SEMPRE É TEMPO DE RECOMEÇAR
Dolane Patricia*
Neste momento tão especial é oportuno falar sobre uma música que se chama “FRASE ANTIGA”. Essa música é da autoria de Pedro Valença, criador do grupo Vocal Livre de São Paulo.
Trata-se de uma frase do salmista Davi reproduzida por muitos em todos os lugares do mundo: “Entrega seu caminho ao Senhor, confiai nEle e o mais Ele fará.” Salmo 37:5
A música questiona o fato dessa frase ser antiga, mas que no entanto, o tempo não foi capaz de apagar os seus efeitos e que apesar de tantas vezes ser repetida, revela muitas respostas.
Então, fala de uma noite em que o tempo passa bem devagar, mas que mesmo assim, ainda existe a esperança que o sol nasça e acabe com a dor e que muitas perguntas são feitas nesse momento, sem saber se alguém pode realmente respondê-las.
Questiona o fato de muitas pessoas acreditarem que o tempo pode curar qualquer ferida, mas quanto tempo? Porque muitos se cansam de esperar. É nesse momento que a música fala que a frase antiga traz muitas respostas.
A música recorda que o tempo é precioso, mais do que qualquer conquista e que esse tempo tem muito pra ensinar. E fala da frase como uma verdade antiga, mas que se for real nossa vida, vai devolver a paz e que se aprendermos com essa frase apesar de tão antiga, será possível então, mesmo em meio a dor, ser feliz!
Afinal, para deixarmos que Ele, Deus, faça as coisas da forma como achar melhor, é preciso confiar de verdade e se entregar. Talvez essa seja a mensagem mais forte da música, pois adverte que quando bater no coração a dor mais forte, vai ser necessário lembrar que Deus em sua essência é amor!
A frase é realmente uma verdade antiga, mas que não deixou de fazer sentido e nem de ser uma ótima frase para rememorar a cada dia do novo ano. Se confiarmos em Deus e entregarmos o novo ano aos seus cuidados, podemos acreditar que Ele fará tudo que for melhor para nós, ainda que não entendamos os meios que Ele é capaz de utilizar.
Em um ano que muitas empresas foram obrigadas a fechar as suas portas e todos foram obrigados a usar máscaras, é tempo de refletir no fato de que 2121 poderá ser um ano de recomeços para muitos.
Do dia para noite a vidas de todos mudou de alguma forma, no entanto, as músicas sempre falam aos nossos corações de alguma forma e nos fazem meditar, mesmo depois de uma pandemia, ou no meio dela, dada a ameaça de uma segunda onda.
Assim, “A vida é pra quem sabe viver, então procure aprender a arte, pra quando apanhar não se abater…” (sic) É o que diz a letra de outra canção que se chama Clareou.
“Levante a cabeça, amigo, o ano não foi tão ruim, pra tudo tem um jeito e se não teve jeito, ainda não chegou ao fim.” (sic)
“Pode a dor uma noite durar, mas um novo dia sempre vai raiar” E quando menos esperar…clareou!” Um novo dia sempre vai raiar, um novo ano sempre vai chegar e com ele a esperança de dias melhores, de amizades mais sinceras e dias ainda mais prósperos.
Agradeça, olhe ao seu redor e veja o quanto tem a agradecer e o quanto ainda pode recomeçar porque você crer em um Deus que é especialista em recomeços.
Você pode estar no fundo do poço jogado pelos próprios irmãos, ou numa cova de leões em consequência da traição de amigos que julgavam ser sinceros, mas que se revelou na verdade apenas como as mais ingratas das pessoas.
Mas saiba que tudo passar e sempre é tempo de recomeçar e em 2121, você terá dias melhores e amigos verdadeiramente sinceros. Você encontrar mais
prosperidade porque se tornou uma pessoa mais experiente.
Por isso, Se você cultiva bons sentimentos em seu coração, sempre será possível recomeçar com uma boa dose de dignidade, pois, recomeçar é mais difícil que começar, pois requer a coragem do início e a superação do fracasso!
“Assim, não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou, o que importa é que sempre é possível e necessário recomeçar…”
Feliz 2121!
*Advogada, juíza Arbitral, escritora, Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia, pós graduada em Direito Processual Civil, Pós Graduada em Direito de Família, pós graduanda em Direito Empresarial, Neuromarketing e Branding. Personalidade Brasileira e Personalidade da Amazônia. Acesse dolanepatricia.com.br. Whats (95) 99111-3740. Baixe o aplicativo Dolane Patricia
CRISTIANISMO, SOCIALISMO E CAPITALISMO
Wender de Souza Ciricio*
Estabelecer o que é certo e o que é errado sempre foi debate de todas sociedades que tentam se ajustar por meio de condutas morais e éticas com o fim de gerar harmonia, respeito, responsabilidade e ambiente saudável entre os que vivem nesse contexto de coletividade. Nunca foi e nunca será fácil alcançar um padrão de equidade e equilíbrio. Cada parcela da sociedade luta sempre pelo que lhe é conveniente e por aquilo que acredita ser certo e errado e muito das vezes, essa fé sobre o que é certo e errado, choca com outra parcela da sociedade que pensa e vê o certo e errado por outro viés ou por outro ângulo.
Particularmente acredito nos princípios de conduta ética e moral apontado por um livro escrito num período de 1500 anos, sem contradições, denominado como Bíblia ou Escritura sagrada. Esse livro estabelece um jeito peculiar de viver que condena o ódio, a amargura, a discriminação, a mentira, o engano, a hipocrisia e discursa sobre a entrega ao próximo no sentido de servir, abençoar e se doar com doses extraordinária de altruísmo e empatia. É o livro mais vendido entre todos os demais livros do mundo inteiro, lido e valorizado sobretudo pelos que declaram fé e compromisso com Deus, o Deus anunciado pelos cristãos.
