Bom dia, Hoje é sexta-feira (01.05), feriado nacional para comemorar o Dia do Trabalhador. E os brasileiros e as brasileiras acordam sabendo que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) começa a divulgar os primeiros números do desemprego produzido pela pasmaceira da economia brasileira devido a pandemia do Covid19. É só o começo, as previsões mais otimistas dizem que em dois meses chegaremos a 15% de taxa de desemprego, que pela metodologia do IBGE – só é considerado desempregado aquele, ou aquela, que sem trabalho continua a procurar emprego-, dá claramente uma subestimação do número. Na verdade, o que se projeta é que a pandemia, e as questões estruturais da economia brasileira, produzam daqui a cerca de dois meses, uma legião de desempregados/desempregadas que vai superar a marca de 50 milhões de pessoas. Isso é cerca de 25% da população tupiniquim. A questão fundamental para nossa reflexão, que aflora neste Dia do Trabalhador, pode ser resumida numa pergunta: tem futuro um país com um quarto da população total desempregada e desalentada? Certamente que este percentual sobe ainda mais se for considerada apenas a população em idade de trabalhar, a chamada População economicamente Ativa (PEA), e que é constituída em sua maioria de jovens, que não vêem no horizonte qualquer futuro minimamente seguro. Definitivamente somos um país constituído por uma maioria de miseráveis, e essas gigantescas filas que estão sendo formadas nas agências da Caixa Econômica Federal para receber o auxílio de 600 reais dado pelo governo federal é só a ponta do iceberg da miséria tupiniquim Desculpem os leitores/leitoras, mas não tem como ser otimista quando temos noção de que este país não pode continuar sendo um nação marcada pela profunda desigualdade econômica e social; e ao mesmo tempo sabemos que os políticos brasileiros, em expressivo número, continuam roubando o dinheiro público; aproveitando qualquer oportunidade que lhes é dada, mesmo quando decorrente de uma situação tão grave como o aparecimento desta pandemia que se abate sobre o país. É claro, eles também sabem que a população, e as instituições brasileiras são complacentes e coniventes com a corrupção. E estamos falando das notícias que estão pipocando, Brasil afora, dando conta de que prefeitos, governadores e funcionários públicos estão aproveitando a liberalidade, que lhes foi concedia para praticar compra e contratação de serviços sem processos licitatórios, por conta do enfrentamento do Covid19, para roubarem dinheiro público. É uma conduta desprezível, que certamente ficará impune por conta da natureza, também corrompida, das instituições regiamente pagas pela população para fiscalizar esses agentes públicos, mas não o fazem com eficiência, e especialmente eficácia. O que está sendo revelado de roubalheira na compra de respiradores mecânicos e outros instrumentos médicos – com preços superestimados e equipamento não entregues, além de faturas pagas antecipadamente-, para o enfrentamento da pandemia, está muito longe de espelhar a realidade. Contratos de prestação serviços, aquisição de medicamentos, contratação de leitos na rede privada, entre outros, têm sido o instrumento para essa corja de malfeitores se apropriar do dinheiro que deveria ser utilizado parar salvar vidas humanas. É um cenário de terra arrasada, onde não é possível ver a saída possível. NÚMEROS 1 O ex-governador Flamarion Portela, leitor da Parabólica e comentarista político da Folha FM 100.3, anda muito preocupado com a evolução dos números sobre o Covid19 em Roraima, especialmente com relação aos casos confirmados e ao número dos casos que exigem internação. Nos dois casos, a taxa de progressão em 48 horas supera 40%, o que sinaliza com a possibilidade concreta de colapso na rede pública hospitalar do estado. “O sinal que está aceso não é mais amarelo. Na minha avaliação ele está no vermelho”, disse o ex-governador. Ontem, quinta-feira (30.04) os números eram os seguintes: Casos confirmados (602); pacientes internados (32); recuperados (110), altas hospitalares (23) e óbitos (7).

NÚMEROS 2 E esses números, por certo, não retratam a integralidade dos casos de Covid19. A Parabólica sabe pelo menos de um caso, que está fora dessas estatísticas. Trata-se de um policial militar que ao sentir vários sintomas do vírus procurou o Hospital Geral de Roraima (HGR), e foi aconselhado a ir para casa para ficar em isolamento. Fez o teste, e três dias depois recebeu a confirmação. Como não ficou esperando seu quadro piorar para começar a ser medicado por uma médica amiga da família, depois de sentir falta de ar e tosse insistente, os sintomas começaram a regredir. Está quase livre do Covid19. Ah! Sim. O principal remédio utilizado pelo paciente foi a contestada hidroxicloroquina.

PREÇOS E muitos empresários não perdem a oportunidade. São as leis do chamado mercado. Milho, carne, arroz e outros produtos regionais tiveram reajustes de preços nos últimos 30 dias, que nalguns casos, superam os 40%. É mole?