Opinião

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VOLTA ÀS AULAS

Linoberg Almeida* 

Devo confessar que o reencontro com a sala de aula sempre foi uma mistura de ansiedade e nervosismo. E para quem trabalha com educação infantil é tempo de interações e descobertas para além da criança. Famílias, alunos e profissionais têm o desafio de construir vínculos sociais e afetivos que substituam insegurança por confiança e conquistas. Mas, e agora com ensino remoto, não presencial, qual é o nosso dever de casa?

Antes de ser da universidade, fui por anos professor de pequenos e adolescentes. Nestas décadas, tenho visto que nossas crianças (e adultos) não estão aprendendo o que e como deveriam, mas também que estão desaprendendo, deixando de lado conceitos e habilidades importantes. Essa sensação de que o mundo é digital e o sistema educacional é analógico encontrou na crise que vivemos o urgente ponto de inflexão.

E cuidado: afastemo-nos de falsas expectativas ou soluções milagrosas para cumprir tabela. A necessidade é recriar métodos e protocolos para não se perder aquilo que foi aprendido. Não é validando aproveitamento de projetos experimentais de educação complementar como carga horária efetiva que vamos avançar. Nesse faz de conta, quando foi que capacitamos pais e responsáveis a serem orientadores de aprendizado?

A fome, os abusos e violências domésticas, o fantasma da evasão podem atingir aquelas que têm na escola um porto seguro, uma esperança de sobrevivência; a vulnerabilidade de crianças com deficiência que tem na escola acolhimento merece atenção. Até que ponto a educação remota está atenta a perspectivas multidisciplinares de bem-estar?  O mental, emocional, o físico devem estar em Compasso para não andarmos em círculos.

A tv e o rádio não viraram disseminadores de conteúdo curricular local. Nem as plataformas de compartilhamento de vídeo e áudio foram potencializadas como estratégias públicas de educação. Sem esquecer que o uso de aplicativos de mensagens instantâneas dá uma falsa sensação de conectividade popularizada. Depois de um ano, alunos e professores nunca receberam chips de internet capazes de dar passos na inclusão digital, nem os tablets e notebooks de 15 milhões de reais adquiridos.

Não são tempos simples, mas temos que avançar do constrói, pinta e reforma como feitos políticos grandiosos. Democratizar é dar acesso com transparência, inclusive ao FUNDEB e seus usos. Melhorar escolas, para além dos prédios, com foco nas pessoas da comunidade escolar é prioridade. E prioridade é aquilo que não pode ser deixado para depois, haja vista a segunda onda e a vacinação massiva ainda distante da realidade. Um bimestre não cabe em doze dias, né? Bom, como sou dos que não ficam a chorar pelo leite derramado, me ponho à disposição para ajudar a cidade a unir integridade, inteligência, solidariedade e resiliência de todos e todas para começar de novo. É preciso resgatar a autoestima e a confiança de uma comunidade que tem passado por maus bocados. Vai valer a pena. Boas aulas.

*Sociólogo, Professor/ UFRR

ALZHEIMER: SERÁ QUE É POSSÍVEL PREVENIR?

Cristiano Caveião*

O Alzheimer é uma doença progressiva que ocasiona a destruição da memória e de outras funções mentais importantes. Ocorre a degeneração e morte das células.

Trata-se de uma doença com evolução, apenas ocorre a perda de algumas funções de cerebrais que estão relacionadas com a memória, habilidades linguísticas e de pensamento. Até mesmo a capacidade do autocuidado. Comumente, sua progressão pode ocorrer entre oito a 12 anos.

É crônica e não possui cura, contudo podem ser utilizados medicamentos para tratar os sintomas, como a agressividade. Além disso, o Alzheimer pode evoluir para outra condição, como a demência. É mais comum na população idosa, contudo, as pessoas mais jovens também podem ter a doença, neste caso é chamado de Alzheimer precoce. Os seus sintomas são separados em quatro fases, pois cada uma apresenta quadros clínicos diferentes.

A primeira fase, de forma geral, também é quando se apresenta os primeiros sintomas do Alzheimer. O paciente pode demonstrar comprometimento da memória; dificuldade de aprendizagem; perder-se em familiares familiares; dificuldade para a tomada de decisões; perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas; mudanças de humor; mudanças da personalidade e mudanças nas habilidades visuais e espaciais.

