Bom dia,
Hoje é terça-feira (25.08). O mês de agosto é marcado na história republicana brasileira pelo fim de alguns governos. Para lembrar apenas dois, foi em agosto (1954) que Getúlio Vargas deu um tiro no próprio coração pondo fim a seu governo constitucional que começara em 1950. Também foi em agosto (1961) que Jânio Quadros eleito fazia menos de um ano, surpreendeu seus eleitores ao anunciar que renunciara a Presidência da República. Por cinta desses dois episódios, e de outros menores, os políticos brasileiros criaram tempos atrás a famosa frase “Agosto, mês do desgosto”.
Pois bem, as últimas notícias veiculadas pela imprensa dão conta de que, aparentemente, este mês de agosto pode ficar marcado como o início de um novo governo Bolsonaro. Desde a campanha, quando escolheu o economista e banqueiro Paulo Guedes -doutor em economia pela famosa universidade de Chicago, berço das ideias liberais do Século XX-, e para comandar seu futuro governo, Jair Bolsonaro, hoje sem partido, prometeu um governo claramente voltado para os desejoso do chamado mercado, especialmente, o mercado financeiro.
RECEITUÁRIO LIBERAL
O receituário pregado, e perseguido, por Paulo Guedes e sua equipe era muito simples e claro: era preciso reduzir o tamanho dos Estado -cortando gastos e privatizando muitas empresas e concedendo a exploração de serviços de infraestrutura a empresas privadas-; reduzindo a taxas de juros e a dívida pública; além de reformar a Previdência Social; o sistema tributário brasileiro; e a administração pública brasileira. Todo esse conjunto de medidas -que não dava qualquer prioridade a políticas de inserção social-, objetivava estimular os investimentos privados -nacionais, e principalmente internacionais-, para retomar o crescimento da economia brasileira, quase sucumbida por uma crise sem precedentes.
EFICÁCIA
No segundo ano de seu governo, Jair Bolsonaro -cuja popularidade vinha perdendo pontos preciosos-, foi surpreendido pela ocorrência da pandemia do covid19. Para minorar os efeitos perversos do vírus teve de criar um programa de transferência de renda, seguramente, o maior da história republicana brasileira, o chamado “Corona Waucher”. De todas as medidas adotadas pelo governo Bolsonaro esse auxílio emergencial por conta do covid19 foi o mais eficaz para a economia -evitou uma queda anual maior do Produto Interno Bruto do país-; para a justiça social ao evitar que a fome se abatesse sobre a população mais pobre do Brasil, chegando mesmo a reduzir o nível de pobreza absoluta da população tupiniquim.
POPULARIDADE
Embalada pela política de transferência de renda emergencial a popularidade de Jair Bolsonaro inverteu a tendência de queda, e ao contrário, voltou a crescer apontando o atual presidente da República como o favorito para vencer as eleições presidenciais de 2022, segundo as últimas pesquisas de intenção de votos realizadas junto ao eleitorado.
NOVO CAMINHO?
Parece que o presidente encontrou um novo caminho para seu governo, e apesar da resistência de seu ministro da Economia, Bolsonaro prepara um pacote de medidas a ser submetido ao Congresso Nacional, cuja tonalidade principal é uma política de inclusão, antes ausente, especialmente em seu primeiro ano de governo. Parece que ele gostou do aumento da popularidade e dos resultados decorrentes da transferência de renda por conta da pandemia do covid19. Será realmente, o início de um novo governo?
DISTRITO INDUSTRIAL
Sobre os comentários de ontem, aqui na Parabólica, a Secretaria Estadual de Planejamento informa que trabalha para solucionar problemas que se arrastam por décadas neste polo de produção. Este mês foram emitidos 50 Títulos definitivos para indústrias, regularizando quem estava há mais de 20 anos sem ter direito sobre a terra. Quanto às invasões, a equipe da Secretaria de Planejamento notifica e trabalha a retirada dos invasores. Em relação aos lotes vazios, vem retirando o mato, além de colocar à disposição de mais de 40 empresários para instalarem seus empreendimentos no Distrito Industrial, por meio de processo licitatório, como preconiza a legislação vigente. Que os leitores tirem suas próprias conclusões, dizemos nós.
COVID Roraima está na classificação “azul”, do consórcio de veículos de imprensa, com a maior taxa de redução no número de mortes por Covid19, com queda de 67,6%, liderando o grupo de onze estados brasileiros que têm registrado diminuição no número de óbitos nos últimos dias. O governo afirma que os números positivos refletem a ampliação de leitos no HGR, ampliação de leitos no Hospital de Campanha e reforço no Hospital de Rorainópolis, com a instalação de leitos de UTI, além do bloco de isolamento na Maternidade. Os números são realmente bons, mas devagar com o andor, amostras pequenas resultam em variações relativas enganadoras. VICE
Até o momento apenas um candidato a prefeitura municipal de Boa Vista, o vereador Linoberg, confirmou oficialmente quem será seu vice. Por enquanto, os candidatos mantem discussões e estreitamento de relações em busca de maior apoio político. Mas nessa fase o que se vê é que ninguém quer largar o osso, ou o fundo eleitoral. SOJA
A colheita da soja já começou há 15 dias em Roraima. Como o estado se encontra no Hemisfério Norte, o plantio acontece entre abril e maio e a colheita entre agosto e setembro. Segundo a Conab, o estado deve produzir 150 mil toneladas em uma área de 49 mil de hectares. Um levantamento realizado por uma comissão da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) aponta que até o momento 20% da safra já foi colhida e a produtividade média obtida está dentro do esperado.
AUMENTO
Os atos relativos à compra e venda de imóveis em Roraima aumentaram 84% desde maio – quando ocorreu a regulamentação dos atos notariais online. O aumento dos atos de compra de imóveis – e também os de cessões, doações e incorporações – coincide com a autorização nacional para que os atos notariais de escrituras públicas e procurações possam ser feitos de forma remota, por videoconferência por meio da plataforma única e-Notariado (www.e-notariado.org.br).