Opinião

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PRECISAMOS SER PREVENCIONISTAS 

Marlene de Andrade*

“O coração bem disposto é remédio eficiente, mas o espírito oprimido resseca os ossos.” (Provérbios 17:22

A Covid-19 ocasionou uma pandemia suis generis e o que chama a atenção é que toda a população mundial foi pega de surpresa. É óbvio que esse vírus existe e mata, mas não precisamos entrar em pânico, pois tuberculose e malária também matam e a população não fica alarmada a este respeito. 1ª Co14:40 afirma que tudo deve ser feito com ordem e decência, consequentemente sem apavoramento.  

Chama atenção também os protocolos de tratamento, pois muitas pessoas infectadas não se tratam precocemente e a hidróxicloroquina, importantíssima, muitas vezes tem sido jogada no lixo. 

Outra situação estarrecedora é saber que muitos atestados de óbitos têm tido como causa da morte a Covid-19, sendo que na verdade foi outra doença a responsável pelo óbito. É evidente, que a aglomeração não é saudável nem em tempos sem pandemia, pois existem inúmeros vírus e bactérias que residem na região nasofaringe sem causar aos seus portadores doenças, todavia eles podem ser maléficos para outras pessoas que porventura recebam gotículas de saliva dos portadores sãos. Podemos ser inclusive, portadores até do bacilo da meningite meningocócica sem que ele nos adoeça. Neste segmento, um espirro nosso pode levar inúmeros micro-organismos a outras pessoas de baixa resistência imunológica que poderão adoecer, enquanto nós continuaremos sendo somente portadores sãos. 

Evitar aglomerações é sensato, mas proibir as pessoas de saírem de casa mantendo lockdown é desastroso. Obviamente, que o distanciamento é importantíssimo. Beijinhos, abraços e espirros nem pensar. Tossir em cima das pessoas? Jamais. Frente esta realidade toda cautela ainda é pouca e por isso quando vamos às ruas devemos ter muito cuidado para não nos contaminarmos e nem contaminarmos os nossos semelhantes. 

Quanto aos idosos e portadoras de alguma doença, como as autoimunes, diabetes, obesidade e entre outras, hipertensão arterial, devem se precaver mais ainda e só sair às ruas por extrema necessidade. Temos que ser higiênicos à moda japonesa. 

Não podemos ser sedentários. Nossa alimentação? Todo cuidado com ela ainda é pouco. Além disso, fazer check up anual, treinamentos físicos, preventivo do câncer de útero, mama, e entre outros, da próstata são de suma importância. E têm mais, as pessoas do grupo de risco podem realizar seus treinamentos em suas próprias residências. Como? Dando seu jeito. 

*Médica Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT-AMB-CFM. Técnica de Segurança no Trabalho/ IEL-SENAI. Pós-Graduada em Perícias Médicas/FUNDAÇÂO UNIMED 

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: APÓS UM ANO DE EXECUÇÃO, ENTENDA QUAIS AS PRINCIPAIS MUDANÇAS E SEUS IMPACTOS

Átila Abella*

Em novembro de 2019 a Reforma da Previdência entrou em vigor por meio da Emenda Constitucional 103. Atualmente, após um ano desde o começo da vigência, o número de aposentadorias sofreu uma queda de quase 37% em relação ao ano anterior. 

De acordo com os dados do Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS), em setembro de 2019 foram concedidas 152 mil aposentadorias, já em 2020 apenas 95 mil, em grande maioria para mulheres. Para Átila Abella – especialista em direito previdenciário e cofundador da startup Previdenciarista, plataforma que oferece ferramentas para automatizar e otimizar as análises previdenciárias – estes números refletem os resultados das mudanças na Previdência e também todos os últimos acontecimentos no Brasil com a COVID-19. 

Ainda segundo o especialista, entre as principais mudanças impostas pela lei estão: extinção da aposentadoria por tempo de contribuição, , regras de transição e mudanças nos cálculos dos benefícios. Para entender melhor sobre tudo que integra a Reforma da Previdência o advogado explicou abaixo quatro principais mudanças. “Com a Reforma da Previdência, cresceu a importância do trabalho exercido pelos advogados previdenciários, onde o planejamento correto poderá ser possível triplicar o valor de uma aposentadoria”, comenta o especialista.

Confira: 

Cálculo de benefício  O cálculo de benefício é um ponto crucial para quem deseja se aposentar. Afinal, o valor é calculado com base nas contribuições feitas pelo trabalhador, ou seja, neste novo formato não é mais descartado as 20% mais baixas. Sendo assim, atingindo o tempo mínimo de contribuição os trabalhadores terão direito a apenas 60% do valor do benefício. Com uso da plataforma Previdenciarista, o advogado consegue fazer os cálculos de benefícios previdenciários em minutos, o que evita erros e economiza tempo do advogado. 

