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A importância da sinergia: Quando o fardo fica mais leve

A importância da sinergia: Quando o fardo fica mais leve

Não podemos ignorar que trabalhar em equipe não é uma das tarefas mais fáceis a serem implantadas nas organizações, sejam elas públicas ou privadas. A sinergia deve ser um anexo de qualquer equipe que busque um resultado comum, porém a falta dela cria riscos do surgimento da vaidade, insubordinação e Impactos desastrosos na Imagem Institucional, sem esquecer que essa imagem é criada por pessoas e portanto, essas pessoas são arranhadas por esse comportamento tóxico.

Em um ambiente profissional, seja ele empresarial, institucional ou mesmo no setor público, o sucesso depende da colaboração harmoniosa e o comprometimento entre os membros da equipe. O trabalho em sinergia não é apenas uma abordagem eficiente para atingir metas, mas também uma forma de criar um ambiente saudável e produtivo. No entanto, essa colaboração pode ser prejudicada quando o foco individual de alguns membros se sobrepõe ao bem-estar coletivo. A busca por protagonismo e o desrespeito à liderança são questões que, se não forem devidamente geridas, podem levar à formação de uma cultura de insubordinação com consequências graves para a imagem da organização e para o desempenho do grupo como um todo.

Sinergia é um conceito que implica que o todo é maior do que a soma de suas partes. Em um contexto profissional, significa que quando todos os membros de uma equipe trabalham em harmonia, o resultado é muito mais poderoso do que se cada um agisse de forma isolada, egoísta e independente. A sinergia promove a colaboração, a troca de ideias e a coesão, criando um ambiente em que os talentos individuais são canalizados para um objetivo comum.

Empresas e instituições que conseguem fomentar um ambiente de sinergia interna são mais ágeis, inovadoras e resilientes. Em contrapartida, ambientes onde prevalece a disputa por protagonismo, onde alguns membros buscam “aparecer mais” que os outros, podem ser prejudiciais, pois desviam o foco do objetivo comum. Em vez de se concentrar nas metas da organização, os colaboradores ficam presos em jogos de ego e vaidade que afetam a eficiência da equipe.

Um dos maiores desafios que uma liderança pode enfrentar é lidar com colaboradores que desejam se destacar a qualquer custo. Em muitos casos, essas pessoas não têm a intenção de causar problemas, mas sua ânsia de reconhecimento pode ser contraproducente. Elas podem acabar minando o trabalho coletivo em busca de aprovação, desviando-se da missão central da organização.

O desejo excessivo de protagonismo pode se manifestar de várias formas, como por exemplo:

  1. Desrespeito à liderança: Colaboradores que tentam se impor sobre o líder ou questionar constantemente suas decisões acabam enfraquecendo a autoridade necessária para guiar a equipe.
  2. Conflitos internos: A busca por reconhecimento pode gerar rivalidades entre os colegas de trabalho, prejudicando o ambiente colaborativo e criando um clima de desconfiança.
  3. Desvios de foco: Ao priorizar sua própria visibilidade, esses colaboradores podem deixar de lado tarefas essenciais para a equipe, comprometendo a eficiência e os resultados.
  4. Professores de Deus: Normalmente os que buscam reconhecimento a qualquer custo e que contestam a “criação do mundo” sofrem da síndrome do Professor de Deus, ou seja, ele além de se achar o centro de tudo, tentam de forma coercitiva moldar as pessoas e quem não se encaixa nesse molde são descartadas como “Imbecis úteis”

O comportamento insubordinado não surge da noite para o dia; ele é, muitas vezes, um sintoma de uma cultura organizacional mal orientada, ou até mesmo a total ausência de cultura na organização. Quando os líderes não estabelecem claramente os valores da empresa e não promovem a valorização do trabalho em equipe, abre-se espaço para o surgimento de disputas internas e insubordinação.

A insubordinação pode se manifestar em diferentes formas e é fundamental que a liderança esteja atenta aos seguintes comportamentos:

  1. Questionamento constante das decisões do líder: Quando a autoridade do líder é desafiada de forma persistente, cria-se um ambiente em que a liderança perde sua eficácia e sua capacidade de guiar o grupo.
  2. Comportamentos tóxicos: Colaboradores que buscam sempre se destacar podem desenvolver atitudes competitivas e destrutivas, como criticar os colegas ou boicotar suas iniciativas.
  3. Quebra de hierarquia: O respeito à hierarquia é essencial para que qualquer organização funcione de forma ordenada. Quando essa hierarquia é desrespeitada, abre-se um precedente para o caos e a falta de direção.

A criação de uma cultura de insubordinação não afeta apenas a equipe internamente; os danos podem se estender à imagem pública da organização. Para empresas privadas, instituições governamentais ou organizações do terceiro setor, uma reputação de desorganização, conflitos internos e falta de respeito à hierarquia pode ter consequências devastadoras, como:

  1. Perda de confiança do público e dos stakeholders: Quando uma organização é vista como instável, clientes, investidores e parceiros podem hesitar em se envolver com ela.
  2. Desmotivação dos colaboradores: Um ambiente tóxico afasta os melhores talentos, resultando em alta rotatividade e perda de conhecimento acumulado.
  3. Danos à imagem institucional: Para o setor público, por exemplo, a insubordinação pode afetar diretamente a credibilidade junto à população, minando a confiança nas instituições.

Além disso, a quebra da coesão interna afeta diretamente a produtividade, a capacidade de inovação e o nível de satisfação dos colaboradores. O trabalho em um ambiente fragmentado e marcado por disputas internas acaba levando à perda de foco nas metas da organização e ao enfraquecimento de sua posição no mercado ou perante a sociedade.

Como Prevenir a insubordinação e promover a sinergia

Para evitar que a vaidade e a insubordinação comprometam a sinergia da equipe, é essencial que os líderes adotem uma postura proativa na gestão de pessoas. Algumas estratégias incluem:

  1. Clareza na comunicação dos objetivos: Certificar-se de que todos os colaboradores compreendem a missão e os valores da organização ajuda a alinhar esforços em torno de um propósito comum.
  2. Valorização do trabalho coletivo: Promover uma cultura que reconheça não apenas os resultados individuais, mas também o sucesso do grupo, é fundamental para reduzir a busca por protagonismo.
  3. Feedback contínuo: Manter uma comunicação aberta com os colaboradores, oferecendo feedback construtivo, ajuda a direcionar a energia deles para o bem comum.
  4. Estabelecimento de limites claros: Quando a liderança define claramente o que é aceitável e o que não é, a probabilidade de surgirem comportamentos insubordinados é significativamente reduzida.
  5. Escuta ativa: Abrir a possibilidade da equipe poder externar suas observações, sugestões e até mesmo as críticas, fazem com que o grupo desenvolva a cultura do pertencimento e cria um time perfeito.

Promover uma cultura de colaboração, respeito à liderança e valorização do trabalho em equipe é essencial para garantir que os esforços individuais contribuam para o sucesso coletivo. Ao focar na construção de um ambiente sinérgico, as organizações podem não apenas melhorar sua eficiência interna, mas também fortalecer sua imagem perante o mercado, os clientes e a sociedade como um todo. Vamos aprender que a colaboração é um dos caminhos para o sucesso!

Por: Weber Negreiros
W.N Treinamento, Consultoria e Planejamento
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