Opinião

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PANDEMIA PODE AUMENTAR A DESIGUALDADE EDUCACIONAL NO BRASIL E O PAPEL TRANSFORMADOR DAS ESCOLAS SE TORNA AINDA MAIS EVIDENTE

Nathan Schmucler*

A pandemia de Covid-19 escancarou o que já era sabido por muitos: a desigualdade educacional no País é altíssima e desencadeia em diversos outros problemas sociais e econômicos. Com dimensões continentais, o Brasil já vinha penando no âmbito educacional, conforme mostrou o ranking global segundo o Anuário de Competitividade Mundial 2020, que o fez amargar a  63ª posição, última da lista. O que chama atenção é que, embora 6% do PIB seja destinado à pasta Educação – algo comparável a países ditos de primeiro mundo – o valor investido por estudante está abaixo da média mundial. Reflexo disso é que, apenas 19% da população de 25 a 34 anos alcança o nível superior de ensino, contra 42% da média mundial.

Se no cenário pré-pandemia os índices não eram animadores, o que esperar agora, que enfrentamos uma das maiores crises – econômicas e sanitárias – e que trazem reflexos negativos na educação? Com as medidas de isolamento social e consequente suspensão das aulas presenciais, a realidade do ensino foi duramente impactada. Novamente, classes menos favorecidas sofreram mais por inúmeros motivos e o principal deles foi pela falta de estrutura tecnológica, impedindo-os de acompanhar as aulas remotas. Estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas mostra que alunos brasileiros tiveram menos horas/aula do que o estabelecido pela Lei de Diretrizes Básicas da Educação. Foram em média 2,37 horas contra quatro horas recomendadas. Existem diferenças enormes entre as regiões do País e, mesmo os melhores exemplos, ainda entregam resultados ruins.

Uma vez que existam tantos desafios e entraves na esfera pública, como déficits orçamentários, falta de qualificação dos profissionais e de investimentos em estruturas, a iniciativa privada tende a suprir essas demandas e assume também um papel importante na formação de cidadãos, o que, espera-se, fará a desigualdade social diminuir. Isso porque, ainda segundo a FGV, a cada ano de ensino representa cerca de 15% de ganho a mais em salário e aumenta em 8% a chance do aluno conseguir um emprego no futuro.

Os dados revelam que há uma grande lacuna a ser preenchida no que diz respeito à educação do Brasil. O segmento deve adaptar-se à realidade dos alunos e a tecnologia se mostrou crucial para o aprendizado, sobretudo na pandemia. É possível oferecer com expertise um conteúdo atualizado, em um espaço integrativo e otimizado, que estimule o estudante o tempo todo a assumir seu papel de protagonista na vida e na sociedade, de forma a se tornar, sobretudo, um agente de transformação social. E esses benefícios não devem e não podem ficar restritos a uma minúscula parcela da população que pode pagar mensalidades altas, que podem chegar até R$10 mil.

Longe de ferramentas caras e inacessíveis ou em um ambiente que lembre uma matrix, o jovem precisa mesmo é de uma dinâmica em sala de aula que favoreça a comunicação entre alunos e os incentivem a trocar experiências e conhecimentos.  Provocar investigações e validações os colocam como desbravadores do saber, dando condições para seguir, ao longo da vida, testando diferentes formas de mudar seus espaços sociais. O cenário é favorável e não à toa o número de matrículas nas escolas privadas cresceu 1,55%, passando dos 8.995.249 de 2018 para 9.134.785 em 2019. Se é consenso entre pais, educadores e sociedade geral que a educação é a chave para mudar o País, resta a nós investirmos em projetos e negócios que de fato promovam a mudança que desejamos e sejam, sobretudo, viáveis para todas as classes sociais.

*Ggraduado em administração de empresas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), MBA Executivo no Coppead-UFRJ, com extensão em novos negócios na Faculdade Stellenbosh, na África do Sul. O executivo é diretor geral da rede Luminova, escola inovadora que tem como objetivo democratizar o acesso à educação de qualidade, promovendo o crescimento humano e ascensão social no Brasil.

ARTISTAS DA VIDA

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte.” (Gandhi)

Todos nós somos responsáveis pela arte que construímos com nossas vidas. E somos todos artistas. E o mais importante é que não ignoremos nossa capacidade de produzir o melhor. O aprimoramento está na caminhada do dia a dia. Quando sabemos que o melhor que produzimos hoje pode ser melhorado amanhã. porque se não melhorar é porque não progredimos. E o progresso faz parte da vida.

Esteja se preparando, sempre, para a próxima tarefa. E o método mais prático e racional é fazer, sempre, o melhor que você puder fazer no momento. Cada um de nós está trabalhando, artisticamente, na obra da vida. O resultado vai depender da dedicação ao trabalho. Não importa o que você faz. O que importe e interessa é como você faz o que faz. Esteja sempre de bem com a vida. Não perca nem desperdice seu precioso tempo com o que não lhe interessa. E coloque nesse rol o que pode estar lhe interessando e que não valha a pena. Algo que não possa lhe trazer sucesso na vida.

Procure a felicidade em você mesmo ou mesma. E a felicidade está dentro de cada um de nós. Nós é que a desperdiçamos, por não darmos atenção ao racional. “O reino de Deus está dentro de nós.” Um pensamento bíblico a que não damos atenção. E é a falta de atenção que nos leva aos campos minados. E atravessar um campo minado é simples. É só você procurar pisar sobre as pegadas dos que já o atravessaram. E podemos, e devemos, fazer isso no dia a dia, aprendendo com os erros, nossos e dos outros. E você nunca vai aprender com um erro, aborrecendo-se com ele. O mais racional é tirar de letra. Afaste o negativismo do seu caminho. Nada é mais pernicioso do que o pessimismo. Ele é o esteio do negativo que não nos leva a lugar nenhum.

Reflita sobre esse pensamento maravilhoso do Charlie Chaplin: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaio. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” Porque é assim que vivemos a vida. Vivendo cada momento, independentemente de ele nos fazer rir ou chorar. Não há como evitar os trancos. O importante é que saibamos superá-los. E todos nós podemos fazer isso. Mesmo sabendo que é muito difícil. Mas não nos esqueçamos de que é difícil, mas é muito simples. É só você se conhecer e se reconhecer, no ser de origem racional. Porque todos nós o somos. O que nos incomoda é não entendermos isso. E enquanto não entendermos continuaremos lutando em guerras histriônicas. E a pior delas é a guerra íntima. Livre-se dela. Você pode. É só acreditar que pode. Pense nisso.

*Articulista

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