“Para que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos”. (Bob Marley)
Talvez estejamos interpretando a vida, vendo-a do lado errado. Preocupar é estar atento, mas deve ser considerado um risco. Arriscar faz parte da vida, mas vamos ser cautelosos na tentativa. Ultimamente tenho falado muito sobre experiências que já vivi em minha longa vida. Vou moderar um pouco por não poder citar os casos com os detalhes devidos, por conta de falhas de memória, numa judiação da idade. Mas não pude fugir à tentativa de falar, depois que ouvi, na TV, notícias de crianças que morreram atingidas por balas perdidas. E isso está fazendo do Rio de Janeiro e outros grandes Estados, verdadeiro inferno. Quando na verdade, o inferno sempre esteve aberto e nos mostrando coisas absurdas, há séculos e séculos. Pelo que vejo, o mais inteligente seria procurarmos a solução, sem o alarde das notícias prejudiciais.
No início da década de 1950 eu morava em Natal, no Rio Grande do Norte. Eu frequentava muito a residência de um coleguinha. O pai dele era da Segurança Pública do Estado. Muitas vezes eu ouvi o pai do meu amigo falar para ele, sobre dinheiro que acabara de ganhar, subornando motoristas e comerciantes, durante seu trabalho na segurança. Na mesma década presenciei casos análogos, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em 1954 eu já morava em São Miguel Paulista, em São Paulo. Certa manhã, um nosso vizinho acabara de chegar do trabalho noturno e mandara seu filhinho ir até a venda, comprar um maço de cigarros. Logo que o garoto saiu ouvimos o barulho de um disparo. A criança fora atingida por uma bala considerada perdida, e morreu ali mesmo.
Durante minha vida em São Paulo e Rio de Janeiro, assisti a coisas que estão sendo consideradas atuais, como se omundo não fosse o mesmo. Já falei, por aqui, sobre casos a que assisti e parecem mentiras. Sempre fui um observador, hábito que vem desde minha infância, numa época em que o Brasil não tinha televisão e o telefone era coisa de gente rica. Minha sugestão é que pensemos mais nas considerações sobre as barbáries de hoje, porque elas são cópias das de ontem. E de um ontem muito distante. Vamos nos preocupar menos e trabalhar mais, em direção à nossa Educação, para que possamos viver um mundo melhor, por entendê-lo melhor. Porque o ser humano continuará o mesmo, a menos que sejamos mais atentos à evolução racional. Que é o que está nos faltando. Continuamos mais propensos à mentira e ao negativismo,do que à racionalidade. Vamos ser o que somos e não o que querem que sejamos. Pense nisso.
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