Bom dia,

Hoje é terça-feira (22.02). Para além da polêmica criada em torno de divulgação de um vídeo onde um professor defende a bandidagem como uma profissão eticamente sustentável – seus companheiros saíram em sua defesa alegando que a frase estava sem todo o contexto-, o certo é que a educação pública está a exigir um posicionamento bem mais incisivo e claro.. Pedagoga, e leitora da Parabólica, que pede anonimato mandou mensagem, via Whatsapp, pedindo que a Parabólica abordasse esse tema hoje.

Segundo essa fonte, se os jovens e adolescentes brasileiros tiveram enorme prejuízo no aprendizado – ainda vai passar muito tempo até que ele seja adequadamente avaliado-, os de Roraima estão em situação bem difícil. Esses jovens e adolescentes estão enfrentando anormalidade e paralisação do processo educacional faz anos, e tudo parece indicar que este ano de 2022 a situação continuará crítica. Se nada for feito, e se não for tomada a decisão política de, ao menos, tentar recuperar o tempo perdido e o prejuízo ainda não computado, os efeitos disse serão projetados por décadas de atraso.

Segundo a pedagoga, a triste trajetória da educação – faz décadas nunca apresentou um projeto claro de onde quer chegar-, começa a degringolar em 2018, quando uma monteira de denúncia – inclusive com tentativa de apuração pela Polícia Federal envolvendo construção/recuperação de escolas, contratação de firmas para fornecimento de produtos para merenda escolar e de empresas para o transporte público escolar-, fizeram com que muitas escolas especialmente do interior roraimense ficassem sem funcionar. Outras na Capital do estado tiveram o calendário escolar prejudicado por conta desses imbróglios policiais.

E a falta de condições adequadas para o funcionamento das escolas impediram um ano letivo que fosse minimamente normalizado, com as condições precárias de escolas e falta de transporte escolar. O calendário escolar de 2020 enfrentou os primeiros efeitos da ocorrência da Covid19; as aulas presenciais foram suspensas, substituídas pelo ensino remoto, sem que alunos tivessem meios de acesso a elas, e por professores/professoras que não receberam qualquer treinamento para adaptar-se a uma mudança de método tão diferente. Anda por conta da Covid19, o ano letivo de 2021 seguiu nas mesmas condições do anterior: escolas sem aulas presenciais, crianças sem merenda e material didático precário.

“Em 2022, quando se esperava que escolas tivessem sido recuperadas e devidamente equipadas; merenda escolar em condições de fornecimento normal; professores contratados; transporte escolar providenciado; e material didático entregue às escolas, a realidade está longe do minimamente exigido. Tempo e recursos não faltaram para o adequado planejamento e providências concretas. Dezenas, talvez centenas de escolas, não têm a menor condição de funcionamento, indicando que o processo educacional estadual dos nossos jovens e adolescente continuará capenga por mais um ano letivo. É um prejuízo irreparável, que perdurará por décadas a fio”, disse a pedagoga; leitora cá da Parabólica e ouvinte da Rádio Folha FM 100.3. Até quando?

CASSAÇÃO

O deputado estadual Jorge Everton, relator na subcomissão de ética da Assembleia Legislativa do Estado (ALR) deve apresentar ainda hoje o relatório sobre o processo de cassação de seu colega Jálser Renier (Solidariedade), por conta do sequestro e tortura em outubro de 2020 de um apresentador local. Nos corredores da sede do Poder Legislativo roraimense é dado como certo que o relatório será, ainda hoje, aprovado pela Comissão de Ética, que é presidida pelo deputado estadual Coronel Chagas, à tempo de ser levado, hoje, a apreciação do Plenário da ALE, em sessão extraordinária convocada pela Mesa Diretora da instituição.

PERDA DE OBJETO

Uma das motivações para apressar a cassação do deputado estadual Jálser Renier, seria segundo fontes bem situadas na ALE, a possibilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) julgar até a próxima sexta-feira (25.02) uma ação sobre a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, onde é questionada a destituição da antiga Mesa Diretora e substituída por outra. O caso é semelhante ao que ocorreu aqui, na ALE-RR e uma possível decisão do STF sobre a situação de Mato Grosso poderá ser estendida  para Roraima. A ideia dos defensores da cassação sumária de Jálser Renier é de que sem mandato, a ação que ele impetrou no STF contra sua destituição da presidência da ALE-RR perde o objeto e por tanto deverá ser arquivada.

CONTROVÉRSIA

Sobre a perda de objeto da ação que Jálser Renier impetrou no Supremo Tribunal Federal para voltar à presidência da ALE-RR um advogado ouvido pela Parabólica disse que a questão não é tão simples assim. A destituição não foi apenas de Renier, mas de toda uma Mesa Diretora, e nesta condição, reestabelecido o mandato de todos os membros dela, quem assumiria o cargo seria o primeiro vice-presidente da ALE-RR, , o deputado estadual Jânio Xingu (PP). 

SAIU

O secretário estadual de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação; Aluísio Nascimento entregou ontem ao governador Antônio Denárium (PP) seu pedido de exoneração do cargo. Ele vai concorrer a uma das oito vagas em disputa para a Câmara Federal. Deve ser substituído, segundo fontes da Coluna, pelo economista Emerson Baú, atual secretário estadual de Planejamento e Orçamento. Aluísio Nascimento ainda não decidiu a qual partido se filiará para disputar a eleição.