Ontem, boa parte da mídia tradicional ocupou seus espaços para revelar o conteúdo de gravações telefônicas liberadas pela Polícia Federal onde dois oficiais de menor patente (um tenente-coronel e um ex-major aparentemente tresloucado) do Exército Brasileiro trocam informações sobre a necessidade de convencer o então comandante-geral do Exército e o presidente Jair Bolsonaro (PL) para a execução de um possível golpe.
O tenente-coronel que é da intendência – não possui experiência de comando de tropa-, passou rapidamente por Roraima quando ocupou função menor na equipe de intervenção determinada no governo estadual pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). Élcio Franco também foi secretário estadual de Saúde por três meses, sempre por indicação do general Eduardo Pazuello, – que fez parceria com Antônio Denárium na intervenção federal no governo de Roraima em 2018-, e foi também secretário estadual da Fazenda. Antes Pazuello fora comandante da Operação Acolhida, criada para receber imigrantes venezuelanos.
Na narrativa de alguns órgão de mprensa inclusive dos comentaristas escolhidos a dedo, a tentativa de golpe foi muito importante e fez correr perigo a ordem democrática com a quebra institucional do Brasil. É claro, a intenção final é tentar comprometer o próprio Jair Bolsonaro com aquela tresloucada ideia e pouco factível tentativa de golpe. O bom senso indica que Bolsonaro – que acumulou vários equívocos como presidente, inclusive por se cercar de muita gente despreparada-, que tinha vários generais ao seu redor não escolheria dois oficiais insignificantes para comandar um golpe militar. Simples assim.
LIMPEZA 1
A prefeitura de Amajari publicou dois extratos de contrato, ambos com a mesma empresa, para prestação de serviços de desratização, descupinização, desinsetização, limpeza de caixas d’água, dentre outros, sendo um para atender a Educação e outro a Saúde. Somados, os contratos beiram os R$ 300 mil por ano. A empresa, que fica no bairro Jardim Tropical, em Boa Vista, tem como principal atividade econômica o comércio varejista de materiais de construção.
LIMPEZA 2
Curiosamente, a Junta Comercial do Estado publicou extrato de contrato no Diário Oficial do dia 4 passado, com exatamente o mesmo objeto: serviços de dedetização, descupinização, desinsetização, desratização, com direito ainda à aplicação de reforço, conforme a necessidade, de forma contínua, para o mesmo período de 12 meses. A diferença é o valor total estimado da contratação, que é de R$ 7.065,00.
DELAY
Na comunicação há um termo usado comumente para nominar uma ação ou resposta atrasada ou demorada. Foi mais ou menos isso o que deve ter acontecido na Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), ao publicar apenas essa semana, em meio a dias de chuva, uma portaria designando servidores para compor um gabinete de crise ambiental para controle de queimadas ilegais.
ANULAÇÃO
O Governo do Estado publicou decreto ajustando uma suplementação por anulação em favor da Assembleia Legislativa, no último dia 18, e abriu crédito no valor total de R$ 7.179.031,00. Conforme a publicação, assinada pelo governador Antonio Denárium (PP), o valor será aplicado na implementação das atividades legislativas em Roraima. No Diário do último dia 4 foi mais R$ 1 milhão para a mesma atividade.
SEGURANÇA
O governador Antonio Denárium (PP) tem andado com uma equipe de seguranças composta por 10 homens. O número, que chama a atenção, consta em uma portaria publicada pela Casa Militar, reportando uma viagem ao município de Caracaraí. Já o vice-governador, Edilson Damião (Republicanos), utilizou uma equipe formada por quatro pessoas, entre policiais militares, civis e bombeiros, na mesma agenda.
ONU
Roraima recebeu, na última semana, a visita discreta da subsecretária-geral das Nações Unidas e conselheira especial do secretário-geral da instituição para a Prevenção de Genocídio, Alice Wairimu Nderitu, que também manteve agenda com procuradores do Ministério Público Federal. No encontro, conforme divulgação teria sido entregue a ela um relatório com dados atualizados acerca da situação no Território Yanomami.
GURI
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, concedeu entrevista à imprensa considerando a possibilidade de voltar a utilizar energia da Venezuela, ou seja, da hidrelétrica de Guri, como antigamente. A ideia é, pelo menos, até que seja solucionada a questão da interligação de Roraima ao sistema nacional. Ele defende o custo/benefício do negócio com o país vizinho, com megawatt-hora de cerca de R$ 100,00. O ministro só não disse como está a atual situação da hidroelétrica venezuelana.