Bom dia,
Hoje é quinta-feira (22.07). No Brasil é assim. A economia anda aos saltos de altos e baixos. Num dia o mercado financeiro sinaliza otimismo, com subida no índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) e queda na cotação do dólar norte-americano, a principal moeda negociada no mercado de cambio do país. Essas flutuações refletem as decisões econômicas do governo e os percalços na área política, que no caso brasileiro também são emanadas diretamente do Supremo Tribunal Federal (STF). Elas, as flutuações, são também reflexos do panorama internacional sensível para um país economicamente dependente de poupança externa para funcionar adequadamente. Por exemplo, se o Banco Central estadunidense anuncia aumento na taxa de juros por lá, aqui o dólar sobre de cotação. O mesmo acontece com relação ao comportamento dos preços internacionais das comodities, a principal componente de nossa pauta de exportação.
E por que estamos falando dessas coisas, que para muitos não afetam diretamente nossas vidas? Na verdade, importam sim, e muito, e o Brasil precisa enfrentá-las de quiser sair do atoleiro a que foi metido nos últimos anos. Precisamos entre outras coisas de um vigoroso projeto de reindustrialização do país, e isso não consta na pauta de discussões da elite dirigentes nacional. Para eles a pauta é outra, e diz respeito essencialmente à disputa eleitoral do próximo ano cujo processo eleitoral já está desencadeado. Tanto pelo governo que busca desesperadamente ampliar sua base política/eleitoral, desgastada pelos efeitos da pandemia; tanto pela oposição, que apesar de não ter um projeto alternativo para o país já colocou o bloco nas ruas à cata dos votos dos eleitores.
Exemplo disso? Esta semana a pauta de discussão tanto do governo, quanto da oposição tem sido a famigerada iniciativa dos deputados federais e senadores de ampliar o tal do Fundo Eleitoral. O presidente avisa que vai vetar o dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que autoriza aquela bandalheira; enquanto políticos da oposição recorrem à Suprema Corte na tentativa de barrá-la. Tudo demagogia, na verdade o valor da grana que vai sair dos impostos para bancar os políticos no próximo ano, só vai ser definida nas discussões e aprovação de Lei Orçamentária Anual (LOA), que só começam no segundo semestre. Por enquanto é puro jogo para a plateia.
AINDA NÃO
Fontes da Parabólica garantem o governador Antônio Denárium (sem partido) ainda não bateu o martelo quanto à escolha do novo, ou nova, dirigente da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), após o pedido de demissão do ex-deputado federal Airton Cascavel. Ontem, circulou o boato de que a escolha já teria sido feita, com a indicação da advogada Cecília Lorenzom para o posto. No entanto nos bastidores vários aliados falam que o nome da ex-secretária encontraria forte reação no âmbito da Assembleia Legislativa do Estado.
OUTROS NOMES
Outros nomes cotados substituir Airton Cascavel seriam o dos médicos Alexandre Salomão, que seria efetivado no cargo; Wirlande Luz, que já foi senador e presidente do Conselho Regional de Medicina; Rodolfo Pereira, ex-deputado federal e ex-secretário da Sesau; Frutuoso Lins, vice-governador, que voltou a ter boas relações políticas com o governador; e finalmente, o da médica Marília Pinto, que atualmente dirige o Centro de Referência da Mulher Luíza Perin. O que corre nos bastidores é que o principal apoio ao nome da advogada Cecília Lorenzom vem do interior do Palácio Senador Hélio Campos. .
AÇÃO
Sobre a denúncia do senador Telmário Mota (Pros), em vídeo divulgado ontem (20), de que um juiz da Justiça Estadual teria entrado com uma ação contra a Unimed, pedindo uma indenização de R$ 100 mil reais por ter se sentido constrangido e humilhado, durante atendimento no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, a Folha entrou em contato com a Unimed Fama que, por meio de nota, informou: “Até o presente momento, esta operadora de planos de saúde não foi notificada formalmente pelo Poder Judiciário. De qualquer modo, reforçamos que a Fama segue estritamente a legislação pertinente aos planos de saúde, bem como respeita a todos os seus usuários e busca continuamente melhor atendê-los”.
SÓ COM EMENDAS
De uns dias para cá, conforme a população tem denunciado à Folhabv as péssimas condições de trafegabilidade em muitas ruas da Capital, a Prefeitura de Boa Vista, em resposta às demandas da equipe de reportagem sobre essas questões, passou a ressaltar o seguinte nos releases: “A prefeitura trabalha para incluir um trecho da avenida em obras de drenagem, mas para isso, o município precisa de recursos do Governo Federal, através de emendas de senadores e deputados, para poder solucionar as necessidades de infraestrutura do local, assim como de outros pontos da capital”.
À REVELIA
O conselheiro do Tribunal de Contas de Roraima (TCE-RR), Joaquim Pinto Souto Maior Neto, decretou à revelia de Aline Karla Lira de Oliveira, que foi ex-secretária estadual da Fazenda no governo Suely Campos; do atual secretário estadual de Segurança, Edson Prola; e do ex-vereador de Boa Vista, Braz Assis Behnck. O motivo não foi revelado, mas no diário do Tribunal desta quarta-feira (21) diz: “em razão de prazos expirados, sem, contudo, impedi-los de juntar posteriormente documentos que entenderem pertinentes, em nome do princípio da busca da verdade real.