Beco sem saída?Pela atual situação do Brasil, é preciso admitir que estamos em um encruzilhada, sem saber para onde caminhar. E não é só na política nacional. Aqui mesmo, em Boa Vista, temos uma Prefeitura que está sob o jugo de um dos mais citados nas investigações da Lava Jato, o senador Romero Jucá (PMDB), inclusive ele enfrentou um pedido de prisão, o qual foi negado.
Aqui em abaixo, na Capital roraimense, temos uma Câmara de Vereadores que está dizendo “amém” para todos os interesses dessa Prefeitura ligada a Jucá. E há de se considerar que esta atual legislatura foi uma das mais envolvidas em escândalos e ações judiciais, incluindo aí uma matéria em nível nacional no programa Fantástico, da Globo, de uma séria chamada “Cadê o dinheiro que estava aqui”.
Em nível estadual, o principal líder do grupo que comanda o Estado de Roraima, o ex-governador Neudo Campos (PP), está preso cumprindo pena por um esquema que envolve a maioria dos políticos – com e sem mandato, de situação e oposição, tudo no mesmo bolo.
Diante desse quadro, Roraima está diretamente ligado aos grandes escândalos que estão ocorrendo em Brasília, pois é o eleitor roraimense que tem enviado para o Congresso Nacional o senador que se mostra atolado até o pescoço com a Operação Lava Jato, inclusive acusado de participar do golpe para tirar a presidente Dilma Rousseff (PT), por meio do impeachment, visando enterrar as investigações, como indicam as gravações divulgadas.
Estamos nos encaminhando para a primeira eleição depois do propinoduto da Petrobrás, o qual que gerou a Lava Jato. E não há um indicativo sequer de honestidade na política partidária e nos políticos de uma forma geral. De Brasília ao extremo Norte, há não apenas desalento, mas um indicativo de que a desratização completa do país não será fácil.
Temos um conluio político para tentar enterra a Lava Jato para que todos se salvem e continuem se apropriando do Brasil. No meio, temos os banqueiros, grandes empresários e especuladores ávidos por continuarem se alimentando das riquezas do país. E, por fim, os interesses internacionais que impõem suas regras de olho do petróleo e outras riquezas mais.
Enfim, o fato é que essa faxina precisa começar a ser feita já a partir dessas eleições. Se a lentidão da Justiça não dá conta de expurgar os “fichas sujas” e mandar para a cadeia os corruptos, então que o eleitor se apresse em voltar apenas em “ficha limpa’. Já será o bom começo. Afinal, é bom sempre frisar: o Estado de Roraima é que tem enviado para Brasília um dos maiores envolvidos nos atuais escândalos, o maior de todos os tempos e jamais visto em outros países. *JornalistaAcesse: www.roraimadefato.com/main