Bom dia,

Hoje é sexta-feira (06.11). Joe Biden, o favorito na eleição presidencial norte-americana, dentro do melhor estilo de imperialista de ser, já anunciou que vai liderar o mundo contra o Brasil, por conta da política ambiental do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) para a Amazônia. Por conta desses e de outros indícios, que marcariam a nova administração a nova política externa estadunidense, os brasileiros e as brasileiras, à direta e à esquerda, acompanha com interesse o complicado processo de apuração dos votos naquele país, até agora a maior economia do mundo. A prevalecer a tendência mostrada até agora, parece que Donald Trump vai mesmo ser desalojado da Casa Branca, a sede do governo norte-americano.

Embora boa parte da esquerda tupiniquim esteja exultando com as ameaças de Joe Biden, é preciso dizer que a história de unir o mundo contra o Brasil por conta da política ambiental em relação a Amazônia não é novidade. Desde o começo do ano o atual governo brasileiro vem recebendo ameaças especialmente dos principais países europeus -França, Alemanha, Noruega, e outros- de boicotes ao investimento estrangeiros, e à compra de produtos brasileiros-, por conta da Amazônia. Apesar disso, as exportações brasileiras cresceram e bateram recordes neste mesmo período, fazendo com que o Brasil acumulasse precioso saldo no balanço de pagamento.

A razão do bom desempenho no balanço de pagamentos do Brasil, mesmo com as ameaças dos maiores países europeus, é que nosso principal mercado de comodities é a China, que adota um pragmatismo econômico nas suas relações diplomáticas, e por isso será a maior beneficiária de uma eventual tentativa de Biden, e de sua diplomacia intervencionista em relação ao nosso país. O opção dos estadunidenses por um governo democrata, muito por causa do desempenho do governo de Donald Trump, no combate ao Covid19, poderá acelerar a emergência da China como a maior potência econômica do planeta, ainda na próxima década.

ANTIGA

O candidato a vereador de Boa Vista, Deilson Bolsonaro (Republicanos) ligou para a Parabólica para fazer um reparo sobre a nota publicada, ontem, aqui neste espaço, quanto à participação do presidente Jair Bolsonaro no processo eleitoral da capital roraimense. “Tenho respeito e a admiração pelo jornalismo praticado pelo Grupo Folha, e por isso me animei a fazer uma correção ao que foi publicado na Parabólica. Na verdade, a publicação de um vídeo onde o presidente Jair Bolsonaro aparece respondendo a uma provocação do vereador e candidato à reeleição Wagner Feitosa (Solidariedade) é bastante antiga, e foi feita quando o atual presidente era apenas deputado federal e pretenso candidato a presidente da República”. Está feito o esclarecimento.

COBERTOR CURTO

Um pequena atenção que se possa dar ao que prometem alguns candidatos/candidatas à Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) é suficiente para perceber que eles/elas não têm a menor ideia sobre o tamanho do orçamento do município, que é um pouco mais que R$ 1,2 bilhão para 2021. Ainda é bom lembrar que deste orçamento, cerca de 50% são destinados ao pagamento de salários e o restante ainda tem vinculação obrigatória com os gastos com educação (25%); saúde (15%) e política social (3%). Por conta disso, é bom que os eleitores/eleitoras prestam a atenção nas promessas de ladrilhar ruas e avenidas com pedrinhas de brilhantes. O cobertor é curto.

EMENDAS

Ainda neste sentido de promessas, que seguramente não serão cumpridas, não custa saber que a história de que o futuro prefeita/prefeito vai buscar recursos no governo federal para cumprir suas promessas não bate com a crise financeira/orçamentária que se abate sobre o Tesouro Nacional. A dívida da União já ultrapassou R$ 4 trilhões, e não tem espaço para novos aumentos. É bom lembrar que até agora o governo de Jair Bolsonaro não encontrou a fonte de onde tirar os fundos para financiar o programa Renda Brasil, que parece ser fundamental para a reeleição do atual presidente em 2022.

RÁPIDAS

E os norte-americanos acostumados a querer se mostrarem ao mundo como eficientes economicamente e praticante da maior democracia do planeta, estão sendo confrontados com as acusações de seu próprio presidente de que as atuais eleições foram fraudadas. ### Ninguém gosta de aumentos de preços, especialmente dos alimentos, mas essa história de intervenção de órgãos de fiscalização para conter a carestia parece coisa de país socialista. Na economia de mercado, a escassez é combatida com aumento da oferta ou redução do consumo. ### Sobre isso, é bom lembrar que a carne suína e avícola, cujos preços se mantém mais ou menos estáveis, são substitutos quase perfeitos, da carne bovina. ### A frase é de um empresário ligado ao setor de produção de ração animal: “Vivemos uma crise de abastecimento de insumo para o fabrico de ração. A farinha de carne e osso, que era vendida há pouco mais de 120 dias, a 32 reais a saca de 50kg, hoje não sai por menos de R$ 130,00 o saco de 40kg. E não tem no mercado.”. ### Até segunda-feira.