A produção agrícola em todo o mundo enfrenta dificuldades anuais, seja por motivos de seca, geadas, neve ou chuvas que reduzem a produtividade de determinadas culturas. Isso faz com que seja necessário criar um ambiente controlado para proteger as plantações das intempéries climáticas, tornando a irrigação essencial mesmo em períodos de excesso de água.
Em Roraima, temos períodos bem definidos de verão (seco) e inverno (chuvoso), que ocorrem de outubro a março e de abril a setembro, respectivamente, com o pico das chuvas em junho e julho. É importante ter ciência desses períodos para planejar adequadamente.
O primeiro passo para implementar um sistema de irrigação é verificar a disponibilidade de água, levando em consideração o tipo de sistema a ser adotado e garantindo o fornecimento contínuo mesmo nos períodos de seca. Além disso, é crucial avaliar a qualidade da água, garantindo que não apresente salinidade, por exemplo. O segundo passo é escolher o sistema de irrigação mais adequado para a cultura, levando em conta fatores como o tipo de solo, as necessidades da cultura, o clima local, a topografia e o tamanho da área a ser irrigada. O terceiro passo envolve analisar o custo-benefício de cada opção, buscando sempre a melhor relação.
A automação do sistema de irrigação não só reduz os custos, mas também oferece uma manutenção adequada, resultando em economia. As áreas irrigadas tendem a ter uma produtividade maior em comparação com as não irrigadas, pois garantem a quantidade ideal de água para as plantas em cada estágio de crescimento, podendo ajustar-se conforme as condições de disponibilidade de água mudam ao longo do ciclo das plantas.
É importante destacar que irrigação difere de simples molhação. Compreender esse conceito e seguir o passo a passo, respeitando cada etapa e critérios técnicos, pode levar a uma produtividade significativamente maior em áreas irrigadas em comparação com áreas com características semelhantes de solo e condições climáticas.
Gustavo Menezes Domingues