Bom dia,

Hoje é segunda-feira (26.09). Faltam seis dias para as eleições. Os roraimenses vão para as urnas no próximo domingo pelo menos com o encaminhamento da solução de um dos mais sérios gargalos que ainda amarram a possibilidade de um desenvolvimento econômico e social mais sustentável e acelerado. É que, como já do conhecimento de muita gente o ministro das Minas e Energia, Adolfo Sachsida, anunciou na semana passada que o governo federal – através do próprio ministério, do Ibama, Aneel,  e da Funai-, juntamente com o consórcio TNE e o Ministério Público Federal do Amazonas, assinou um contrato com as lideranças do povo Wamiri-Atroari sobre os termos de indenização àqueles indígenas para mitigar os danos ambientais e culturais que serão causados pela construção e operação do Linhão de Tucuruí, única possibilidade de tirar  Roraima do isolamento do Sistema Nacional de Energia Elétrica.

Pelos termos do contrato, o consórcio TNE, responsável pela construção e operação do Linhão de Tucuruí, tem 15 dias para pagar a primeira parcela dos recursos acordados, estimados em R$ 130 milhões (números redondos), o que deve ocorrer até a próxima semana. O acerto com os indígenas, que foi intermediado pelo desembargador Sousa Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-01) e concordância do Ministério Público Federal do Amazonas, resultou no arquivamento definitivo das ações que tramitavam na Justiça Federal; e que impedia a emissão da licença de instalação por parte do Ibama/Funai, documento fundamental para o início das obras. O liminar até então vigente, impedia inclusive o início daquela obra mesmo que fora do trecho da BR-174, que corta a Terra Indígena Wamiri-Atroari.

Ontem, domingo, o professor e ex-procurador do Ministério Público do Estado de Roraima (MPERR), Edson Damas, em entrevista ao programa Agenda da Semana da Rádio Folha FM, disse que já não há mais qualquer pendência judicial que impeça o início da obra. Considerado um dos mais competentes pesquisadores do Brasil em indigenismo, pesquisador respeitado no meio acadêmico, Damas reafirmou que o acordo com as lideranças indígenas e o consequente arquivamento das ações judiciais, dá a todos a segurança jurídica para a construção e operação do Linhão de Tucuruí. Nesse sentido, é possível dizer que sem a possibilidade de ações judiciais futuras, desde que os termos do contrato sejam cumpridos, a ligação de Roraima ao Sistema Elétrico Nacional começa uma realidade concreta.

A notícia deve ser comemorada por todos os que vivem e trabalham em Roraima. Foram décadas de espera, de vai-e-vem sem solução definitiva. Sem dúvida, o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) cumpre uma de suas promessas ao povo roraimense, o que não foi feito pelos três presidentes que o antecederam. A expectativa é que as obras do Linhão de Tucuruí estejam concluídas e em operação num prazo de três anos, o que aponta para o ano de 2025, antes do final do mandato presidencial que se inicia a partir de janeiro de 2023. Para quem espera por tanto tempo, esses três anos podem parecer um sopro; e com certeza a obra já balizará muitos investimentos públicos e privados para Roraima.

No anúncio feito para anunciar o acordo/contrato com os Wamiri-Atroari, o ministro das Minas e Energia Adolfo Sachsida disse que as obras do Linhão começarão agora no próximo mês de outubro. De fato, informações de fontes da Parabólica dizem que os técnicos do consórcio TNE e os indígenas começarão elaborar imediatamente o Plano de Trabalho – uma exigência do Plano Básico Ambiental (PBA), com prazo de seis meses para a conclusão-, que inclui a definição do local onde ficará cada torre de sustentação dos imensos cabos que transportarão a energia para nosso estado. É claro essas atividades preliminares podem perfeitamente ser consideradas o início dessa obra tão desejada pelo povo roraimense.

DUREZA

Fontes da Parabólica dizem que esta última semana de campanha, especialmente no horário político gratuito do Rádio e da Televisão, será marcada pela dureza das críticas, até com ofensa, entre os candidatos, especialmente aos cargos majoritários de governador e senador. As campanhas deixaram par a reta final muita munição para ser utilizada neste último esforço para conquistar o voto, até mesmo do eleitor/eleitora que já tem tendência de voto. Tem muita narrativa que tenta convencer o eleitorado de que uma campanha deve ser feita só com proposta, existem os que julgam válidas críticas entre os adversários, desde que sejam baseadas em fatos verdadeiros.

PESQUISAS

Outra estratégia que será fartamente utilizada pelos marqueteiros nesta reta final da campanha são pesquisas de todo tipo sobre a intenção de votos dos eleitores. Quase todos os dias, até o prazo limite permitido para divulgação que acaba na sexta-feira (30.09), serão divulgadas pela imprensa e pelas redes sociais todo tipo de números, que quase sempre põe os pagadores das pesquisas em primeiro lugar. No plano nacional, os correligionários de esquerda e grande parte dos políticos tradicionais apostam na vitória de Lula da Silva (PT) ainda no primeiro turno da eleição presidencial. Tanto que tentam pregar o tal do voto útil para desidratar as candidaturas de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). Será?