Parabólica

Parabolica 27 02 2019 7762

Bom dia,

O redator desta Parabólica foi aluno do Ginásio Euclides da Cunha (GEC) nos tempos em que aquele educandário era dirigido pelos padres e madres, muitos de origem italiana, da Ordem da Consolata, de tantas e belas histórias em Roraima. Na época, o que hoje se chama ensino fundamental era dividido em dois níveis: o chamado ensino primário (com cinco anos de duração) e o ginasial (com quatro anos). Era comum os alunos serem recebidos pelos religiosos, já no portão de entrada, onde era verificada a condição de asseio de cada um, e também se a farda estava devidamente lavada, mesmo que estivesse um pouco velha.

Antes de entrar em sala de aula, os alunos eram chamados para um saguão existente na escola para cantarem o Hino Nacional e rezarem uma Ave Maria, afinal, o estabelecimento pertencia à Igreja Católica Romana. E todos cantavam com relativa concentração, criando um clima de renovação de amor à Pátria que só fazia bem aos alunos e ao País. E daquele tradicional estabelecimento – hoje é uma escola pública estadual -, saíram futuros médicos, engenheiros, economistas, advogados, contadores e outros profissionais que muito contribuíram para o desenvolvimento do Estado.

Ainda hoje, na abertura de solenidades oficiais, é comum que os participantes sejam convidados a cantar de pé o Hino Nacional. A maioria entoa com entusiasmo e orgulho a música e a letra que homenageiam a Pátria, prometendo enfrentar com denodo tudo aquilo que se levante contra ela. Mesmo nos campos de futebol, em todas as partidas oficiais, jogadores e juízes se perfilam para cantar nosso hino, acompanhados quase sempre pela maioria dos torcedores presentes.

Por isso, estranha a reação, quase apoplética de certos jornalistas de um dos maiores grupos de comunicação do Brasil contra a orientação do Ministério da Educação de que as escolas públicas brasileiras estimulem a prática de seus alunos cantarem, antes do início das aulas, o Hino Nacional. É claro, essa gente vendida ao movimento do governo mundial, dentro da globalização extremada, como não tem coragem de falar claramente que são protagonistas da desconstrução da história nacional, focam suas críticas na recomendação de filmagem dos eventos.

RUÍDO

Após o anúncio por parte do senador Chico Rodrigues de que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) iria retirar a corrente da rodovia BR-174, na entrada da Terra Indígena Wamiri-Atroari, o senador Mecias de Jesus (PRB) publicou uma nota com uma indireta ao colega. Na nota, Mecias afirma que a bancada de Roraima precisa fugir do protagonismo individual, que não gerou nenhum benefício para Roraima nos últimos 24 anos. Claro, uma insinuação sobre o comportamento do ex-senador Romero Jucá (MDB). É o primeiro ruído público na relação entre os três senadores de Roraima, que já apareceram em público dizendo que teria uma atuação comum na defesa dos interesses de Roraima. 

BANCADA

Segundo Mecias, foi a bancada roraimense que obteve do presidente Jair Bolsonaro a garantia de que na reunião desta quarta-feira, 27, no Conselho de Segurança Nacional, serão analisadas as duas questões de extrema importância para o Estado: a aprovação da construção do Linhão de Tucuruí, obra que vai tirar Roraima do apagão energético, e a retirada da corrente do Jundiá, símbolo de uma era de amarras e obstáculos contra o desenvolvimento do Estado. “Após a reunião do CNS, uma vez sendo aprovada, é que essas boas notícias deveriam ser oficialmente anunciadas pelo presidente Bolsonaro, na presença de toda a bancada de Roraima”, disse Mecias.

ESCANTEADO

Um dos mais fiéis aliados do presidente da Assembleia Legislativa do Estado, o deputado estadual Jalser Renier (SD), o deputado Jânio Xingu mostrou sua insatisfação na noite dessa terça-feira, depois da leitura dos nomes dos parlamentares que deveriam compor comissões para sabatinar os indicados para autarquias governamentais. O parlamentar reclamou de não ter sido consultado e disse que desejava participar de uma comissão. Seria um racha?

VAGA NO TCE

Encerrou-se na última segunda-feira (25.02) o prazo para que os candidatos interessados em ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) pedissem sua inscrição junto à comissão especial da Assembleia Legislativa (ALE). Ao todo, sete candidatos pediram inscrição: Kildo de Melo Pereira Neto, Walker de Oliveira Thomé, Francisco José Brito Bezerra, João de Carvalho, Maria Dantas Nóbrega, José Lurene Nunes Avelino Júnior e Jorge Everton Barreto Guimarães. Da relação, dois são deputados estaduais, Brito Bezerra (PP) e Jorge Everton (MDB); um funcionário do TCE (Walker Thomé); um funcionário da ALE (João de Carvalho); e um delegado de polícia (José Lurene Nunes Filho).

BASTIDORES

A partir de agora, os candidatos serão submetidos à sabatina pela comissão especial da ALE, para depois seguirem para votação secreta, de que participarão todos os 24 deputados estaduais. É claro, já se fala que um dos candidatos já teria ajudado financeiramente alguns dos deputados estaduais, e por isso estaria na condição de um dos favoritos para indicação. Fontes da Parabólica, no entanto, garantem que o deputado estadual Brito Bezerra teria o apoio incondicional da maioria de seus pares, até em razão de estar no exercício de seu segundo mandato, sempre agindo com correção.