A visita do primeiro ministro da Alemanha, que veio acompanhado de sua ministra do Meio Ambiente é o motor para que abordemos hoje, mais uma vez, a natureza do governo Lula (PT) em matéria de política ambiental. A  ministra brasileira do Meio Ambiente e Questões Climáticas, Marina Silva (REDE), reuniu a imprensa para anunciar  que sua congênere alemã estava doando cerca de um bilhão de reais para ajudar o Brasil a defender a Amazônia e contribuir para matar a fome dos índios Yanomami. Para ser ter a ideia do tamanho dessa ajuda emergencial alemã, em pouco mais de 10 dias, o governo Lula destinou um bilhão de reais para liberar projetos financiados pela Lei Rouanet, atendendo parcela da classe artística que o apoiou na última eleição. E para isso não foi necessário ajuda exterior para arranjar a grana.

Marina Silva, como já dissemos, é mais lídima representante do ambientalismo internacional, especialmente aquele mais radical, que prega de um lado, o estancamento do crescimento populacional do mundo; e de outro, o crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB) per capta nos países mais pobres e detentores de enorme patrimônio natural, com direito a imensos maciços florestais. Ao se vangloriar que o Brasil precisa desse bilhão de reais para proteger a Amazônia e sua população indígena mais fragilizada, a ministra do Meio Ambiente brasileira dá uma espécie de aval para o questionamento de muitos países e organizações internacionais no sentido de dizer que o Brasil não tem condições próprias para defender a Amazônia.

Ora, decididamente não precisamos de dinheiro estrangeiro para, por exemplo, acabar com a fome dos Yanomami e evitar que seu território seja destruído pela garimpagem ilegal. Mesmo que o presidente Lula da Silva venha tentando evitar a utilização das forças armadas no combate a questões de segurança interna, basta vontade política, e a utilização da Força Nacional e da Polícia Federal para evitar a continuidade da garimpagem ilegal sem que seja precisa a utilização de violência desmedida.             

Em tempo: o crescimento zero do PIB per capta nas regiões periféricas do Mundo exige que os países detentores de maciços florestais não os utilizem como fatores de produção econômica, e nesse sentido contribuírem para o aumento da produção.     

   

FUNASA 1

Mesmo enfrentando a resistência ferrenha de parlamentares federais, parece que o Governo Lula deu cabo mesmo da Fundação Nacional de Saúde, a Funasa. O prazo para reverter o processo de extinção já terminou, mas a Medida Provisória que trata desse tema ainda depende de aval do Congresso Nacional. E é aí que está o “xis” da questão. A Funasa é sabidamente um órgão muito utilizado para a execução de emendas parlamentares.

FUNASA 2

A verdade é que nem a equipe que assumiu o Governo Federal parece ter clareza sobre a situação da Funasa. A Folhabv enviou demanda para o Ministério da Saúde para saber quanto dos R$ 2,9 bilhões de Orçamento previsto para 2023 estavam destinados para Roraima e para quais atividades, mas a assessoria de imprensa do órgão encaminhou o pedido para o Ministério do Planejamento, que informou não possuir esse detalhamento.

CARONA

A Secretaria Municipal de Serviços Públicos de Boa Vista publicou adesão à ata de registro de preço para a contratação de uma empresa especializada na prestação de serviços de fornecimento de equipamento e estrutura para atender a pasta, assim mesmo sem muita especificação dos atendimentos. O valor é de pouco mais de R$ 7 milhões, pelo período de 12 meses. A empresa tem sede no bairro manauara de Dom Pedro I, e capital de R$ 2 milhões.

SEM CRISE

Boatos recentes sobre um suposto rompimento político do prefeito Arthur Henrique (MDB) e da ex-prefeita Teresa Surita (MDB) nos bastidores da política local, foram meio que dissipados neste final de semana, depois que ambos postaram em suas respectivas redes sociais, fotos jantando juntos em uma pizzaria. Surita é tida como madrinha política do prefeito e, ao menos em tese, seria a principal cabo eleitoral da sua reeleição.  

CONCORRIDA

A comitiva de Roraima na posse dos deputados e senadores no dia 1º de fevereiro (amanhã), em Brasília, cresce a cada dia e a cada nova publicação de Diários Oficiais. A Câmara Municipal publicou nesse começo de semana a autorização para o deslocamento do vereador Gabriel Mota (Republicanos) para viajar entre os dias 30 de janeiro a 3 de fevereiro com esse destino, mas com objetivo de participar de reuniões na sede do seu partido.

TRANSPARÊNCIA

Diferente de outras instituições locais que deixam claro que essas “autorizações de deslocamentos” oneram com o pagamento de passagens aéreas e diárias aos beneficiados, a Câmara Municipal de Boa Vista “deixa no ar” essa informação em suas portarias. Além de Gabriel Mota, também Aline Rezende (PRTB), que é suplente do senador Hiran Gonçalves (PP), e Genilson Costa, que preside a CMBV, foram autorizados a viajar.

GESTÃO ESCOLAR 1

A Secretaria Estadual de Educação publicou portaria homologando o resultado do Prêmio Estadual de Gestão Escolar Professora Maria Odete Calheiros Pena 2022, uma iniciativa louvável no momento em que reconhece o esforço das equipes, que em meio a tantas mazelas, consegue manter boa qualidade de ensino.

GESTÃO ESCOLAR 2

As escolas Lobo D’Almada, São José e Mário David Andreazza foram as vencedoras e devem receber, como premiação, R$ 15 mil, R$ 10 mil e R$ 8 mil, respectivamente, apenas um valor simbólico considerando que todas essas unidades possuem número expressivo de alunos. Fica a dica à secretaria de Educação para reconsiderar uma injeção de ânimo à iniciativa que, com toda certeza, serve como incentivo para os profissionais da Educação.