Bom dia,
Hoje é segunda-feira (25.10). A semana, que será muito curta devido a feriados e pontos facultativos, começa para os roraimenses com a expectativa da eventual nova visita do presidente Jair Bolsonaro ao estado em menos de trinta dias, prevista para amanhã. Todos querem saber que novidades trará o presidente em sua visita? É possível que ela sequer seja realizada, dadas às pressões de políticos locais, que dizem estar se sentindo marginalizados pelo Palácio do Planalto. Ainda hoje, vamos saber se Bolsonaro pisará em solo roraimense amanhã..
REAÇÃO 1
Uma comitiva de políticos, chefiada pelo governador Antônio Denárium (PP) visitou no último sábado (23.10) a cidade de Bonfim, capital do município do mesmo nome. Integrada também por secretários estaduais, os políticos que acompanhavam o governador eram, sobretudo de dois partidos que integram sua base de apoio, o Progressistas e o Republicanos. Lá durante os discursos, o senador Mecias de Jesus, que preside o Republicanos em Roraima, lançou a pré-candidatura do deputado federal Hiram Gonçalves, que preside o Progressistas no estado. Ao Senado Federal. Foi apoiado por outros políticos integrantes da comitiva governamental. Um dos presentes disse a Parabólica que houve anuência de Antônio Denárium.
REAÇÃO 2
O que era previsível aconteceu. No início da noite de ontem, domingo, o senador Telmário Mota (PROS), dito até então pelo governador Antônio Denárium como o candidato natural do grupo, fez circular nota pelas redes sociais vídeo onde reage contra o lançamento da pré-candidatura de Hiram Gonçalves ao Senado, atribuindo isso ao senador Mecias de Jesus e ao deputado estadual Gerson Chagas (PRTB). Telmário fez graves acusações contra os dois e reconheceu que não tem lugar em palanque ocupado por eles. Disse que foi eleito por votos das pessoas honestas de Roraima e que institucionalmente vai continuar apoiando o governo estadual.
RUMO
Pelo que se comenta nos bastidores da política local, um dos caminhos que pode ser seguido pelo senador Telmário Mota é rumo ao palanque de uma eventual candidatura ao governo do pastor Izamar Ramalho (Podemos), que disse ontem no programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3, que até janeiro próximo define sua posição. Os dois tem trocado elogios públicos nos últimos dias, sinalizando uma porta aberta aos entendimentos. Apesar da reação de Telmário sobre o lançamento da pré-candidatura de Hiram Gonçalves, correligionários de Antônio Denárium ainda acreditam que o rompimento ainda pode ser evitado. Dois deles, muito próximos ao governador disseram questão fechados com a reeleição do senador.
SEM INFORMAÇÕES 1
Os bastidores da política de Roraima estão decididamente agitados, e não só por conta da reação pública do senador Telmário Mota contra o lançamento da pré-candidatura ao Senado do deputado federal Hiram Gonçalves. Também agita o mundo político local, a programada visita a Roraima, prevista para amanhã (26.10) do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). Por razões de naturais de segurança e também políticas ninguém sabe a exata programação a ser cumprida pelo presidente em solo roraimense. O único evento que parece estar confirmado é a presença do presidente a um culto evangélico a ser realizado na Assembleia de Deus, que será presidido pelo pastor Izamar Ramalho, pretenso pré-candidato ao governo estadual em 2022.
SEM INFORMAÇÕES 2
Logo após sua visita a BoaVista, no último dia 29.009, Bolsonaro anunciou que voltaria a Roraima e à época definiu dois objetivos para tanto: uma visita a Pacaraima, onde faria vídeos com migrantes venezuelanos que justificariam estar vindo para o Brasil fugindo do socialismo maroto de Nicolás Maduro, e também para fazer um sobrevoo sobre o Vale do Cotingo, para verificar o potencial de hidroelétrico daquele rio. Se vier mesmo amanhã, estará cumprindo a promessa, com apenas uma modificação. Bolsonaro não visitaria mais Pacaraima, e segundo informações de bastidores, por conta da segurança do presidente.
ROTEIRO
Pelo pouco que vazou de informação do cerimonial do Palácio do Planalto, se vier mesmo a Roraima a amanhã, Bolsonaro deverá cumprir um pequeno roteiro que envolve o sobrevoo ao Vale do Cotingo; o pouso numa comunidade indígena próxima ao rio; a ida ao culto na a igreja evangélica Assembleia de Deus; e a presença na inauguração do novo abrigo para venezuelanos da Operação Acolhida, que fica próximo à Superintendência da Polícia Federal, na Avenida Brasil. Cumprido este roteiro, o presidente voltaria à Base Aérea de Boa Vista retornando a Brasília no avião da Presidência.
DE FORA
O que está incomodando os políticos locais, inclusive o governador Antônio Denárium, é a decisão do cerimonial do Palácio do Planalto de praticamente ignorá-los na visita de Bolsonaro a Roraima, que continua prevista para amanhã. Denárium vai acompanhá-lo nalguns eventos, mas não recebeu convite formal para tanto, apesar de ter enviado Brasília, o secretário extraordinário para Assuntos Institucionais, Deilson Bolsonaro para tratar da visita presidencial. Até a noite de ontem, domingo, nenhum parlamentar federal de Roraima tinha recebido do Planalto o convite formal para acompanhar o presidente. Um deles chegou a recebê-lo, mas posteriormente foi avisado do cancelamento dele.