Com a participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial a partir de 1944, após o envio da Força Expedicionária Brasileira à Itália, o Exército Brasileiro programou medidas para incluir em seu efetivo, tropas de pára-quedistas. E, em 26/12/1945, o Decreto Lei nº 8.444 criou, no então Ministério da Guerra, a Escola de Pára-Quedistas, tendo sido nomeado seu comandante o então Coronel de Artilharia Nestor Penha Brasil. Em 1949, já promovido como Oficial General foi nomeado como primeiro Comandante da Tropa pára-quedista Brasileira. Em 11/01/1972, o Núcleo da Divisão Aero-Terrestre mudou sua denominação para Centro de Instrução Pára-Quedista General Penha Brasil.
A Revolta do Rupununi: – A República Cooperativista da Guiana tornou-se independente da Inglaterra em 26 de Maio de 1966. Mas, no inicio de janeiro de 1969 eclodiu uma revolta no Distrito do Rupununi, do qual Lethen é a capital (à margem direita do rio Tacutú). Fazendeiros liderados pelas famílias dos senhores Henry C.P. Melville e de Basil (Ben) Hart, insatisfeitos à época com a política do primeiro-ministro da Guiana Forbes L.S. Burnhan para aquela região, se uniram a indígenas e se rebelaram. O objetivo era o de criar um novo país na região, que se chamaria: “República do Rupununi”, com sua capital em Lethen. Apoiados e financiados pelo governo da Venezuela, jovens fazendeiros e indígenas guianenses receberam treinamento militar em Tumeremo na Venezuela, onde aprenderam a manusear armas e munições, que foram transportados a partir do Boqueirão da Lua, em Normandia, para as fazendas na Guiana. O movimento armado fora marcado para começar em Lethen, no dia 31 de dezembro de 1968. Nos primeiros dias de janeiro de 1969, combates aconteciam em toda a faixa de fronteira, do Itacutu ao Maú, Mas, a repressão do governo guianense se fez imediata, com o envio da Força de Defesa da Guiana, prendendo os principais revoltosos e acabando de vez com o movimento separatista. Esta revolução fez com que muitos guianenses se exilassem na Venezuela e outros atravessassem a fronteira em direção a Roraima. Em Boa Vista, em 1969, o Exército Brasileiro mantinha a 9ª Companhia de Fronteira, sob o comando do capitão Airton Amorim de Lima. Foi deslocado um pelotão para Bonfim, pronto para o combate. E, outros soldados foram enviados no dia 03 de janeiro daquele ano para Normandia a fim de manter o controle da área. A partir da transposição do rio Itacutu, a tropa brasileira foi encontrando vários refugiados, além de viaturas, metralhadoras, carabinas, fuzis, explosivos, granadas, e munições de canhão que iam sendo abandonados pelos que fugiam cruzando o rio Maú. E, como a escaramuça era grande, o Comando do Exército em Manaus foi acionado, e para Roraima veio o coronel Jorge Teixeira – Comandante de Instrução de Guerra (CIGS), passando a coordenar as operações na região de Normandia. Para somar ao esforço militar vieram também efetivos militares do 27º Batalhão de Caçadores de Manaus, e da 5ª Companhia de Guardas de Belém/Pará. Daí em diante, ficou estabelecido em Normandia o primeiro Destacamento de Segurança, com militares da 9ª Companhia de Fronteira, sob o comando do 3º Sargento (e hoje capitão da Reserva do Exército) Damásio Douglas Nogueira. E, em Boa Vista saltaram de avião os militares paraquedistas sob o comando do General Nestor Penha Brasil, aterrissando no local onde hoje está construído o novo prédio da Prefeitura Municipal de Boa Vista (Palácio 9 de Julho). Naquele local funcionava o Prado – local de corrida de cavalos. Á época, era Governador do Território Federal de Roraima o tenente-coronel Hélio da Costa Campos (1967-1969). E, em homenagem aos paraquedistas militares que vieram em apoio à segurança de Roraima, o local hoje recebe o nome do comandante daquele efetivo: General Nestor Penha Brasil.
A Avenida General Penha Brasil nasce na Avenida Major Williams, no Bairro São Francisco, segue para o norte, e termina na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes.
E, há, também, uma escola com seu nome na Rua Presidente Juscelino, esquina com a Rua José Bonifácio, no Bairro Aparecida. A Escola Estadual Penha Brasil (instalada em 02/04/1973, com o nome inicial de Unidade Integrada Penha Brasil), foi criada como Escola no segundo governo do coronel Hélio da Costa Campos, pelo Decreto nº 030, de 05/06/1973–publicado no Diário Oficial nº 043, de 07/07/1973).
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