Bom dia,
Hoje é terça-feira (08.03). Dia Internacional da Mulher, que nossas primeiras palavras sejam por tanto de homenagem a todas elas. O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) concedeu uma entrevista exclusiva para a apresentadora do programa Quem é Quem, Cida Lacerda, cá da Rádio Folha FM 100.3, que foi transmitida ao vivo pela Rádio Folha e pelas redes sociais do Grupo Folha de Comunicação. De princípio devemos dizer aos leitores e ouvintes de nossos veículos que não foi possível divulgar com antecipação a entrevista, por conta de recomendações vindas do próprio Palácio do Planalto, que deve ter lá suas razões.
De qualquer forma, nossa audiência e acessos às redes sociais foram muito bons, sendo bom que se diga que a entrevista com Bolsonaro teve repercussão em quase todos os mais importantes veículos da imprensa nacional. A mídia destacou vários pontos da fala do presidente, principalmente sobre questões como mineração em áreas indígenas, aumento do preço dos combustíveis, realizações de seu governo, desemprego, comunismo/socialismo, e até guerra na Ucrânia. Bolsonaro estava descontraído e não se furtou de responder a todas as perguntas feitas pela jornalista da Rádio Folha FM 100.3.
Especificamente sobre Roraima, o presidente foi abordado, e falou sobre os principais temas que vamos aqui destacar:
Sobre Linhão de Tucuruí: Bolsonaro disse que soube que uma Organização Não Governamental (ONG) teria entrado com uma ação na justiça para que a obra não fosse iniciada. Não é verdade, a obra não foi iniciada por conta de uma ação promovida pelo Ministério Público Federal do Amazonas, que exige para seu início que seja formalizado o acordo entre o governo e as lideranças indígenas Wamiri-Atroari em trono da indenização quanto aos danos ambientais irreversíveis, e que foram levantadas pelos próprios técnicos do governo federal; Sobre a BR-174: informado pela jornalista sobre o estado precário da BR-174, Bolsonaro reconheceu que os recursos estão muito curtos, e que mesmo assim prometeu que falaria com o ministro da infraestrutura Tarciso Freitas, que está de saída do Ministério da Infraestrutura para ser candidato ao governo de São Paulo; Sobre migração de venezuelanos: fazendo questão de lembrar que os venezuelanos fogem de um país rico levado à miséria por um governo autoritário de esquerda, Bolsonaro garantiu que a Operação Acolhida terá continuidade, inclusive com a política de interiorização, mas não anunciou qualquer reforço para compensar o aumento do fluxo de entrada nos últimos tempos. O presidente disse que não tem condições de construir um muro na fronteira seca entre o Brasil e a Venezuela; Sobre combustíveis: o presidente elogiou a iniciativa do governador Antônio Denárium (PP) de ter reduzido a alíquota do ICMS sobre o diesel e a gasolina deixando claro que a medida ainda é insuficiente. E ele tem razão, afinal, o preço do barril de petróleo do tipo Brent alcançou hoje US$ 125,00. Se a Petrobrás decidir repassar esse aumento aos consumidores brasileiros o preço litro da gasolina para os consumidores brasileiros saltará para nove reais; Sobre política local: hábil, Bolsonaro disse que tem muito apreço pelos roraimenses, e que confia na inteligência dos eleitores do estado para escolher seus candidatos; Sobre quem o representa em Roraima: instigado pela entrevistadora, o presidente reafirmou que Deilson Bolsonaro – que não é seu parente, mas tem autorização para usar seu sobrenome-, são seus ouvidos e olhos aqui em Roraima. Lembrou que ele foi quem sugeriu que sobrevoasse o vale do Cotingo para ver o potencial energético da região. Deilson, que é secretário estadual Extraordinário de Relações Institucionais, vai disputar uma vaga à Câmara Federal, provavelmente pelo PP, do governador Antônio Denárium; Sobre Regularização Fundiária: O presidente disse que a União Federal já repassou mais de 2 milhões de hectares ao governo estadual, e que espera maior segurança jurídica das propriedades rurais, que poderão ser melhor defendidas agora por conta da autorização para que os produtores possam andar armados no interior delas.
FERTILIZANTES
Oportunista, Nicolás Maduro, o ditador venezuelano, anunciou que telefonaria ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro oferecendo fertilizantes, para substituir aqueles importados anteriormente da Rússia. O Palácio do Planalto não divulgou a existência do telefonema, e nem se Bolsonaro aceitaria a oferta de Maduro. É bom lembrar que o governo brasileiro não reconhece Maduro como presidente da Venezuela, mas Juan Guaidó, que tem até representação diplomática no Brasil.
FILIAÇÃO
Na presença do governador Antônio Denárium e do presidente estadual da sigla, o deputado federal Hiram Gonçalves – pré-candidato ao Senado Federal-, três deputados estaduais assinaram, ontem (segunda-feira) a ficha de filiação do Progressistas. Jânio Xingu (ex-PSB); Yonny Pedroso (ex-Solidariedade); e Chico Mozart (Ex-Cidadania) devem ser candidatos à reeleição.