“Os domínios do mistério prometem as mais belas experiências”. (Einstein)
É claro que não estou com nenhuma intenção de falar de política. Mas acordei, hoje, cantarolando uma musiquinha do Adoniran Barbosa. E não pude evitar de mexer no baú de velhos acontecimentos que marcaram bons momentos na minha juventude. E tudo esteve no ambiente político. E é exatamente por isso que prefiro ficar de fora das briguinhas comadrescas. Aí, resolvi sair do baú e viajar por filmes atiquíssimos que me divertiram à época. Aí me lembrei e um filme com o Mazzaropi. Ele dormia numa rede, e a mulher começou a chamá-lo:
– Acorda, Zé!
Depois de várias chamadas, ele acordou e respondeu:
– A corda tá lá inriba do poço, ô…. mulé chata.
Coincidentemente, abri minha agenda antiga e me deparei com esta página com esses cinco pensamentos, todos de políticos e sobre a política. Aí achei que eles seriam ótimos para nos alertar para a necessidade de estudarmos a política para sermos realmente cidadãos. Leia-os e reflita, sobretudo sobre a personalidade dos autores. Primeiro vem o Afonso Arinos: “Os partidos nacionais são arapucas eleitorais e balcões de vendas”; depois vem o Ulisses Guimarães: “Na Câmara não há bobos. O menos esperto ficou na Suplência”. E olha que o “esperto” está escrito com S, deu pra sacar? Mas vamos para o terceiro que é o Jarbas Passarinho: “Com o Congresso podemos até não ter alguma liberdade, mas sem o Congresso não teremos liberdade nenhuma”; o seguinte é o Rui Barbosa: “Quanto mais corrompida a República, mais leis”; e por fim, o Joaquim Barbosa: “Somos o único caso de democracia que condenados por corrupção legislam contra os juízes que os condenaram”.
Reflita sobre tais pensamentos, mas sem arrufos. Porque política se faz, não se discute. Discutir política é mostrar que não a entende. E quando entendermos isso procuraremos nos educar para fazer uma política à altura de um povo educado. O que nos indica que os desmandos na política é responsabilidade de quem elege os políticos que embora vivam da política, não são políticos. São os que seguem o pensamento do Gaston Bouthoul: “Reconhece-se um país subdesenvolvido pelo fato de nele ser a política a maior fonte de riqueza”. Simples pra dedéu.
Vamos amadurecer politicamente. E só conseguiremos isso com uma educação de alto nível. E ela está ao nosso alcance. Então vamos parar de gritar, espernear e procurar nos educarmos para sermos capazes na formação da nossa política, que é o que estamos necessitando para sermos realmente cidadãos respeitáveis e respeitados. E tudo depende de cada um de nós. Pense nisso.
99121-1460