Bom dia

Hoje é terça-feira (24.08). A democracia e a liberdade de expressão são importantes na vida de um país. Serve para o bem, e às vezes para o mal. Elon Musk, o homem mais rico do mundo fez sua fortuna investindo em alta tecnologia. Do ponto de vista ideológico, ele migrou do partido Democratas, que no Estados Unidos da América (EUA) abriga políticos do centro para a esquerda, e hoje está filiado ao Republicanos que é o partido dos políticos conservadores e da direita norte-americana. Musk veio recentemente ao Brasil, aparentemente com dois objetivos: discutir alguns investimentos em nosso país e, de quebra, fazer uma espécie de lobby à candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição para a presidência da Republica brasileira, com quem tem afinidade ideológico/doutrinária. Assim com fizeram alguns políticos da esquerda europeia que recentemente afagaram a candidatura esquerdista de Lula da Silva (PT).

Por conta disso, os simpatizantes de Bolsonaro – e o próprio governo-, saudaram a vinda do bilionário sul-africano, naturalizado norte-americano, como um sinal evidente que o Brasil continua sendo destino de investimentos estrangeiros, apesar da campanha do ambientalismo internacional, especialmente o europeu, que tenta isolar nosso país por conta da política ambiental e indigenista do atual governo brasileiro de direita, especialmente em relação a Amazônia. Musk deu segmento a conversas como governo brasileiro sobre investimento de uma de suas megaempresas, que produz satélites, para tornar cerca de 19 mil escolas isoladas em pequenas comunidades amazônicas com acesso a internet. Os mesmos satélites serviriam para aperfeiçoar o esquema de vigilância sobre a Amazônia. Musk também acenou com a possibilidade de trazer uma unidade de sua revolucionária montadora de carros elétricos, a Tesla, para o Brasil.

Enquanto a direita aplaudia, a esquerda espinafrava contra a visita de Elon Musk ao Brasil. Na falta de mais argumentos, até mesmo a grande imprensa financiada com dinheiro internacional, chegou a publicar que o bilionário era o estuprador de mulheres que só não respondeu na justiça por conta de um acordo extrajudicial de 250 mil dólares estadunidenses feito com a mulher a quem estuprou. Na pior forma de fazer jornalismo, essa mesma grande imprensa não citou a nome, data, e nem a circunstância da agressão. E para desqualificar ainda mais a vinda de Musk ao Brasil, a esquerda utilizou redes sociais e seus políticos mais conhecidos para dizer que o bilionário teria vindo ao Brasil para acertar com Bolsonaro investimentos na área de mineração em terras indígenas. Quem tem um mínimo de noção, não acredita nessa versão, afinal, seguramente não interessa a Musk e aos acionistas de suas empresas colocarem dinheiro numa atividade cercada de polêmica, e bem distante de sua vocação para investir em negócios de alta tecnologia. 

PESQUISA

A pesquisa do INOPE sobre a intenção de votos, publicada aqui na Folha, que dá larga vantagem ao presidente Jair Bolsonaro (PL) – mais de 60% de intenções-, em relação a Lula da Silva (PT) deve acirrar a disputa entre os dois principais candidatos ao governo estadual,  Antônio Denárium (PP) e Teresa Surita (MDB) pelo apoio do presidente aqui em Roraima. Teresa tem como vice o deputado federal Édio Vieira Lopes (PL) do mesmo partido que Bolsonaro. Já Denárium conta com a força de seu partido, o PP, que constitui a principal base de apoio do atual presidente e deve firmar coligação com o PL para a eleição presidencial. Recentemente, Denárium esteve junto a Bolsonaro durante um encontro com agropecuaristas de todo o Brasil com direito a uma delegação de grandes produtores rurais de Roraima.

DISPUTA

E a disputa de Antônio Denárium e Teresa  Surita pelo apoio de Bolsonaro promete mais alguns lances. Nos bastidores dessa campanha pré-eleitoral corre o boato de que correligionários do governador estão articulando uma visita oficial do presidente a Roraima ocasião que seria aproveitada para “carimbar” seu apoio a Denárium. Já correligionários de Teresa Surita dizem desconhecer a possibilidade dessa visita presidencial ao estado, lembrando que a princípio, Bolsonaro ficaria ao largo das eleições locais para não perder atuais e futuros aliados. O tempo, como sempre, será o senhor da razão.

SERÁ?

Tem pouca gente acreditando que Simone Tebet (MDB) vingará como a candidata da Terceira Via hoje formada por PSDB/Cidadania/MDB.  Primeiro porque os caciques emedebistas com muita força política nos estados do Norte e Nordeste não a querem como candidata preferindo apoiar a candidatura de Lula da Silva (PT), com quem fizeram firme parceria durante os escândalos do Mensalão e do Petrolão. Segundo porque nos poleiros tucanos existe forte inclinação a uma candidatura própria, que poderá ter como cabeça o ex-governador Eduardo Leite, vencido nas prévias do PSDB por João Dória. Duas consequências parecem evidentes: Bolsonaro e Lula continuarão polarizando a eleição presidencial; e o PSDB implodirá definitivamente.