Parabólica

Parabolica 02 12 2019 9391

Bom dia,

O último mês de 2019 chegou e a sensação da população é de frustração com o fim de mais ano convivendo com os problemas de sempre, com pouca expectativa de um futuro melhor, com emprego, educação e saúde de qualidade. Na realidade, um observador mais atento do cenário econômico dirá que o roraimense está preocupado com aumento do custo de vida. A energia elétrica e os alimentos são os dois itens que mais têm pesado no bolso. Embora a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel tenha aprovado em outubro uma redução média de 2,12% na tarifa, o valor da conta de luz é tão alto que, na prática, esse pequeno desconto não tem nenhum impacto no orçamento doméstico. Já os sucessivos aumentos no preço da carne bovina estão obrigando muitas famílias a mudarem seus hábitos de consumo e buscarem alternativas na hora de fazer as refeições. Foram três reajustes registrados este ano. Oficialmente, no acumulado, a carne aumentou cerca de 10%, mas a dona de casa, que vai ao supermercado toda semana, notou uma diferença de quase 50% em alguns cortes considerados nobres. Os órgãos de defesa do consumidor devem ficar atentos e coibir preços abusivos. 

SAÚDE 

A crise na saúde, com suas intermináveis filas de espera por cirurgias, exames e consultas com médicos especialistas se agravou ainda mais com a greve dos enfermeiros, iniciada na última sexta-feira, 30. Os enfermeiros cobram do governo reajuste salarial, pagamento de progressões e, apropriadamente, melhores condições de trabalho. Até agora, o governo não deu sinais de que vá dialogar e buscar acordo com a categoria. Na verdade, ao lançar um edital de seletivo para contratar justamente enfermeiros e técnicos, o recado é bem claro: não haverá negociação com grevistas. 

CONVÊNIO 

Aliás, os servidores estaduais vivem hoje um drama em relação à saúde. Muitos aderiram ao plano da Geap. Mesmo pagando caro, optaram por sacrificar parte do salário para obter atendimento na rede conveniada, considerando a dificuldade de realizar procedimentos na rede pública estadual. Com a rescisão do contrato anunciada pela Geap, muitos servidores doentes estão sem saber a quem recorrer. É mole? 

ETANOL 

A Millenium Bioenergy, grupo empresarial fundado em 2014, pretende investir pelo menos R$ 1,2 bilhão na construção três usinas de etanol de milho e outros produtos derivados do processamento de grãos. O lançamento da pedra fundamental será no município de Bonfim, em Roraima, no dia 7 de dezembro. A empresa prevê a produção de 600 mil litros de biocombustível por dia no local. A área onde será construída a empresa está localizada na região do Tucano e possui 270 mil metros quadrados de obra. Nesse local, estima-se que o investimento seja de R$ 1 bilhão e que 1,5 mil trabalhadores sejam utilizados na construção da fábrica.

MACONHA

Um estudante de Roraima foi preso pela Polícia Civil em uma universidade do Rio Grande do Sul com cinco vasos de maconha e uma porção prensada da droga, além de valores em dinheiro. Os policiais cumpriam mandados de busca e apreensão em um dos quartos localizados na Casa do Estudante da UFRGS, no Centro de Porto Alegre.

MOBILIZAÇÃO

Deu no Estadão. Para frear a proposta do governo de extinguir municípios com até cinco mil habitantes e com receitas de pelo menos 10% do total de suas despesas, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) vai organizar mobilização em Brasília esta semana. A ideia é levar o maior número possível de prefeitos até o Congresso para tentar barrar a proposta que coloca sob alvo cerca de 1.217 prefeituras em todo o País.

MOBILIZAÇÃO 2 

Segundo a CNM, se o critério de arrecadação estabelecido pelo governo fosse levado em conta para todas as cidades brasileiras, independentemente de seu tamanho, 4.585 municípios (82% do total) não cumpririam o requisito, incluindo Boa Vista, capital de Roraima, que tem quase 400 mil habitantes. 

JABUTI 

Ainda sobre o pacotão de emendas à Medida Provisória (MP) 901, que trata sobre a transferência de terras da União para os estados do Amapá e Roraima, as propostas já apresentadas ao relator da Comissão Especial Mista, deputado Édio Lopes, pretendem promover alterações no tamanho da faixa de fronteira, que hoje é de 150 quilômetros. A ideia seria reduzir para 10 quilômetros, o que resolveria o entrave da emissão de títulos definitivos nas glebas já transferidas ao Estado de Roraima por falta de assentimento prévio do Conselho de Defesa Nacional. 

JABUTI 2 

Outra emenda à MP 901, se passar, poderá alterar o Código Florestal para reduzir o tamanho da área de reserva legal em Roraima. O texto dispõe que a reserva legal será de 50% para as propriedades situadas em estados que tiverem 65% do seu território preservado, como é o caso de Roraima. Essa medida já está disciplinada pelo Código Florestal, uma conquista da ex-senadora Ângela Portela, mas sua aplicação está condicionada ao Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), um estudo que há décadas não saiu do papel por aqui.