Tammsaare, se passa no fim o século XIX e começo do XX. Tem como protagonista um jovem (magistralmente interpretado por Prilit Loog, que inicia vida nova em uma fazenda com a devotada esposa (a atriz Maiken Schmidt, que exala pureza em seu trabalho incansável).

A terra alterna a secura com os alagamentos, que formam pântanos, que praticamente inviabilizam as plantações e, em consequência, a colheita. Para ter um melhor resultado, é feito um acordo com o dono da propriedade vizinha. Mas a relação que se estabelece não é simples. É marcada pelos conflitos de todos os gêneros, dos judiciais aos físicos.

Outro fator complicador é o fato de o casal protagonista não gerar filhos, mas apenas filhas, o que constitui um sério problema em uma sociedade patriarcal. Para se sobrepor a esse ambiente hostil, o protagonista progressivamente endurece a alma e o coração num processo compreensível, mas pouco justificável.

Ao final, praticamente sozinho, começa uma nova jornada individual, cortando e retirando as árvores do pântano em uma nova tentativa de drenagem, com o único filho longe, pelo serviço militar; a primogênita morando na paróquia ao se casar com filho do visceral rival; e a segunda esposa isolada, injustamente acusada de negligente e preguiçosa.

Assim, o filme apresenta um retrato pouco animador, mas denso, da alma humana e das suas potencialidades. Posicionamentos maniqueístas, como bondade e maldade, ou justo e injusto, perdem o sentido. Cada desafio tem uma resposta, que pode não ser a melhor, mas surge como a mais sensata naquele momento. O problema é como conjugar essas ações para a construção de um melhor futuro coletivo e pessoal – se isso for possível.  

*Jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Negócios em educação: por que eles são tão promissores? Ricardo Althoff*

A última pesquisa realizada pela GEM, Global Entrepreneurship Monitor, realizada em 2015 e patrocinada pelo Sebrae, apontou que cerca de quatro entre dez adultos brasileiros já possuem um negócio próprio ou estão iniciando um. A taxa de empreendedorismo só cresce, e dobrou para 39,3% atingindo seu maior índice em 14 anos. Empreender é o espírito de nossa época.

Nesse cenário, uma das oportunidades de maior potencial é justamente um mercado pouco explorado, o da educação. Essa é uma área promissora, principalmente por não ser tão explorada e possuir uma perspectiva de mudança a seu redor.

Devido às diversas alterações e recentes turbulências que o setor educacional vem sofrendo, vivemos uma época em que novos caminhos se abrem. É época de abandonar o antigo mindset do mercado, que era se limitar a lecionar, dirigir, coordenar, etc., e abraçar a ideia de que vivemos a oportunidade de crescimento profissional que se estende além da sala de aula. Esse pensamento talvez não seja tão comum entre profissionais da educação.

Alguns podem afirmar que isso se deve à falta de meios de investir em algo tão grande e complexo quanto abrir uma escola. Outros que a formação profissional de educação nem sempre passa perto do empreendedorismo. Bom ambos estão errados. Cada vez mais se observa cursos de pós-graduação focados em negócios e gestão, sem contar na inclusão de empreendedorismo nas grades de pedagogos e linguistas.

No que tange ao investimento alto, muito mudou graças às mudanças trazidas pela internet. Há alguns anos, a Sistema Firjan organizou um estudo em todo o país cujo objetivo era prever as perspectivas do uso da tecnologia nas salas de aula nos próximos cinco anos. O trabalho intitulado “As Perspectivas Tecnológicas para o Ensino Fundamental e Médio Brasileiro de 2012 a 2017: Uma Análise Regional do NMC Report” foi realizada em 2012, com previsão até 2017.

Os resultados não podiam ser mais promissores e adequados ao novo contexto de empreendedorismo. Não só o uso da internet como ferramenta de ensino se ampliou, como o mercado cresceu em possibilidades graças a isso. A forma de aprender está ligada ao digital, à interdisciplinaridade, à interação. Muitos cursos já ao menos mesclam práticas EAD – isso quando não são completamente realizados de forma digital.

Ensinar a distância, seja curso, aula comum, complementar, reforço, todas essas possibilidades não são só dos alunos para que tenham facilidade e conforto, é do empreendedor de abrir um leque de negócios diferentes. As plataformas de ensino e reforço online são, sem dúvida, uma alternativa para educadores que queiram ampliar sua renda, iniciando sua própria escola na web.

A ideia é trocar o ensino puro, pela administração de plataformas que já contam com apoio educacional competente e que possam ser garantidas pelo administrador, dado seu know how. Isso permite ao educador lucrar em uma área que lhe é familiar, sem precisar atuar como professor, tendo uma forma paralela de renda, totalmente desvinculada de uma marca ou instituição. Uma marca própria. A área tem crescido para vários lados, basta aproveitar o tempo de mudança e novos começos e abraçar a possibilidade.

*Professor Empreendedor & Negócios.

Exija de você mesmo Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Ficar satisfeito com pouco, é pecaminoso”.

Tudo que é necessário para você realizar seus sonhos está em você; no seu subconsciente. Tudo depende de como você age em relação a você mesmo. Sua capacidade e seu valor são únicos. São seus e ninguém tasca. E o seu maior problema está em você não acreditar nisso. E quando não acredita já está acreditando que não é capaz. E você só pode e vai obter, aquilo que acha que pode, seja vencer ou fracassar. Não deixe que as dúvidas façam você se tornar um duvidoso. Lembre-se de que a natureza tem como princípio básico a prosperidade. Logo, não contrarie a natureza. Siga no rumo que ela, a natureza, lhe indicar, tendo a certeza de que ela está lhe indicando o caminho do sucesso. O caminho do fracasso é sempre escolha de cada um. Logo, não seja cada um.

Todos nós temos todo o poder de que necessitamos para alcançar o sucesso. Todos nós, e cada um de nós, indistintamente. Mas apenas uma minoria acredita nisso. E os que não acreditam são exatamente os que não acreditam em si mesmos. São os que estão sempre satisfeitos com as migalhas que o pessimismo lhes oferece. São os que pecam com o pouco, pensando que estão evitando pecar com o muito. Os que têm medo da riqueza porque estão presos à pobreza. E a pobreza vem sempre da limitação no desenvolvimento espiritual.

Você não é diferente dos demais seres humanos. É sua escolha no que você realmente quer, que vai fazer de você uma pessoa a caminho do desenvolvimento racional. Tudo vai depender do que você escolher com os seus pensamentos. Escolha sempre o melhor para você, para que você possa seguir a caminhada rumo ao horizonte do futuro. E só você pode saber o que realmente lhe convém. A responsabilidade pelo seu futuro é sua e está na sua capacidade de pensar no seu desenvolvimento. E isso significa que você tem o poder de escolher que vida você quer viver. Se você quer realmente crescer dentro da racionalidade ou permanecer no eterno ir e vir, da vida sem equilíbrio. Que mundo você está construindo para o futuro dos seus descendentes? Que mundo você quer deixar para que eles possam viver dentro da racionalidade? É nele que você vai viver e é dele que vai nascer o mundo que você está construindo para o futuro e crescimento da humanidade. Vá refletindo sobre sua responsabilidade para o futuro. E este vai depender do seu desenvolvimento atual. Faça o que você deve fazer, da melhor maneira que você puder fazer. E você sempre pode, se acreditar que pode. A responsabilidade é sua, e ninguém pode fazer por você o que você mesmo deve fazer. Escolha seu caminho e boa caminhada. Pense nisso.

*Articulista [email protected] 99121-1460