AFONSO RODRIGUES

A calma ajuda a pensar

“A águia voa sozinha, os corvos voam em bando, o tolo tem necessidade de companhia, e o sábio necessidade de solidão”. (Friedrich Rückert)

Mesmo quando estamos sozinhos não estamos sós. Quando realmente estamos a sós, estamos de bem com a vida. Cuidado quando você estiver desesperado, ou desesperada, querendo companhia. Desde que, claro, se a necessidade for apenas por companhia. Não sei por que não se fala sobre isso, nas orientações de saúde. Esse não é o assunto de nossa conversa, hoje, mas não pude fugir à tentativa. Há cientistas que afirmam que a sinestesia é, atualmente, culpada por mais de 90% das separações entre casais. O motivo é superinteressante, mas fica pra depois. A verdade é que a sinestesia é um dos maiores exemplos da necessidade de companhia e contato. Se você for sinestésico, ou sinestésica, cuidado. Tente se curar, porque ela tem tudo para ser uma doença ignorada. Mas deixemos as doenças pra lá e vamos falar da vida saudável que temos e devemos viver bem.

Não permita que o mau humor seja uma doença na sua vida. Procure evitar tudo que possa tornar você uma pessoa mal-humorada. Que é quando você percebe que quando você se aproxima, as pessoas fechem as caras. E as que tentam ser agradáveis com você, estão simplesmente, embora no bom senso, fingindo. O mau humor só traz infelicidade, tanto para o mal-humorado quanto para os próximos. Então corta essa. Lembre-se sempre da fala riquíssima do Bob Marley: “Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua falta seja sentida”. E só sentirão falta de você quando você deixou saudade. E você pode fazer isso sem exibicionismo. Mas ser fiel na amizade, sincero na presença e com amor no olhar. Quando alguém tem receio de ser amável é porque não ama. Mas seja sincero para não tentar confundir amor com desejo. Só ama quem é sincero, assim como só é sincero quem ama de verdade.

Não ignore as más notícias que estão invadindo sua mente diariamente, mas não se prenda a elas. Elas são lições que nos são passadas para que conheçamos o mundo em evolução em que vivemos. São erros que não devemos ignorar, mas não devemos esquecer que eles nos ensinam. E quando aprendemos com os erros, crescemos. Mas, cuidado, aprender com os erros não é associar-se a eles, mas aprender a não o praticar ou revivê-lo. Quando você deixa o erro para o passado, é porque aprendeu com ele. E aprendeu a não o praticar novamente. Reflita e verá que a coisa é mais simples do que imaginávamos. E se é simples, vamos viver a vida com simplicidade, amor e muito respeito às diferenças nas outras pessoas. Pense nisso.

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