AFONSO RODRIGUES

A crise na evolução

“Bendita crise que veio tirar minha ilusão de permanência”. (Mirna Grzich)

Não há evolução sem interferência da crise. E por não entender isso não tem como não alimentar as crises. Então vamos deixá-las para lá e evoluir. O que não quer dizer que devemos ignorar as crises, o que não devemos é nos prendermos a elas. Pense nisso e vá dando mais importância a coisas que lhe tragam prazer, durante o dia. Só assim você irá dormir tranquilo e acordar sadio, ou sadia. E nada é mais desagradável do que estar sempre doente, sem ter doença. Que é o que acontece com a maioria dos que estão nas filas, nos centros de saúde. O Bob Marley disse: “A vida é para quem topa qualquer parada, e não para quem para em qualquer topada”.

Você se lembra do Raimundinho? Ele existiu e foi “lobinho” na minha turma de “Escoteiros do Ar”, na Base Aérea de Natal, no início da década dos cinquentas. Certo dia, em um treinamento, perguntei para o Raimundinho, o que ele faria se encontrasse uma árvore caída, atravessando a estrada. Ele respondeu: “Eu pulo pu riba”. Já falei disso cansativamente, pra você. Mas a repetição não faz mal, quando entendemos que as crises podem estar sendo criadas por nós. O Raimundinho tinha pouco mais de seis anos de idade, mas sabia que uma árvore cruzada na estrada pode não ser problema. E todo problema vem abraçado com a crise. Sorria sempre, e sinta-se de mãos dadas com a felicidade. Uma maneira de você encarar a crise como apenas uma parada a ser topada, e não uma topada como parada. Simples pra dedéu.

Já falei pra você que estou na idade em que não vamos para lugar nenhum, os filhos é que nos levam. Foi o que me aconteceu ontem pela manhã. O Rômulo chegou e falou:

– Estou indo visitar a Odila, querem ir comigo”?

Poucos minutos depois, a Salete, o Alexandre e eu, estávamos prontinhos para a visita. E lá fomos nós. Logo mais, estávamos num papo gostoso e saudável com nossa amiga Odila, num momento de grande felicidade. Nada mais agradável do que conversas sadias e com muito amor. O que temos, todos nós, nas amizades que valem muito para a saúde mental. Nunca desperdice seu tempo. Ele faz parte da evolução mental e racional. E o desperdício está em dar atenção a momentos e coisas que não valham a atenção. Desperdício que pode custar muito no desgasto da saúde. E tanto pode ser a saúde mental quanto física. Um prejuízo que pode nos custar muito caro. “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaio. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. (Charles Chaplin). Pense nisso.

[email protected]

99121-1460