Sem dúvida os atos de invasão e vandalismo contra as sedes dos três poderes em Brasília, ocorridos no último domingo (08.01) receberam quase por unanimidade de todas as instituições do stabelichment brasileiros. Tanto aquelas que representam o Estado, quanto às da sociedade civil, quase sempre preocupadas com a chamada democracia formal. Esses atos também foram repudiados por governo estrangeiros especialmente vindas daqueles países governados por dirigentes de esquerda. De fato, mesmo os que não concordam com as atuais composições dos atuais três poderes no Brasil tem uma tendência natural para condenar aqueles atos praticados homens e mulheres radicais, infiltrados ou não, que invadiram os três palácios, quebraram e danificaram o patrimônio público – inclusive obras de arte e documentos históricos-, que pelo menos do ponto de vista simbólico, pode ser equivalente a um golpe contra os poderes constituídos.
Quem acompanhou as reações do presidente Lula da Silva (PT) e de alguns de seus ministros e correligionários não saiu com a sensação de que o tratamento para tipo de vandalismo foi o mais adequado. A reação firme e imediata do governo é sem dúvida alvissareira no sentido de que aquelas cenas ficarão apenas na memória, e de que dificilmente voltarão a ocorrer na Capital Federal, ou em qualquer outra cidade brasileira. Lamentavelmente, não se viu, ou ouviu, qualquer menção sobre a vontade do governo; dos ministros do Poder Judiciário; dos governadores; e dos parlamentares no sentido de refletir sobre as razões da profunda da divisão instalada na sociedade brasileira.
Do ponto de vista simbólico, a participação de boa parte de populares, que ancorou a ação dos vândalos e depredadores é, sem dúvida, a expressão de que as instituições do Estado brasileiro não têm sido capazes de responder adequadamente à representatividade e o provimento adequado das aspirações de boa parte da população brasileira; e nesse caso, os fatos mesmo lamentáveis, deveriam motivar reflexões dos agentes públicos e políticos sobre esse clima de insatisfação. O certo é que neste momento precisamos muito mais de bombeiros para apagar as chamas da insatisfação popular do que incendiários para colocar mais fogo nessas chamas.
CONSTRAGIMENTO
Deve ter sido um enorme constrangimento para alguns governadores, eleitos com a ajuda do bolsonarismo, que convocados a Brasília tiveram que engolir em seco ouvir o presidente Lula da Silva (PT) envolver o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no rol dos responsáveis, mesmo que indireto nas escaramuças promovidas no último domingo na Capital Federal. Em contrapartida, ouviram do atual presidente a promessa de que vai chamá-los para uma reunião no próximo dia 27 para receber um rol de três projetos prioritários que gostariam de ver incluídos no novo Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC).
UP
Na primeira sessão extraordinária deste ano os deputados estaduais de Roraima também deram um up na estrutura de cargos da Casa. Criaram um Centro de Documentação e Acervo Histórico e um Programa de Atendimento Comunitário, além de um Centro de Estudos e Projetos em Assuntos Amazônicos, todos com mais de 100 vagas de empregos previstas.
LIDERANÇAS
Para as lideranças do Governo e da Oposição, esta última sequer foi anunciada até o momento, também estão previstas no novo organograma da Assembleia Legislativa de Roraima, o chamado Colégio de Líderes, que a exemplo dos outros dois setores, 10 cargos criados cada, com salários que variam entre R$ 1.300,00 e R$ 2.300,00.
SUPERINTENDÊNCIA
A estrutura administrativa da Assembleia Legislativa também conta agora com a recém-criada Superintendência de Pesquisa, Inovação, Desenvolvimento e Infraestrutura Tecnológica que vai, conforme publicação no Diário Oficial, gerenciar e acompanhar a execução de todos os contratos de prestação de serviços relacionados a essas áreas, além de garantir a qualidade de sua execução.
NA FRENTE
A Prefeitura de Boa Vista saiu na frente e no seu Diário Oficial de ontem já publicou o Orçamento 2023, no valor total de R$ 1.981.881.991,00. A versão final do Orçamento do Estado continua sendo um mistério. A Capital vai gastar R$ 536.901.500,00 com Educação e R$ 273.105.448,00 com Saúde. Para Segurança Pública são previstos R$ 72.191.870,00 e outros R$ 80.724.214,00 com Assistência Social.
GASTOS
Só para a Câmara Municipal de Boa Vista a prefeitura terá que repassar R$ 68.335.660,00 durante 2023. Para a Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura de Boa Vista, outros R$ 43.263.938,00 e a Agricultura e Assuntos Indígenas – R$ 35.902.506,00.
SESAU
A nota publicada na edição de ontem da Parabólica, sobre comentários de mudança no comando da Saúde do Estado, causou verdadeiro corre-corre pelos lados daquela secretaria. Contudo, o mais cotado nos bastidores, o médico Alexandre Salomão, disse a uma jornalista da Folhabv que já deu sua contribuição ao setor, apesar de admitir que haja sim, vontade da classe política e dos servidores para que ele volte a assumir o comando da Sesau.
GÁS NATURAL
O Governo da Guiana lançou recentemente um processo que promete dar uma alavancada no projeto de independência na produção de energia daquele país vizinho. O sistema que está sendo licitado é um pré-requisito para a usina planejada de 300MW, e deve andar ainda até o final deste mês. Algumas empresas brasileiras estão de olho nas movimentações desse que é o elo entre o Brasil e todo o Caribe.
INTERNET
Segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), disponíveis no Painel Conectividade nas Escolas, Roraima está entre os seis estados brasileiros que têm mais de 10% das escolas sem acesso à internet: Acre (46,0%), Amazonas (40,9%), Roraima (36,1%), Pará (27,9%), Amapá (27,5%) e Maranhão (11,9%). Que esse número aumente agora em 2023.