Já na segunda fase apresenta dificuldade na fala; não consegue mais morar sozinho; presença de alucinações; pode perder-se dentro de casa; repete com frequência as mesmas perguntas; pode tornar-se agressivo; problemas de coordenação motora, que geram dificuldade para realizar tarefas simples e constantes. Na terceira fase pode apresentar incontinência urinária e fecal; dificuldade para alimentação e deglutição; comportamento impróprio em público; resistência para realização das atividades e deficiência motora.

Uma quarta fase chamada de fase terminal, pode apresentar mutismo; não reconhecer familiares, amigos ou objetos; restrição de leito pela dificuldade de movimento e presença de constantes.

O Alzheimer ainda não tem cura, contudo existem alguns tratamentos que são eficazes e podem prolongar a vida e o bem-estar do paciente. Existem estudos com resultados promissores que independente sucesso na reversão da doença em testes com animais.

Existem algumas atitudes que podemos seguir para ajudar a evitar o aparecimento da doença no futuro. É necessário melhorar os hábitos alimentares; praticar atividade física; estimular o cérebro com atividades; evitar exposição ao alumínio, tabaco, álcool, obesidade, diabetes, hipertensão, são fatores que podem ser controlados e consequentemente auxiliar no aparecimento ou o retardo do aparecimento da doença.

*Professor do curso de Tecnologia em Gerontologia – Cuidado ao Idoso do Centro Universitário Internacional Uninter.

PODE REPETIR

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Muitas pessoas ignoram o valor da repetição nas conversações de pessoa a pessoa. Mas pode ser uma ferramenta eficaz.” (John C. Maxwell)

A maneira de a gente conversar é muito importante. Repetir algum trecho da conversa não significa querer induzir. Mas a interpretação vai depender de como repetimos. Que é delicado é. Mas é muito simples, embora seja difícil. O bom conversador não é o que fala mais, mas o que ouve mais. E como, na conversa, estamos passando o que sabemos que o ouvinte deve ouvir, devemos ter critérios no falar. Devemos ter muito cuidado com o que achamos que devemos repetir na conversa.

Cada um de nós é responsável por si mesmo ou mesma. Então, deve cada um de nós, estudar e entender o seu comportamento na caminhada da imunização racional. E comece a tarefa por não confundir nem interpretar esse papo como religioso. O racional é ser livre. E para sermos livres devemos saber onde estamos pisando na travessia do campo-minado que é a vida. E é aí que temos que ter muito cuidado com as orientações que nos passam para a travessia. É na longa e cansativa caminhada na vida, que devemos ser atentos. Iniciando a tarefa distinguindo o que é orientar e o que é dirigir.

Nunca permita que alguém dirija sua vida. Toda a força de que você necessita para alcançar o horizonte da racionalidade está em você. “O reino de Deus está dentro de nós.” O problema é que não acreditamos nisso e continuamos saindo por aí procurando dirigentes. E normalmente, é muito comum, cairmos na esparrela de sermos dirigidos por aventureiros. E isso é muito mais comum do que imaginamos. Busque você dentro de você. Porque é aí que você vai encontrar tudo de que necessita para vencer. E vencer na vida é ser fel
iz. E a felicidade está no seu interior. Dentro de você com a força que Deus lhe deu, desde que você saiu do seu Mundo Racional, para se fixar neste Planeta ainda em criação e que continua em evolução.

Nós estamos sobre este Planeta Terra há mais de vinte e uma eternidades. E ainda não aprendemos como voltar ao nosso mundo de origem. E você nunca alcançará o retorno, enquanto não for capaz de dirigir sua vida dentro da racionalidade. E todo o poder para alcançar a volta está em você mesmo ou mesma. Ninguém sobre esta Terra tem o poder de salvar você, a não ser você mesmo. Então se cuide, buscando em você mesmo o poder que você tem em você. Porque tudo de que você necessita para voltar ao seu mundo de origem, Deus lhe deu quando você decidiu vir para este Planeta, há 21 eternidades. Você não imagina quantas idas e vindas você já viveu, durante todo esse período. Pense nisso.

*Articulista

[email protected]

95 99121-1460