A TOCHA OLÍMPICA EM BOA VISTA _______
Depois de passar por 46 cidades pelo Brasil, a Tocha Olímpica veio para Boa Vista no dia 18 de junho de 2016, chegando ao Aeroporto por volta das 10h30. Em seguida, a Tocha foi levada de avião para a comunidade indígena de Campo Alegre, pelo pára-quedista Luigi Cani (chamado de o “Homem Pássaro” – devido o tipo de pára-quedas que usa e pela altura máxima de seus saltos), onde foi recebida pela índia macuxi Lourdes Sampaio, 56 anos de idade, escolhida como representante oficial das tribos indígenas roraimenses, e por um grupo de 100 índios arqueiros que fizeram demonstrações com arcos e flechas. Em seguida houve a tradicional dança do “Parixara” para dar as boas-vindas.
A comunidade indígena de Campo Alegre está localizada nas proximidades do rio Uraricoera, na região do Passarão.
De volta à cidade de Boa Vista, a Tocha foi conduzida para a Praça das Águas, na Avenida capitão Ene Garcez dos Reis, onde foi iniciada a condução do Símbolo Olímpico para as margens do rio Branco, sendo embarcada em canoa e, costeando o rio, chegou ao píer da Orla Taumanan, aonde foi recebida ao som de músicas e por centenas de pessoas.
A Tocha, no percurso pelas águas do rio Branco, foi conduzida pela guarda-vida na Defesa Civil e nadadora profissional Flávia Cantanhede. Em torno da Orla Taumanan havia várias canoas decoradas pelos os artistas plásticos: Bartô, Izaias Miliano, Ana Mendina e Edinel Pereira, e pelo Grupo Coletivo Macuxi – Grupo responsável pelo grafismo nas canoas de alumínio.
A partir da Orla Taumanan, a Tocha Olímpica, acompanhada do Comitê Olímpico, seguiu pelas ruas do centro e depois para os bairros. A segurança foi feita pelos agentes da Força Nacional, bem como pelo os militares da 1ª Brigada de Infantaria de Selva e da Base Aérea de Boa Vista: Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Municipal, Defesa Civil entre outras instituições de segurança, além do DETRAN e da Secretaria Municipal de Trânsito –SMTRAN. A Infraero foi a responsável pelo o controle aéreo quando do vôo do avião conduzindo a Tocha nos céus de Roraima.
Enquanto a Tocha Olímpica esteve no Ar, conduzida em avião, foi proibido o uso de drones, aviões de asas fixas ou rotativas, asa deltas, ultraleves, aeromodelos, planadores, aeronaves experimentais, parapentes, balões e afins. Além disso, à nenhuma empresa foi autorizada a desenvolver atividades de marketing na frente do estabelecimento, durante a passagem do símbolo ou na sua rota; e as fachadas de lojas e comércios não puderam alterar para fazer propaganda homenageando o Símbolo Olímpico e nenhuma atividade artística ocorreu na frente de estabelecimentos comerciais durante a passagem da Tocha, pelas ruas de Boa Vista.
Quem fosse flagrado, contrariando estas recomendações, poderia ser conduzido para uma delegacia de polícia e responsabilizado na forma da Lei, conforme o Decreto nº 8.758, de 10 de maio de 2016, editado pelo Governo Federal, que proíbe essa prática sem a autorização e sem os protocolos estabelecidos pelos órgãos competentes, durante os Jogos Olímpicos, incluindo o Revezamento da Tocha Olímpica.
Estes dispositivos de segurança e as normas estabelecidas são praticamente os mesmos adotados em todos os Países por onde passa a Tocha Olímpica, já que ela é considerada um Símbolo Universal que leva a mensagem olímpica para além da cidade-sede (Atenas, na Grécia) conclamando a Paz, através das competições esportivas entre as nações.
Para a condução da Tocha Olímpica pelas ruas e avenidas de Boa Vista, foram selecionadas (pela Prefeitura e pelo os patrocinadores do evento) 155 pessoas, representando os mais diversos segmentos socioeconômicos e culturais da cidade, percorrendo um total de 32 Km pelas ruas da capital, até o seu retorno à Praça Fábio Marques Paracat.
A última condutora foi a coordenadora de extensão do Centro Universitário Estácio da Amazônia e membro do comitê gestor da Buriti Valley, a senhora Karla Raskopf. Foi ela quem acendeu com a Tocha, a Pira Olímpica (instalada no centro da Praça) celebrando a passagem do maior símbolo dos Jogos Olímpicos por Boa Vista.
Quando de sua passagem por Roraima, as Chamas Olímpicas iluminaram o Céu de Boa Vista, as águas do rio Branco, as terras indígenas, as ruas da cidade e as marcas indeléveis em nossa memória, agora registradas para sempre na nossa História.
Após o acendimento da Pira Olímpica, foi dado inicio à festa “Boa Vista Junina – naquele ano de 2016 -, que iniciou no dia 18 e terminou no dia 26 de junho na Praça Fábio Paracat, na Avenida Ene Garcez dos Reis.
A Tocha seguiu para Manaus, no Amazonas, onde foi recebida pelo o povo manauara, mas deixou um grande legado para Roraima: Agora, todos nós “somos Olímpicos”.
________ Crédito das Fotos: Internet by Luigi Cani, João Tambor, Fabiana Letícia Sbaraini, André Mourão, André Luiz Mello, Victoria Kamila, Diego Dantas, Fernando Teixeira, Rodrigo Sales e Francisco Cândido.