Estamos faz quase um mês, desde que foi realizado o pleito, em segundo turno, da eleição presidência, cujo resultado foi divulgado no mesmo dia. Apesar da proclamação do resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o país continua em efervescência política, com  parte da população nas ruas e em frente a unidades militares protestando contra o resultado proclamado. Não é pouca gente insatisfeita e revoltada, apesar da solene conduta de grandes órgãos de imprensa brasileira de ignorar os movimentos populares. Os manifestantes alegam entre outras coisas fraude no processo de votação – o que é dificílimo da provar-, e também acusam a  conduta partidária e ativista de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal Eleitoral (TSE).

      

ARQUIVOU 1

O procurador Alisson Fabiano Estrela Bonfim, do Ministério Público Eleitoral determinou o arquivamento do Procedimento Preparatório Eleitoral (PPE) nº 1.32.000.000758/2022-01, que tratava de um pedido feito pelo vereador de Boa Vista Bruno Perez (MDB) para investigar o governador Antônio Denárium (PP) por possível prática de abuso de poder econômico durante o processo último processo eleitoral. O ato apontado como irregular foi a transferência de cerca de R$ 70 milhões para doze municípios do interior do estado, sob o pretexto de combater consequências das chuvas. A transferência de recursos entre entes federativos fica suspensa por 90 dias antes e depois do pleito, e além do mais, apenas municípios cujos prefeitos e prefeitas declararam apoio aberto à reeleição do governador foram beneficiados com a transferência dos recursos.

ARQUIVOU 2

 O procurador Alisson Fabiano Estrela Bonfim decidiu pedir o arquivamento do PPE sob o argumento de que já transitam naquela Procuradoria Regional Eleitoral, outras investigações para apurar as irregularidades apontadas pelo vereador boa-vistense do MDB. Essas investigações já em curso são anteriores àquele PPE, e como manda o regimento interno do Ministério Público Federal devem ser arquivadas. De qualquer forma, informações novas eventualmente trazidas pelo PPE deverão ser aproveitadas no curso das investigações já instauradas.

ACORDO

Segundo o empresário Remídio Monai, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Guiana, faz cerca de 20 anos que se discute a assinatura do acordo internacional de transporte de carga e passageiros entre os dois países. A última pendência para finalizar o acordo e sua necessária assinatura pelos governos do Brasil e da República Cooperativista da Guiana é a questão do seguro, item indispensável para coloca-lo em efetivo funcionamento. “Chega a dar desânimo, afinal, nos últimos tempos foram transferidas as datas de realização de três reuniões bilaterais, todas à pedido do governo brasileiro. Para um desses pedidos de  adiamento a justificativa foi a falta de um/uma interprete para a delegação brasileira”, diz Remídio Monai. Pode?

CEDO

Hoje, bem cedinho, viaturas da Polícia Federal estavam paradas em frente ao escritório político do ex-senador Romero Jucá, que é presidente do diretório estadual do MDB em Roraima. Segundo fontes da Parabólica, o alvo da operação da PF é apurar eventual desvio dos recursos federais do Programa Calha Norte, e para tanto seriam cumpridos mandados de busca e apreensão naquele escritório. Segundo estimativas da PF, o desvio de recursos pode chegar a meio bilhão de reais e as buscas e apreensões foram realizados, além de Boa Vista, em Brasília e São Paulo. Ainda segundo fontes da Coluna, o ex-senador não se encontra no Brasil. Está de férias em viagem ao exterior.