Bom dia,

Hoje é segunda-feira (08.08). Ainda há possibilidade para pequenas alterações, mas os partidos, coligações e federações ainda têm prazo já realizaram suas convenções para indicar seus candidatos e até mesmo para apoiar os candidatos alheios. E quando dizemos alheios estamos falando de alianças absolutamente estranhas do ponto de vista ideológico. Seguramente, para o bem ou para o mal, a eleição presidencial vai ser polarizada entre um candidato de direita conservadora, Jair Bolsonaro (PL) e um de esquerda populista, Lula da Silva (PT). Com esse espectro ideológico era esperado que  as forças políticas realizassem um arranjo guardando um mínimo de identidade doutrinária entre os apoiadores e apoiados.

Não é o que se está observando até agora. Tirantes os partidos de direita mais ideologicamente definidos (PL, PP, PR), que formam o núcleo de apoio a Bolsonaro e aqueles de esquerda, que compõem o arco de aliança com o PT, de Lula da Silva, incluídos aí o PSOL, PC do B, PSB, Rede Sustentabilidade e o PV; existe uma constelação de partidos, cuja identidade doutrinária que pululam entre os dois polos motivados unicamente pela conveniência regional/local sem qualquer nexo que os ligue pela ideologia ou doutrina. O motivação é explícita essa gente quer apenas nacos de poder, inclusive para ficar perto do Erário federal e estadual.

BANQUEIROS

Aberta a campanha eleitoral parece ficar estranhamente clara a posição dos banqueiros que operam no Brasil. Pelas manifestações que surgiram até aqui uma expressiva maioria deles está apoiando o candidato de esquerda Lula da Silva. Não é estranho isso, historicamente os bancos brasileiros e estrangeiros que operam por aqui conseguem recordes de lucros em qualquer governo, e isso vem sendo vigente desde a reforma implementada nos dois governo de Fernando Henrique Cardoso, prosseguindo no mesmo ritmo nos governos petistas. Eles sempre cobraram, com anuência desses governos um dos maiores juros do Planeta.

RORAIMA

À semelhança da eleição presidencial, a disputa da eleição para o governo do estado parece que restará polarizada, mas entre duas candidaturas de direita. De um lado, a candidatura de reeleição do atual governador Antônio Denárium (PP), e de outro a candidatura de Teresa Surita (MDB). A primeira mais claramente definida pela origem do candidato, que surgiu como força política na esteira da eleição de Jair Bolsonaro em 2018. Já Teresa Surita vem sendo até chamada de comunista por seus adversários por referência ao passado de seu marido, Marcello Guimarães, que passou alguns anos morando em Cuba, onde sua mãe foi exilada durante o governo.

PASSADO

A administração – foram cinco gestões-, de Teresa Surita na Prefeitura Municipal de Boa Vista, definitivamente não oferecem indícios de que ideologicamente ela seja de esquerda, contrariamente do que lhe acusam seus adversários. Antônio Denárium, como dissemos, surge como governador  na esteira do bolsonarismo e fez uma administração alinhada  aos empresários locais e um dos seus mais conhecidos programas de governo foi a tentativa bem sucedida de atrair empresários de outras regiões para Roraima. Esse histórico para garantir que ambas as candidaturas representam o espectro ideológico de direita. E não sem razão; o eleitorado roraimense tem sido ao longo da história recente marcadamente avesso à esquerda, especialmente ao PT que a representa.

VAGAS

Faz muitos anos que o advogado Alex Ladislau participa, como profissional de direito eleitoral, das campanhas eleitorais de Roraima. Ontem (domingo), em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3, ele disse que no máximo cinco partidos elegerão deputados federais no próximo dia 02de outubro. O mais provável, segundo ele, é que esse número fique reduzido a quatro agremiações. Tudo por conta da composição das chapas e da metodologia de distribuição das vagas definida na última legislação eleitoral, que foi feita pelos políticos para facilitar a vida de quem já tem mandato.

TERCEIRO TURNO

Devido sua atuação como advogado militante, Alex Ladislau, que falou na Rádio Folha sobre proibições legais durante o pleito, disse que centenas de ações já foram ingressadas na Justiça Eleitoral por presumíveis condutas ilegais de candidatos, ainda na pré-eleição. Daqui para frente, efetuados os registros das candidaturas, é possível que o fluxo de processos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aumente consideravelmente, por isso mesmo, o advogado não exclui a hipótese de que o resultado das urnas seja questionado no Judiciário, fazendo com que haja um “Terceiro Turno”. A história recente Do estado dá o razão às predições do advogado.

APENAS UM

Outra revelação importante do advogado Alex Ladislau durante sua entrevista, de ontem, ao programa Agenda de Semana da Rádio Folha FM 100.3 foi a de que a cassação de um mandato, ou até mesmo, a não diplomação de um candidato/candidata por compra de voto precisa apenas da prova de que apenas um eleitor/eleitora recebeu grana para votar no candidato/candidata. Apenas um voto comprado, desde que haja prova cabal, é suficiente para cassar um diploma ou um mandato. Ladislau lembrou o exemplo do ex-governador amapaense João Capiberibe (PSB) e de sua mulher Raquel Capiberibe (PSB) que foram cassados por conta da compra de um voto nas eleições do Amapá, num passado recente. Todo cuidado é pouco, senhores compradores de votos.