
Bom dia,
EMBATE 1
Representantes de sindicatos locais estão endurecendo o embate, e não têm poupado críticas ao prefeito Arthur Henrique (MDB) em relação ao projeto de lei que propõe alterações no Instituto de Previdência do Município de Boa Vista (Pressem). Entre as mudanças previstas no projeto em análise na Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV) está o aumento de 3 pontos percentuais na alíquota paga pelos servidores municipais, o que elevaria a contribuição de 11% para 14%. A proposta que gerou descontentamento nas categorias, principalmente pela falta de transparência e de discussão com os sindicatos.
EMBATE 2
Para os representantes sindicais, a atual gestão municipal teve tempo suficiente para adotar medidas preventivas, mas optou por aumentar as alíquotas subitamente, sem debate com as categorias. Os sindicatos já falam em paralisação. Durante o programa Agenda da Semana, na rádio Folha 100.3, desse domingo (30), a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sitram) – reúne todas as categorias de servidores do município-, Lucinalda Coelho, acusou o prefeito de utilizar meias verdades para manipular a sociedade contra os servidores municipais.
EMBATE 3
Ela contestou o argumento de que a prefeitura poderia perder recursos federais caso a reforma na Previdência não fosse realizada, afirmando que, se isso ocorrer, a culpa seria exclusivamente do prefeito e não dos servidores. Lucinalda também revelou que o Sitram contratou uma empresa para realizar uma auditoria e um cálculo atuarial para os anos de 2023 e 2024, mas que, até o momento, a prefeitura não forneceu os dados necessários. Essa ausência de clareza tem sido, inclusive, queixa recorrente entre os vereadores de oposição na Câmara Municipal, que também apontam a falta de informações sobre a situação financeira do Pressem.
DESCONFIANÇA
Durante a mesma entrevista, a presidente do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Saúde (Simtras), Maceli Carvalho, disse que a Prefeitura de Boa Vista tem desrespeitado, reiteradamente, compromissos firmados com as categorias, usando sua base governista na Câmara Municipal para alterar acordos previamente estabelecidos, como, segundo ela, ocorreu com o PCCR da saúde e a revisão geral anual. Por isso, a categoria defende que o projeto do Pressem seja retirado da Câmara, debatido em uma mesa de negociações com os servidores e, só então, reenviado ao legislativo.
EDUCAÇÃO 1
Um índice que avalia a qualidade da educação a partir de diversos indicadores oficiais colocou Roraima na antepenúltima posição entre os estados brasileiros, ficando à frente apenas do Amapá e do Acre. O índice, chamado Pilar, avalia indicadores como o Ideb, desempenho no Enem, taxa de frequência e cobertura educacional nas redes estadual e municipal, e foi comentado pelo secretário estadual de Educação, Mikael Cury-Rad, em entrevista ao programa Agenda da Semana.
EDUCAÇÃO 2
Segundo ele, o ranking não considera desafios específicos da Amazônia, como a logística complexa e cara, a educação indígena e a presença de um alto número de alunos estrangeiros. Segundo ele, mais de 30% dos 80 mil de estudantes na rede pública estadual em Roraima são indígenas e mais de 10% são estrangeiros, muitos sem o português como primeira língua. O governo defende a necessidade de adaptações nas avaliações nacionais para melhor refletir essas realidades.
PROFESSORES
Ao justificar o problema da falta de professores, em entrevista durante o programa Agenda da Semana, o secretário de Educação comentou que em média 30% dos 6.500 professores concursados da rede estadual estão afastados das salas de aula, seja por readaptação ou questões de saúde. Para suprir essa ausência, aproximadamente 1.500 professores são contratados via seletivo, além de auxiliares e cuidadores, totalizando cerca de 10 mil profissionais na educação estadual. Um levantamento inicial aponta que grande parte das ausências está relacionada a problemas psicológicos. Segundo o secretário a folha de pagamento da SEED é de R$ 80 milhões/mês, o que eleva o custo anual a pouco mais de um bilhão de reais.
FESTIVAL
Depois de anunciar a contratação da banda Calcinha Preta por R$ 600 mil para tocar no Festival Musical de Rorainópolis (Festimur) a prefeitura daquele município agora firmou um contrato, no valor de R$ 220 mil, com a banda Companhia do Calypso, para a programação do evento. É dinheiro público sobrando, menos para recolher e tratar o lixo da cidade, afinal, o prefeito disse noutro dia que para tanto teria de receber dinheiro do governo federal.
VIATURAS
Roraima teve um final de semana de muita violência com homicídios, assaltos e até atropelamento criminoso, que atingiu praticantes de corrida na estrada do Bom Intento. Sem função do noticiário um leitor da Parabólica mandou o seguinte texto: “Se viatura resolvesse o problema da Segurança Pública, Roraima seria a local mais tranquilo para se viver. Na semana passada, quando eu ia para o Mucajaí cruzei no trecho entre a Praça Simón Bolívar e o posto da Polícia Rodoviária Federal com nada menos que 14 viaturas do aparato de segurança que opera no estado. Foram viaturas, algumas com sirene ligadas, pertencentes à Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Polícia Civil estadual e Polícia Militar de Roraima. É muito carro e gastança de dinheiro para tão parco resultado”. Está feito o registro.
As poderosas antenas da coluna, trazem para o site aquelas conversas que esquentam os bastidores da política local. Informação, Denúncia e as notinhas apimentadas que só a coluna publica de segunda a sábado.
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