Parabólica: 55 milhões trabalham para sustentar 148 milhões no Brasil. A conta não fecha

Coluna desta quarta-feira (24) ainda repercute as ameaças do ditador Maduro na eleição em seu País e a preocupação do companheiro Lula

Parabólica: 55 milhões trabalham para sustentar 148 milhões no Brasil. A conta não fecha

Bom dia,

A imprensa e as redes sociais no Brasil ocupam muito espaço com notícias envolvendo as investigações da Polícia Federal (PF) em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Agentes e delegados são enviados aos Estados Unidos da América (EUA) para saber quais as lojas – e quem as levou e depois recomprou -, que compraram as joias recebidas pelo ex-presidente durante seu mandato. Bolsonaro também é investigado sobre a falsificação de certificado de vacinação em seu nome e no de sua família, presumivelmente por inciativa de seu ex-ajudante de ordem. E por fim, a PF tenta indiciar o ex-presidente como mentor dos atos de 8 janeiro, um atentado à democracia, na narrativa dos atuais ocupantes do Palácio do Planalto e da Esplanada dos Ministérios.

Tudo isso deve ser feito com o rigor e a seriedade que o País merece, o que parece estar longe disso. No entanto, os problemas mais ingentes da nossa realidade parecem não merecer a mesma atenção dos nossos políticos, especialmente dos que dispõem de algum naco, pequeno ou grande, de poder. No último domingo, o economista Emerson Baú, atual diretor-superintendente do Sebrae encaminhou à rádio Folha FM 100.3 um conjunto de informações, seguidas de uma indagação: É possível falar em desenvolvimento sustentável do Brasil diante de tal cenário?

O cenário a que se referia o economista traz alguns números sob o título “Como a população brasileira está dividida e que transcrevemos a seguir: total de habitantes (203 milhões); empresários, empreendedores e funcionários (43 milhões); servidores públicos (12 milhões); aposentados, pensionistas e recebedores de benefícios (39 milhões); crianças e adolescentes com até 18 anos (53 milhões); e beneficiários do Bolsa Família (56 milhões). Não precisa ser gênio para perceber que a conta não fecha. É pouca gente produzindo para sustentar os milhões que não produzem. E o que estão os políticos fazendo para enfrentar essa realidade?

Camomila

Pois é, o ditador Nicolás Maduro continua provocando seu companheiro Lula da Silva (PT). Em resposta ao presidente brasileiro, que disse ter ficado assustado com a declaração de Maduro de que a Venezuela sofreria um banho de sangue caso perca a eleição, o ditador respondeu: “Quem está assustado, que tome chá de camomila”. E o presidente ainda manda Celso Amorim para legitimar o “processo eleitoral” do ditador venezuelano.

Eleitorado

O cadastramento da Justiça Eleitoral mostra que o número de eleitores em Roraima subiu em mais de 47 mil votantes. Serão 389.863 pessoas aptas a votar em todo o Estado, a imensa maioria (93,36%) por meio de biometria. O maior colégio eleitoral continua sendo disparado a capital Boa Vista, com 232.172 eleitores, 60% do eleitorado roraimense. Em segundo lugar, está Rorainópolis, com 23.299 (6%), e em terceiro lugar Caracaraí, com 15.178 (4%) de votantes.

Boca de urna

A inflação brasileira pelo visto afetou também os valores das famigeradas “bocas de urna”, como se tornou popularmente conhecida a prática de compra de votos em nosso Estado. Populares não fazem segredo nenhum em comentar em grupos de mensagens que não aceitam mais R$ 100 de BU, e que por conta dos últimos pleitos em que o mercado desse “método de convencimento” foi aquecido, é de R$ 500 para cima.

Uniformes

A conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Simone Souza, que também é primeira-dama do Estado, assina a portaria publicada, ontem, determinando auditoria de conformidade – utilizada para análise contábil, financeira, de planejamento e execução, na Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) de Boa Vista, por supostas irregularidades na contratação de uma empresa para aquisição de uniformes escolares.

Uiramutã 1

Fontes da Coluna afirmam que a disputa para ser candidato a prefeito do Município do Uiramutã, com apoio do Governo, tem sido uma verdadeira novela. Desde o final de semana, as tratativas vêm se desenrolando com muita conversa e nada de definição. É que o nome preferido pelo grupo governista, uma mulher que não mora na região, não decolou nas pesquisas. Agora o mais cotado é uma liderança indígena local.

Uiramutã 2

A decisão sobre quem receberá a benção do governador Antonio Denarium (Progressistas) para concorrer ao cargo de prefeito de Uiramutã, conforme informações de bastidores, será divulgada nesta quarta-feira, 23. Os comentários que circulam desde o final de semana envolvem a indicação para assumir a Secretaria Estadual dos Povos Indígenas (Sepi) como prêmio de consolação para o grupo que cedeu durante as negociações.

Comparações

Os bate-papos nas rodadas de amigos e nos grupos de mensagens neste período de eleição são um termômetro certeiro para quem gosta de analisar a política local. Um exemplo disso, são os comentários hilários, com direitos a VAR, o árbitro assistente de vídeo dos jogos de futebol, para comprovar onde tinha mais gente e estava mais animado entre os eventos de convenção partidária.