Jessé Souza

A caminho da cleptocracia 4945

A caminho da cleptocracia

As reformas trabalhista (já aprovada) e previdenciária (em andamento) não poderiam ter outro rumo senão a retirada de direitos dos trabalhadores brasileiros em atividade e os que irão se aposentar. O motivo é que elas vêm sendo tocadas por políticos que são empresários ou parlamentares financiados por grandes empresas e corporações.

A reforma política, sancionada às pressas, foi um artifício que favoreceu os grandes partidos, que significa justamente as siglas que abrigam esses mesmos parlamentares-empresários ou políticos bancados pelas corporações que mandam não apenas no Brasil, mas no mundo.

Com a reforma, eles vão conseguir também eliminar os pequenos partidos, aqueles que a cada pleito cobram altos valores para se coligarem com as siglas maiores, por isso são chamados de “partidos de aluguel”. Ou seja, reforma política mesmo foi só no nome, pois o que fizeram foram mudanças que beneficiam os que já estão no poder.

Antes disso, já havia sido começado o desmantelo do país, um plano antigo do governo tucano, hoje um dos principais aliados do governo de Michel Temer (PMDB). Esse grupo, que comanda o país já entregou as reservas do Pré-Sal, vai privatizar o setor energético, isso sem contar com portos, aeroportos, rodovias e os minérios, bem como arquitetou até autorizar a venda de terras ao capital estrangeiro.

Se não houver um movimento popular forte para frear o ímpeto daqueles que querem punir o trabalhador para tapar o rombo da Previdência, esse grupo que aí está vai aprovar a reforma previdenciária sem pestanejar, deixando livres os grandes sonegadores do Imposto de Renda e os fazendeiros flagrados com trabalho escravo, bem como sem mexer com os benefícios concedidos a bancos, agronegócios e grandes empresas.

Já está provado que o problema do Brasil não é dinheiro, pois os políticos acabaram de aprovar um fundo partidário bilionário com o dinheiro do contribuinte para financiar a campanha deles em 2018. Porém, esse governo insiste em jogar o ônus da corrupção para os trabalhadores e aposentados.

E nesse contexto não estão sendo levados em conta os rombos deixados pela corrupção praticada pela maioria dos políticos que estão empenhados em aprovar essas reformas. Se não duvidar, vão empurrar de goela abaixo, no Congresso, algum tipo de anistia para livrar todos da Justiça. Aí estará tudo consumado, com a declaração oficial da cleptocracia comandando o Brasil.

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