Idade  Atualmente, a Previdência Social necessita ao mínimo 60 anos e 60 meses anos de idade, com 15 anos de contribuição, sendo que a idade para mulheres sofrerá um aumento de 6 meses a cada ano até chegar aos 62 anos de idade em 2023. Já os homens precisam ter, 65 anos e 15 anos de contribuição para quem já era filiado ao sistema previdenciário até a entrada em vigor da Reforma, sendo que para quem ingressar depois a exigência será de 20 anos de contribuição. Neste formato a idade mínima tem se tornado um ponto prejudicial para os beneficiários, mas o intuito da reforma foi tornar essa a única forma de aposentadoria para os novos filiados a partir de agora 

Pensão por morte  Na nova previdência, o pagamento será de 50% do valor da aposentadoria do segurado falecido mais 10% para cada pessoa dependente. Mas, com uma ressalva, dependentes inválidos ou com deficiência recebem 100% sem exceder o teto do INSS. 

Transição  As regras de transição geram muitas dúvidas entre os trabalhadores, pois são realizados diversos cálculos levando em conta tempo de contribuição e idade. 

Sobre o Previdenciarista  O Previdenciarista (https://previdenciarista.com/) é uma plataforma de cálculos e petições de Direito Previdenciário para advogados. Com mais de 10 mil assinantes, o site coloca à disposição uma ferramenta que calcula os benefícios previdenciários dos seus clientes a partir do envio do CNIS para a plataforma, indica a melhor aposentadoria e, dentro desse benefício, entrega as melhores petições pré-preenchidas para o caso concreto. O Previdenciarista está no ar desde 2013 e foi desenvolvido a partir dos mais de 15 anos de experiência dos seus fundadores; Renan Oliveira e Átila Abella. Em 2020 já realizou mais de 1 milhão de cálculos previdenciários para mais de 400 mil segurados do INSS. 

*Advogado previdenciarista

VAMOS EDUCAR

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“O homem educado nem sempre é o que tem abundância de conhecimentos gerais ou especializados. O homem educado é o que desenvolveu as faculdades da mente de tal modo, que poderá adquirir o que deseja, ou seu equivalente, sem violar os direitos alheios.” (Napoleon Hill)

É melhor insistir do que desistir. Foi o que me trouxe à insistência neste papo sobre a Educação. Não sou nenhum especialista no assunto. Mas não precisa ser, para perceber. Preocupa-me, e muito, não ouvir nenhum candidato às eleições discutir, nos famosos debates, sobre educação. Já tivemos um governador que declarou, num debate, que: “…para ensinar essas crianças no interior, o professor basta saber ler e escrever.”

Aborrece-me ouvir notícias sobre o mau comportamento, de alunos contra professores, nas escolas. De nada adianta você ficar comentando. O importante é que observe e a
nalise o porquê do mau comportamento do aluno. Simples pra dedéu. Se o aluno vai para a escola, mal educado é porque não foi educado no lar. Ainda há quem acredite que os pais não podem educar porque não têm grandes instruções.

Espero que professores não fiquem aborrecidos comigo. Mas é notório o despreparo de muitos professores nas escolas públicas, e particulares. Tenho inúmeros exemplos vividos com comportamentos de escolas na educação dos meus filhos, por exemplo. Certo dia, uma de minhas netinhas queridas, aqui em Boa vista, estava me ajudando a colocar meus livros na estante. De repente eu lhe falei:

– Pegue aqueles ali, pra eu colocá-los aqui.

Ela me trouxe os livros e, meio encabulada, falou:

– Vô… Eu falo assim porque você fala. Mas minha professora me disse que o certo é: “pra mim colocar,” e não pra eu colocar.

Sorris e falei pra ela:

– Tudo bem. Quando estiver perto de sua professora, fale “pra mim colocar.” Quando estiver longe dela, fale pra eu colocar.

Claro que logo expliquei para minha netinha o certo na pronúncia. E olha que minha netinha estudava numa escola particular. Tenho vários outros exemplos que vêm de longa data. Aquele intelectual que foi à televisão, em São Paulo, na década dos sessentas, sugerindo que mudássemos a letra do Hino Nacional Brasileiro, porque a letra atual era muito clássica e os jovens tinham dificuldade em entendê-la.

Não foi à toa que na mesma época foi retirada do currículo escolar, a matéria, “Educação Moral e Cívica.” O hasteamento da Bandeira Nacional também foi abolido porque os jovens estavam se sentindo constrangidos com o evento. Será que isso, que temos arquivado em nossas memórias, não é suficiente para nos mostrar a queda que vem sofrendo nossa educação? Pense nisso.

*Articulista

[email protected]

95-99121-1460