Parabólica

Parabolica 04 01 2019 7475

Bom dia,

O exercício diário de fazer um jornal, seja na versão impressa ou digital, não é para qualquer um. Uma edição fechada vira história e já começa a outra, como se tudo começasse outra vez. E nestes tempos de vulgarização da Internet e de redes sociais, é preciso talento, criatividade, compromisso com a verdade e inquebrantável compromisso com o leitor para continuar fazendo jornalismo como empresa. O Grupo Folha de Comunicação dá emprego direto para mais de 130 pais e mães de família competindo com órgãos subsidiados com dinheiro público e até proveniente de corrupção; além de ter de enfrentar essa onda de redes sociais e uma montoeira de blogs e sites caça-níqueis que geram quase nenhum emprego.

Nossos leitores e leitoras podem estar curiosos para saber por quais razões estamos começando, hoje, a Parabólica com esses queixumes. Não se assustem. Nossas razões são de alegria e contentamento pelo que fazemos por aqui, e com os resultados que nos enchem de orgulho, juntos com nossos colaboradores. Acabamos de receber os números, que podem ser checados por qualquer pessoa: no último mês de dezembro, o site da Folha (Folhaweb) teve uma média diária de, nada menos, 54.000 acessos diários, com picos de até 80.000. Em plena crise, tivemos um aumento de acessos diários de 16,12% em relação ao mesmo mês do ano anterior. E mais, na faixa etária de 18 a 34 anos, este aumento foi de mais de 20%.

E tem outra boa notícia para nós que fazemos a Parabólica, uma vez que os dados demonstram que a maioria dos leitores virtuais depois de acessar a primeira página clica direto para a Coluna. Que bom receber tais números, sinal que mesmo nestes tempos de imbecilidades circulando aos borbotões pelas redes sociais, ainda tem milhares de pessoas que sabem separar o joio do trigo e preferem ser informadas com boas notícias, que surgem de um compromisso inarredável de respeito para com os leitores. Obrigado a todos os nossos colaboradores, assinantes, anunciantes e a todas as pessoas de bem deste Estado.

MONTANHA

Pois é, noutro dia, a nova secretária estadual de Educação e Cultura, Leila Soares de Souza Perussolo, anunciou a redução do número de escolas em tempo integral e o corte dos cargos comissionados daquela pasta, sob a alegação de que falta verba e sobram custos para atender a população estudantil do Estado. Por causa disso, a Parabólica foi atrás dos números para ver se a informação batia com eles, e ficamos surpresos: segundo informações da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), só para 2019, o montante do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais do Magistério (Fundeb) a ser transferido para a Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed) será de R$ 408,9 milhões.

OUTROS

Além desses mais de R$ 400 milhões, provenientes do Fundeb, a Secretaria Estadual de Educação receberá, obrigatoriamente, por força legal, 25% da arrecadação líquida do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e também do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Por baixo, isso deve representar algo em torno de mais R$ 200 milhões, o que não é pouca grana. E não estão contados aí os milhões de reais transferidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino (FNDE) para investimentos e custeio do sistema educacional estadual. A nova administração tem o dever de explicar como será gasta essa grana toda.

MUNICÍPIOS

O total de repasse do Fundeb para Roraima em 2019 é previsto em R$ 754,9 milhões, que retirados os R$ 400 milhões ao Estado, significa que os 15 municípios roraimenses receberão cerca de R$ 354,9 milhões, dos quais R$ R$ 192,8 milhões virão para o Município de Boa Vista (54,3%). É difícil avaliar quem gasta melhor com a educação, se o governo do Estado, ou os governos municipais; afinal, os dados os censo escolar não são confiáveis. Fontes da Parabólica informam que seguramente tem gente praticando fraude nas informações sobre o número de alunos para cada nível de governo e de ensino.

UNIVERSIDADE

Por falar em educação, o senador Telmário Mota (PTB), acompanhado do também senador Chico Rodrigues (Democratas), levou para a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, a proposta de criação da Universidade Federal Indígena de Roraima. Como se sabe, a Fundação Nacional do Índio (Funai) é vinculada àquele ministério, e Damares Alves recebeu com entusiasmo a proposta e disse que vai iniciar discussão com o Ministério da Educação para aprofundar a ideia. É bom ver senadores trabalhando conjuntamente e não buscando dar rasteira um no outro, como se via recentemente. A ministra disse que quer visitar logo Roraima.

MAIS

Fontes da Parabólica garantem que é possível que novas operações venham a ser realizadas para apurar possíveis irregularidades praticadas por políticos com dinheiro público. As mesmas fontes indicam que vai ter gente perdendo o mandato se ficar comprovado que comprou votos com dinheiro desviado dos cofres públicos. É uma pena que essas coisas ainda possam acontecer, mas ninguém pode ser contra.

CANDIDATA

Como é próprio de seu estilo, a prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB), utilizou sua conta no Twitter para lançar sua candidatura ao governo do Estado em 2022. É uma estratégia que ela sempre utiliza para ver como reage a opinião pública. Como mote, ela diz que o Parque Anauá será prioridade, caso seja governadora.