Contudo não podemos deixar escapulir e ouvir os gritos desses mesmos que leem e acreditam na Bíblia como verdade única, infalível e veraz mas que apostam mais em sistemas ideológicos e políticos do que na essência e missão que a Bíblia determina para os que nela creem. Muitos cristãos tem sido alvo do ódio e do rancor mais por posturas antagônicas do que por defender e dilacerar o amor ao próximo como parte de um padrão descrito dentro das Escrituras.
Mesmo que discorde perceba o que vou apontar. Primeiro relembre que quando Jesus Cristo veio a esse mundo seu discurso não era contra o opressor Império Romano que dominava Israel e boa parte do mundo. Jesus tinha uma causa e essa causa se chamava eternidade para sempre ao lado de Deus. Apóstolos e demais cristãos foram no mesmo rumo e mesma pegada.
Muitos cristãos de hoje estão apostando em políticos, sobretudo de direita, para que pecados gritantes não consuma a sociedade brasileira. Pois é, não é isso que a Bíblia informa. A fé tem um foco, Deus. Esses mesmos cristãos encontram demônios em todos discursos que não casem com seus políticos de estimação xingando de esquerda e socialistas. De fato dessa corrente socialista ouve-se muitos discursos que frontalmente ferem os princípios da Bíblia. Mas esquecem os cristãos que muitos dos discursos da direita capitalista também ferem a Bíblia.
Capitalismo fere a Bíblia? Tenho que rir ou chorar? Chore. O próprio capitalismo se sedimentou matando índios na América, escravizando africanos, inventando “teorias científicas” para dominar África e Ásia no séc. XIX, matando horrores na I e II guerras mundiais e manipulando as pessoas a fim de fazerem crer que a felicidade está nos bens de consumo. Se há, por parte dos cristãos, tanta preocupação com os pecados do socialismo corra em dobro dos sutis pecados induzidos pelo capitalismo. Quanto você cristão tem deixado de ajudar um vendedor de picolé de 70
anos que trabalha num sol escaldante ou tem ignorado uma senhora que mexe em seu lixo porque o capitalismo te disse que manter seu carro confortável e seu celular de três mil reais vale mais do que abençoar o outro como a Bíblia determina? Ganância, insensibilidade, avareza, egoísmo, gula, maledicência deixou de ser pecado? Vamos consertar nossas contradições e confiar mais em Deus e menos em sistemas políticos e econômicos.
*Teólogo, historiador, professor e psicopedagogo
E-mail [email protected]
SERÁ QUE ELES PENSAM?
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Os dogmas do passado tranquilo são inadequados para o presente tempestuoso. Como nosso caso é novo, temos que pensar de maneira nova e agir de maneira renovada.” (Abraham Lincoln)
Talvez nosso maior engodo seja estarmos acompanhando o desenvolvimento sem entendê-lo. A maneira como a sociedade está tratando os cachorros, por exemplo. Estamos mais preocupados em lhes dar carinho, do que em prestar atenção ao desenvolvimento deles. Já pensou nisso? Aqui no meu quintal há sete cachorros. Você não imagina o quanto eu me aborreço com o barulho que eles fazem. E nem imagina como fico observando o comportamento deles, durante o dia.
Durante no tempo que estive na Ilha Comprida, fiz muito isso. Às vezes eu ficava um tempão, na varanda do prédio, observando o comportamento dos cachorros, na Praça. Ainda há pouco, olhando o Mandela deitado, ao portão, e observando o movimento da rua, lembrei-me dos da Ilha. Lembrei-me daquele, parecido com o Mandela. Ele vinha atravessando a Praça. Chegou à calçada, parou e ficou olhando para a Avenida São Paulo. Olhou, olhou, deu meio volta e seguiu pela calçada da Praça. Eu continuei na varanda e observando-o. Depois da segunda rua ele parou em frente à Rua Roraima, e ficou parado por pouco tempo. Decidiu, atravessou a avenida, entrou na Rua Roraima e seguiu rumo à Avenida Beira Mar, rumo à praia. Sorri, meneei a cabeça e entrei em casa, pensando nos casos, parecendo causos, a que assistia diariamente, na Ilha.
Vamos prestar mais atenção ao comportamento dos animais, cada um na sua. Porque, de certa forma, também somos animais. E o importante é que nos atentemos para o nosso desenvolvimento na condição de animais-racionais. Que não sei por que nos deram esse apelido. Mas a verdade é que nossa racionalidade ainda está na condição de desenvolvimento de animais. Embora isso possa lhe parecer brutal, reflita sobre isso com racionalidade.
Não pude deixar de repetir aquela cena a que assistimos, eu e minha família, na ponta extremo norte da Ilha. Aquele cachorro que estava deitado na areia. Levantou-se, caminhou, entrou no mar e continuou avançando. Quando a onda se aproximava, ele mergulhava por baixo dela. Repetiu isso com umas quatro ondas. Depois voltou à praia, esfregou o corpo no monte de vegetais trazidos pelas ondas, enxugou o corpo, voltou e se deitou no lugar de onde saíra.
Faz muito bem a gente observar esses detalhes no desenvolvimento dos animais. É aí que aprendemos a não ter medo deles. Afinal, cada um está no seu grau de desenvolvimento. E vivemos num eterno ir e vir, sem saber o que éramos antes do ir. Pense nisso.
*Articulista
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