Parabólica

Parabolica 13 12 2019 9466

Bom dia,

Ontem escrevemos aqui sobre a vergonhosa situação da qualidade da educação brasileira para as crianças e os jovens. Estamos na rabeira do mundo, ocupando uma das últimas posições no contexto das nações minimamente não miseráveis. Perdemos para muitos países da África pobre e também para outras nações latino-americanas. Isso deveria envergonhar os políticos e dirigentes de todos os Poderes da República brasileira, mas sem dúvida alguma, essa gente até aproveita disso para fazer o caldo de cultura para a manutenção e reprodução do poder. A natureza desta chaga moral, política e social é que a faz perdurar e se reproduzir.

O lado mais perverso da má qualidade da educação brasileira é que essas crianças e jovens que estão recebendo uma educação da pior qualidade é que eles serão a maioria da população tupiniquim dentro das duas ou, no máximo, três décadas. Nunca devemos esquecer que nos próximos anos a população brasileira de crianças e jovens vai diminuir, e que esse extrato de hoje será a população economicamente ativa do país. E como imaginar o Brasil convivendo e interagindo com um mundo na economia do 4.0, com uma população que ainda não chegou ao nível minimamente próximo, do ponto de vista educacional e de produtividade, ao das populações que já estão além do desenvolvimento industrial de ponta?

VOTAÇÃO

Até o fechamento da Parabólica, fontes bem situadas junto aos bastidores da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) indicavam que a votação do Projeto de Lei (PL) da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020 só ocorreria na sessão plenária de terça-feira (17.12). No entanto, de surpresa, os deputados se reuniram e fizeram, com a presença do governador Antonio Denarium e seu staff, a votação do Orçamento estadual. O que se nota é que os deputados estaduais roraimenses não são muito afeitos à discussão pública. Preferem, quase sempre, os acordos de bastidores. E isso não faz bem à democracia, afinal, a coisa pública – no caso, o Orçamento é um bem público -, deve ser tratada com a mais absoluta transparência.

SUPREMO

Os brasileiros que tanto criticam os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não deram a devida importância ao fato de as sessões plenárias e de turmas daquela Suprema Corte serem públicas e transmitidas ao vivo pela TV e Rádio daquele Poder. Hoje, qualquer brasileiro, ou brasileira, medianamente informado, sabe o caráter, a formação, a que grupo político/social/ideológico pertence cada ministro. Às vezes até sentimos raiva quando um deles vota, mas sem dúvida, saber como eles votam dá uma sensação de maior segurança jurídica. E isso ocorre porque podemos assistir a tudo o que eles discutem abertamente, inclusive quando trocam chutes recíprocos na “canela”. Isso tem melhorado a democracia brasileira.

ABSURDO 1

Leitor da Parabólica trouxe aqui a cópia de uma notificação de multa de trânsito aplicada contra o carro de sua esposa. A história é mais ou menos assim: a multa foi aplicada porque o carro da esposa teve a velocidade medida em 67 km/h num pardal instalado na Avenida Ville Roy. A própria notificação estabelece que a multa só seja aplicada quando o veículo desenvolve uma velocidade 20% superior àquela fixada para o trecho monitorado. Ora, a velocidade máxima estabelecida para a Ville Roy (lado Leste) é de 60 km/h, o que elevaria a margem de tolerância para 72 km/h. Detalhe, na notificação está escrito que lá a velocidade permitida é de 50 km/h.

ABSURDO 2

E o leitor, cuja esposa foi multada, foi mais longe: “E não adianta recorrer. Eles quase sempre indeferem os recursos, e aí, resta a alternativa de procurar um advogado para judicializar a questão, o que envolveria o pagamento de honorários e das custas judiciais, o que por baixo seria incorrer num gasto total de, mais ou menos, três mil reais. Por isso, a maioria das pessoas, embora revoltadas, finda pagando as multas. Eu falo na condição de quem pode pagar o valor dessa multa. E os que não podem, por exemplo, um autônomo que é multado em sua motocicleta? Não é sem razão que quase sempre nos leilões realizados quase sempre têm milhares do motocicletas”, finalizou.

APROXIMAÇÃO?

Faz pouco tempo, a vereadora Aline Rezende (PRTB) assumia uma postura crítica em relação a administração municipal, especialmente com referência à questão das multas aplicadas pela Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito (SMST). Ontem, numa solenidade promovida no Palácio 9 de julho, para a entrega do título de doação de um terreno ao Corpo de Bombeiro Militar do estado, na qual esteve presente, a vereadora deitou elogios rasgados à prefeita Teresa Surita (MDB). Chegou a dizer que tinha orgulho de tê-la como prefeita. Como estamos chegando perto das eleições do ano que vem, alguns participantes ficaram se perguntado qual o sentido daqueles elogios?

RÁPIDAS

O senador Telmário Mota (PROS) criticou duramente no Senado Federal, a falta de cumprimento das promessas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018. Ele citou cada promessa feita, e não cumprida. ### O escândalo nacional de ontem (quinta-feira) ficou por conta do pagamento de salários e vantagens a juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Os valores variam individualmente de R$ 400 mil a R$ 1,3 milhão. E eles ainda dizem que isso é legal. ### Afinal, quando vai ser iniciada a nova etapa da Operação Acolhida, cuja prioridade é a interiorização dos venezuelanos para outros estados brasileiros. Já estamos no final do ano e o número de imigrantes no estado só faz aumentar. ### Alguém de boa fé imaginaria que no encerramento da COP 25, realizado em Madri sob o patrocínio da ONU, não haveria críticas ao desmatamento da Amazônia? Pois é, foi assim, inclusive sob os aplausos de muitos, e muitas brasileiras; como a ex-ministra Marina Silva. ### O Tribunal de Contas do Estado (TCE), julgou ontem, quinta-feira (12.12), as contas da Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) relativas aos exercícios de 2011 (Iradilson Sampaio), 2013 (Teresa Surita) e 2015 (Teresa Surita). Todas, relatadas pelo conselheiro Manoel Dantas, foram aprovadas.

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