TÍPICO

É triste, mas já é típico em Roraima que em situações como essa atual, em que estão em jogo as vidas de milhares de famílias – no caso das pessoas que estão sendo retiradas dos garimpos, surjam “lideranças” para mobilizar opiniões e manifestações públicas, criar associações e daqui a pouco lançar uma candidatura seja lá ao que for. E embora o eleitor já esteja ‘escolado’, sempre tem quem caia nesse modus operandi.

LAVANDERIA

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu três dias para que a Agência Nacional de Mineração e o Banco Central se pronunciem sobre a atuação de agências de distribuição de títulos e valores mobiliários em Roraima que, conforme Ação Direta de Inconstitucionalidade estariam “esquentando” o ouro extraído do garimpo ilegal. As empresas seriam beneficiadas por uma legislação recente, que exige apenas um recibo do vendedor, em que o próprio atesta a origem do ouro.

ACOMODAÇÃO

O ex-comandante da Polícia Militar de Roraima, coronel Francisco Xavier, assumiu a Casa Militar da Assembleia Legislativa de Roraima essa semana. Segundo fontes da Coluna, o presidente da Casa, deputado Soldado Sampaio (PRB), seria o ‘padrinho político’ de Xavier e responsável pela manutenção do mesmo do Governo.

POLPAS

Os moradores do município de Bonfim devem ser beneficiados com a construção de uma fábrica de polpas de frutas. Na publicação do Orçamento deste ano, consta emenda modificativa do então deputado José Lopes Primo, no valor de R$ 900 mil, para a execução do projeto, e mais R$ 651 mil para a aquisição de equipamentos e mobiliários necessários para funcionamento do empreendimento.

PRIORIDADES

Ainda falando sobre o Orçamento 2023, a Comissão Mista de Orçamento, Fiscalização Financeira, Tributação e Controle da Assembleia Legislativa retirou por meio de emenda modificativa, R$ 2,5 milhões previstos para projetos de difusão cultural da Secretaria Estadual de Cultura e mandou para o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) aplicar em projetos de educação para o trânsito.

CULTURA

Outros R$ 500 mil que originalmente seriam utilizados para a manutenção de serviços administrativos gerais da mesma Secult terminaram sendo destinados à suplementação da dotação orçamentária da Secretaria Estadual de Infraestrutura, comandada pelo vice-governador, Edilson Damião, com o objetivo de atender serviços de rede elétrica no município de Amajari.

CRISE YANOMAMI

Em contato com a coluna o governador Antônio Denárium (PP)  classificou como positiva as alternativas encontradas até agora para a crise Yanomami. Reforçou que a solução tem que ser definitiva e não paliativa . Disse que pediu ao governo federal atenção redobrada com a saúde do povo Yanomami e reforçou o cuidado que deve se ter com o impacto social causado pela desintrusão da área de garimpo. Mais uma vez falou ser contrário ao garimpo em terras indígenas, “mas ciente de suas responsabilidades com a vida de todos que devem ter oportunidades de reconstruir suas vidas”.

COMITIVA

Na manhã desta quarta feira devem desembarcar na base aérea de Boa Vista o ministro da defesa, José Múcio, bem como os comandantes das forças armadas para uma visita in loco das ações e operações iniciadas em Roraima. Vem acompanhando o ministro o governador de Roraima, Antônio Denárium, os senadores da República e o corpo técnico do ministério da defesa. A vinda de lideranças políticas no mesmo avião que a elite da defesa interna e externa do Brasil parece significar que se chegou a um consenso quanto às condições de retiradas dos garimpeiros. Será?

GARIMPEIROS

Foi confirmado também pelo governador que na próxima semana, o ministro da justiça, Flavio Dino (PSB) irá receber uma comissão dos garimpeiros para buscar uma alternativa para a regularização da mineração em forma de cooperativas fora das áreas indígenas. Isso representará uma possibilidade de aproveitamento da mão de obra de pessoas que foram retiradas das terras indígenas e minimizará o impacto social causado. A informação soa um tanto estranha, afinal Flávio Dino é ministro da Justiça e Segurança Pública, e não das Minas e Energia. De qualquer forma nesses tempos de transversalização tudo é possível.