“Nada nos fará tão generosos e sensíveis às faltas dos outros como conhecer totalmente, através de autoexame, as nossas próprias”. (François de S. Fénelon)
Quando nos conhecemos de verdade não temos dificuldade em conhecer as outras pessoas. E conhecê-las no interior delas. Saber, percebendo com o contato, quem ela realmente é. E é assim que aprendemos, tanto com os outros quanto conosco mesmo. Cuidado quando você estiver se aborrecendo com a outra pessoa. Talvez você esteja com inveja, achando que ela é igual a você. E se você ainda não percebeu isso, pense nisso. Seja você, conhecendo e respeitando o que a outra pessoa é. Em momento nenhum queira que ela seja igual a você. Respeite as outras pessoas como elas são, respeitando as diferenças entre você e elas. Porque “Somos todos iguais nas diferenças”.
Se prestarmos mais atenção à marcha lenta em que caminhamos, no desenvolvimento do Brasil, veremos que inda falta muito para sermos um povo desenvolvido. Nossa educação está no fundo do poço. E não há como tirá-la de lá de uma hora para outra, e de um governo para outro. Nós, brasileiros, é que temos que nos conscientizarmos de que a responsabilidade é nossa. Que só quando formos um povo educado, seremos verdadeiramente cidadãos. E só quando cidadãos poderemos desempenhar nosso papel dentro da cidadania, elemento da democracia. Enquanto continuarmos elegendo, nomeando, indicando, elementos incapazes para uma administração à nossa altura, não seremos mais do que fantoches de espertalhões.
O Gaston Bouthoul já disse: “Reconhece-se um país subdesenvolvido pelo fato de nele ser a política a maior fonte de riqueza”. E enquanto continuarmos enriquecendo os “políticos”, não conseguiremos eleger políticos para desenvolver o Brasil: “Esse colosso imenso, gigante de coração de ouro e músculos de aço”. Um gigante que vem, através dos séculos, alimentando uma política mascarada. Mas vamos acordar para a nossa sonolência na nossa educação política. E esta deve estar no eleitor que deve estar preparado para o desenvolvimento do País. Vamos nos educar para sermos cidadãos.
Vamos nos educar na educação que devemos dar para nossos filhos, para que eles eduquem seus filhos e possamos ter netos dignos de uma Democracia de verdade. Você nunca será um cidadão, enquanto for obrigado a votar. E nunca terá o voto facultativo enquanto não for suficientemente educado para merecê-lo.
Pare de ficar dando uma de João-sem-braços, esperneando e gritando pelas ruas, pensando que está cumprindo seu dever de cidadão. Eduque-se para merecer o voto livre, e ser um cidadão livre. Pense nisso.
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